CID G30 – Doença de Alzheimer (transtorno neurológico degenerativo)

Por Dr. José Aldair Morsch, 15 de junho de 2022
CID G30

CID G30 é o código para Doença de Alzheimer, conforme a Classificação Internacional de Doenças.

Abordo nos tópicos abaixo o significado e os subtipos do CID G30 e reproduzo recomendações para diagnóstico e tratamento.

Ao final, apresento soluções capazes de qualificar o seu atendimento médico.

CID G30: o que significa?

O CID G30 representa a Doença de Alzheimer.

Este é um transtorno neurológico degenerativo com etiologia desconhecida e desenvolvimento lento e constante.

Pacientes com CID G30 tendem a apresentar:

  • Deterioração cognitiva e da memória
  • Comprometimento das atividades quotidianas
  • Sintomas neuropsiquiátricos e alterações comportamentais.

O início pode ser precoce, antes dos 65 anos, ou tardio, nos demais casos.

Inclui formas senis e pré-senis. E exclui:

  • Degeneração cerebral senil NCOP (G31.1)
  • Demência senil SOE (F03)
  • Senilidade SOE (R54).

Este CID possui quatro subcategorias:

  • G30.0: Doença de Alzheimer de início precoce
  • G30.1: Doença de Alzheimer de início tardio
  • G30.8: Outras formas de doença de Alzheimer
  • G30.9: Doença de Alzheimer não especificada.

A demência causada pela doença é caracterizada pelo CID F00, com quatro subcategorias. Cada uma corresponde a um dos subtipos do CID G30.

Conduta médica para o CID G30

Falo agora sobre alguns procedimentos para o diagnóstico e manejo de pacientes com CID G30.

Para isso, me baseio no Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas – Doença de Alzheimer, do Ministério da Saúde.

Acompanhe as informações abaixo.

Diagnóstico clínico

A primeira etapa para diagnosticar casos deste CID é aplicar os elementos-chave dos critérios para demência devido à doença de Alzheimer.

Eles são definidos segundo o National Institute on Aging and Alzheimer’s Association (NIA-AA).

E endossados pela Academia Brasileira de Neurologia (ABN).

Diagnóstico diferencial

O protocolo recomenda a identificação de depressão, deficiência de vitamina B12 e hipotireoidosmo.

Além disso, exames de imagem cerebral como ressonância magnética ou tomografia computadorizada podem apontar possíveis lesões estruturais capazes de intensificar a demência.

Outros exames, como marcadores genéticos, biomarcadores, eletroencefalograma e punção lombar são recomendados conforme o caso e as suspeitas.

Destaco que o diagnóstico definitivo do CID G30 só pode ser realizado por biópsia, o que não se recomenda na prática clínica, ou necropsia.

Tratamento

Não há cura para o CID G30.

O tratamento medicamentoso tem como objetivo estabilizar os comprometimentos cognitivo, comportamental e da realização das atividades quotidianas.

Para isso, o protocolo cita quatro medicamentos (consulte o documento para verificar critérios de exclusão e esquemas de administração):

  • Donepezila: comprimidos de 5 e 10 mg.
  • Galantamina: cápsulas de liberação prolongada de 8, 16 e 24 mg.
  • Rivastigmina: cápsulas de 1,5mg, 3mg, 4,5 mg e 6 mg, solução oral de 2 mg/mL e adesivos transdérmicos de 5 cm2 
  • Memantina: comprimidos revestidos de 10mg.

Além disso, estudos apontam que exercícios físicos e intervenções diádicas podem ajudar a aplacar os sintomas.

Serviços Morsch para o CID G30

Neste texto, mostrei o significado do CID G30 e suas subcategorias.

Também reproduzi recomendações para diagnóstico e tratamento.

Em casos assim, uma segunda opinião médica pode ser solicitada, seja por precaução do médico ou desejo do paciente ou de familiares.

Se for preciso, a Telemedicina Morsch pode realizar esse serviço de forma remota, sem a necessidade de consulta presencial.

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Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin