Remédio para hipertensão: conheça os principais tipos e tire suas dúvidas
Usar corretamente o remédio para hipertensão é essencial para conseguir bons resultados no tratamento dessa doença.
Claro que a abordagem terapêutica não se resume a um ou mais medicamentos, porém, nem sempre a mudança de hábitos alimentares e a prática de exercício físico bastam para diminuir a pressão arterial.
E, quando os níveis de pressão se mantêm acima de 140/90 mmHg (ou 14 por 9), há risco aumentado para doenças cardíacas como insuficiência cardíaca e infarto do miocárdio (coração).
Além de problemas em outros órgãos e sistemas, levando à insuficiência renal, perda de visão e acidente vascular cerebral (AVC).
Daí a importância de conhecer e utilizar seu remédio para hipertensão de acordo com a prescrição médica.
Neste texto, falo mais sobre os tipos de medicamentos, seu efeito no organismo e como renovar sua receita online usando a telemedicina.
Acompanhe as informações e dicas a seguir.
Quais os principais remédios para hipertensão?
Remédios para hipertensão ou anti-hipertensivos são medicamentos que atuam sobre diferentes fatores capazes de diminuir a pressão arterial.
Antes de trazer detalhes sobre esses fármacos, vamos recordar o que é hipertensão, conforme define a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia:
“A hipertensão, ou pressão alta, acontece quando a pressão arterial, após ser medida por diversas vezes, é igual ou superior a 14 por 9. Isso acontece porque os vasos por onde o sangue circula se contraem e fazem com que a pressão do sangue se eleve. Ela é considerada normal quando a pressão sistólica (máxima) não ultrapassa 130 mmHg e a diastólica (mínima) é inferior a 85 mmHg”.
Ou seja, não basta um episódio isolado de pressão alta para que alguém receba o diagnóstico de hipertensão e o médico prescreva um anti-hipertensivo.
É preciso constatar que o paciente tem a pressão elevada durante a maior parte do dia.
Dados do Ministério da Saúde revelam que a doença afeta 24,3% dos brasileiros em geral, chegando a acometer 50% da população com mais de 65 anos.
A hipertensão é uma patologia crônica, ou seja, não tem cura, mas casos leves podem ser controlados com medidas não farmacológicas, como parar de fumar, adotar uma dieta balanceada e atividade física regular.
Já casos moderados a graves, em que a pressão fica acima de 170/90 mmHg, pedem o reforço de medicamentos para hipertensão.
Conheça as seis principais classes de anti-hipertensivos a seguir.
Diuréticos
Remédios diuréticos podem ser usados para tratamento monoterápico (que usa apenas um medicamento) de casos leves de hipertensão, ou em conjunto com outros fármacos.
Seu mecanismo de ação se concentra na eliminação do sódio e, por consequência, do excesso de líquido do corpo – e do sangue.
Com menos líquido circulando, a tensão sobre as paredes das artérias tende a diminuir.
Existem três tipos de diuréticos que podem ser receitados:
- Tiazídicos: são um dos tipos mais comuns, com doses diárias únicas. Clortalidona, hidroclorotiazida e indapamida são exemplos
- Diuréticos de alça: seu representante mais conhecido é a furosemida, que tem ação curta e potente, mas só é prescrita em casos específicos
- Poupadores de potássio: representados por fármacos como a espironolactona, costumam acompanhar anti-hipertensivos de outras classes para tratar a pressão alta.
Em comum, todos eles têm por objetivo combater a pressão alta.
Vasodilatadores diretos
Essa classe de medicamentos é empregada apenas para hipertensão de difícil controle, normalmente quando outras opções de remédios e combinações não tiveram o efeito esperado.
Como o nome sugere, os vasodilatadores diretos fazem com que as artérias se expandam (dilatem), facilitando a circulação sanguínea e reduzindo a força ou pressão para o sangue circular.
Hidralazina e minoxidil são os principais fármacos desse grupo que, por terem alta potência, também são famosos por desencadear uma série de efeitos colaterais.
Inibidores adrenérgicos
Também conhecidos como bloqueadores adrenérgicos, esses remédios atendem a condições clínicas específicas, principalmente quando existem comorbidades cardiovasculares.
Quando existe associação entre hipertensão e fibrilação atrial, infarto ou angina de peito, por exemplo, o médico pode prescrever essa classe de fármacos.
Inibidores adrenérgicos se subdividem em dois grupos:
- Betabloqueadores: usados para controlar arritmias e outros problemas cardíacos, auxiliam no tratamento da pressão alta em doentes cardiopatas ou que possuem histórico de infarto. Remédios como propranolol e metoprolol diminuem o ritmo cardíaco, impactando também a tensão arterial
- Alfa-bloqueadores: representados por doxazosina, prazosina e outros, inibem a ação do hormônio norepinefrina, impedindo a contração muscular das paredes dos vasos sanguíneos.
Lembrando que a definição do remédio contra pressão alta é um ato médico.
Inibidores da enzima conversora da angiotensina
Chamados também de IECA, agem sobre outro hormônio que diminui o calibre dos vasos sanguíneos: a angiotensina.
Artérias contraídas deixam menos espaço para o fluxo sanguíneo, exigindo que o coração bata mais depressa e aplique maior pressão para distribuir oxigênio e nutrientes através do sangue.
Os inibidores da enzima conversora da angiotensina diminuem esse efeito, provocando queda na pressão arterial.
Captopril, benazepril e lisinopril se enquadram nessa classe, que tem como benefícios as raras contraindicações, uso monoterápico ou combinado a outras drogas.
A tosse é um efeito colateral comum entre os pacientes tratados com IECA.
Antagonistas do receptor da angiotensina II
Seu mecanismo de ação é semelhante aos IECA, com a vantagem de não causarem tosse.
A classe de antagonistas do receptor da angiotensina II ou ARA II recebeu esse nome por ser empregada há pouco tempo no tratamento da hipertensão.
Assim como os IECA, existe uma variedade de remédios nesse grupo, que diferem por fatores como posologia e possíveis efeitos adversos.
Losartana e candesartana estão entre os mais populares.
Antagonistas dos canais de cálcio
Geralmente receitados junto a um diurético, IECA ou ARA II, antagonistas ou inibidores de canais de cálcio promovem o relaxamento dos músculos das artérias.
Por terem ação intensa, seu uso tende a começar com doses baixas, que serão reajustadas conforme a necessidade do paciente.
Felodipina, amlodipina e nifedipina retard são alguns exemplos, capazes de provocar desconfortos como inchaço nos membros inferiores.
Quais foram os remédios para hipertensão recolhidos pela Anvisa?
O caso mais recente de recolhimento de anti-hipertensivos pela Anvisa teve início em junho de 2022, quando a Agência publicou resoluções que determinaram o recolhimento e interdição de lotes de losartana.
Vale lembrar que o prazo máximo para a retirada desses remédios das farmácias era de 120 dias, contados a partir de 23 de junho.
A presença da impureza “azido” em concentrações acima do limite de segurança foi o que motivou a medida, pois a substância tem propriedades capazes de modificar células humanas.
Entretanto, a Anvisa deixou claro, na ocasião, que os pacientes jamais deveriam interromper ou alterar o tratamento, a não ser sob orientação médica.
Afinal, a descontinuidade da terapia medicamentosa aumenta o risco de problemas de saúde graves, como AVC e piora da insuficiência cardíaca.
Além do mais, de acordo com a entidade:
“Não há risco imediato em relação ao uso dessa medicação, porque não existem dados que indiquem um aumento dos eventos adversos”.
Quem estava com remédios de algum dos lotes recolhidos ou interditados teve de contatar o laboratório responsável para fazer a troca por um fármaco de lote liberado.
Ou então adquirir outro remédio para, só então, substituir os lotes com alto teor de “azido” sem prejudicar o controle da pressão arterial.
Qual o remédio mais fraco para hipertensão?
É complicado comparar a potência dos medicamentos para hipertensão, porque eles podem causar efeitos diferentes em pessoas distintas.
Tanto que o tratamento é sempre personalizado, considerando a condição clínica, idade, histórico de saúde, presença de comorbidades etc.
Há vezes em que um único remédio não tem o efeito desejado, pedindo a combinação com outras classes de anti-hipertensivos para ter uma redução significativa nos valores de pressão arterial.
Nesse contexto, o médico pode receitar a combinação entre um diurético tiazídico ou de alça e um diurético poupador de potássio (considerado fraco).
No entanto, mesmo o poupador de potássio apresenta perigos ao paciente, sendo a hipercalemia o mais grave.
Essa quantidade excessiva de potássio no sangue pode desencadear alterações na frequência cardíaca (arritmias).
Outra questão de interesse na prescrição do tratamento é a duração do efeito do medicamento.
Geralmente, há preferência pelos anti-hipertensivos de longa duração, pois eles dispensam a ingestão de várias doses ao dia, que podem ser esquecidas.
Um exemplo de fármaco de curta duração é o captopril, um dos mais antigos inibidores da enzima conversora da angiotensina (IECA) que pode exigir até três doses diárias.
Outros efeitos adversos provocados por remédios para hipertensão são:
- Dor de cabeça
- Tontura
- Pressão baixa (hipotensão)
- Cansaço
- Náusea
- Retenção de líquidos
- Inchaço
- Alterações nos batimentos cardíacos
- Tosse
- Impotência sexual
- Excesso de potássio no sangue.
Caso um ou mais incômodos apareçam, consulte seu médico para que faça o acompanhamento e, se for preciso, a troca do fármaco.
Posso usar remédio de hipertensão para acne?
Depende da avaliação médica.
Em alguns casos, o diurético poupador de potássio espironolactona é prescrito pelo dermatologista para tratar acne.
Isso ocorre por causa das propriedades antiandrogênicas do remédio, que reduz a produção de sebo pelo organismo, colaborando para diminuir a presença de cravos e espinhas.
Contudo, a espironolactona pode causar efeitos colaterais importantes, por isso, nunca tome esse medicamento por conta própria.
É fundamental ter uma receita médica para seguir recomendações de uso, dosagens e período de tratamento.
Qual é o melhor remédio caseiro para hipertensão?
Uma rápida pesquisa no Google mostra uma infinidade de receitas de remédios caseiros que prometem baixar a pressão arterial.
Como a alimentação libera substâncias no corpo, algumas receitas podem ser usadas como medidas adicionais ao tratamento receitado pelo médico.
É o caso do chá de alho, que estimula a produção de óxido nítrico, provocando a dilatação dos vasos sanguíneos.
Ou o chá de hibisco, que tem propriedades diuréticas, ou ainda de ervas calmantes, como erva cidreira e erva doce.
Mas nenhuma dessas opções deve substituir a terapia medicamentosa e as mudanças comportamentais solicitadas pelo seu médico.
Ou seja, chás e sucos podem ser úteis como complementares ao tratamento, desde que você siga o que foi prescrito pelo cardiologista.
Também é recomendado diminuir a ingestão de sal, carnes vermelhas e alimentos industrializados, dando preferência a frutas, legumes, grãos e verduras.
Qual o remédio para hipertensão é indicado para gestantes?
Nem sempre o obstetra ou cardiologista indica algum remédio para a hipertensão na gravidez.
Principalmente porque boa parte dos casos é leve ou moderada, fazendo com que os benefícios das medicações não superem os riscos para gestante e bebê.
Devido à maior necessidade de circulação sanguínea para abastecer o feto, é natural que o corpo da futura mãe sofra ligeiro aumento na pressão arterial durante a gestação.
O que não significa que a hipertensão seja normal, porém, que há restrição quanto ao uso da maioria dos remédios anti-hipertensivos, como afirma este estudo:
“É consenso que anti-hipertensivos como bloqueadores ganglionares, propranolol, diuréticos tiazídicos, inibidores da enzima conversora de angiotensina e antagonistas de receptor de angiotensina II devem ser evitados, pelos efeitos colaterais indesejáveis, tanto maternos como fetais.”
Contudo, se for necessário usar medicação para o controle da hipertensão na gravidez, médicos podem receitar metildopa, pindolol, nifedipina e/ou hidralazina.
Como renovar a receita do remédio para hipertensão?
Como a hipertensão é uma doença crônica, costuma motivar o uso contínuo dos remédios prescritos para tratamento.
O paciente pode permanecer com os mesmos fármacos por anos, desde que sigam promovendo o efeito desejado.
Então, provavelmente terá de renovar a receita quando estiver perdendo a validade – o que pode ser feito pessoalmente ou online.
A forma convencional requer a marcação de uma consulta, que pode demorar semanas, principalmente se for necessário passar com um especialista no SUS.
Mas você não precisa esperar tanto tempo para validar sua prescrição médica; dá para fazer isso em minutos usando a plataforma de Telemedicina Morsch.
Basta acessar este link, preencher um pequeno cadastro e solicitar uma nova receita médica, evitando descontinuar seu tratamento.
Você recebe a receita online por um preço que cabe no bolso, com um QR Code que pode ser lido na farmácia para facilitar a compra do remédio para hipertensão.
Experimente já essa novidade e saia das longas filas de espera!
Conclusão
Agora que você está por dentro de como funciona o remédio para hipertensão, entende a importância de seguir as recomendações médicas para ter sucesso no tratamento.
Conte com a Telemedicina Morsch para renovar suas receitas de um jeito simples e rápido, garantindo a continuidade da terapia medicamentosa.
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