Topiramato: para que serve, receita e como tomar

Por Dr. José Aldair Morsch, 17 de abril de 2023
Topiramato

Topiramato é um fármaco empregado para combater alguns tipos de crise epiléptica, além de auxiliar na prevenção das dores relacionadas à enxaqueca.

Pode ser encontrado nas farmácias e drogarias em comprimidos de 25 mg, 50 mg e 100 mg.

Ao longo do texto, explico mais sobre sua ação, como tomar e qual a receita de topiramato.

O que é topiramato?

Topiramato é um medicamento anticonvulsivante classificado como monossacarídeo derivado da D-frutose.

Esse fármaco pode ser prescrito para adultos e crianças maiores de 2 anos para tratar crises convulsivas.

Nos pacientes adultos, também pode evitar crises de enxaqueca, graças à influência sobre processos neurológicos.

Devido a esse efeito, o uso desse fármaco deve ser feito mediante acompanhamento e prescrição médica.

Para que serve o topiramato

Topiramato serve para combater manifestações epilépticas e evitar crises de enxaqueca.

Seu mecanismo de ação tem base no efeito anticonvulsivante, capaz de inibir canais de cálcio e sódio.

A substância também aumenta a atividade do neurotransmissor ácido gama-aminobutírico (GABA), o que diminui a excitabilidade de certos neurônios.

Por consequência, o fármaco é inibidor do sistema nervoso central ou SNC.

Principais indicações

De acordo com a bula, o topiramato é receitado para:

Embora o medicamento seja eficaz para prevenir os sintomas da enxaqueca, não está indicado para o período agudo, ou seja, quando o paciente já está em crise.

Como tomar topiramato

O remédio é comercializado em comprimidos de 25 mg, 50 mg e 100 mg, que devem ser engolidos inteiros, com a ajuda de um copo d’água.

Não triture, corte nem mastigue os comprimidos.

O mais comum é que o paciente tome dois comprimidos por dia.

A dose inicial costuma ser baixa, seguida por aumento progressivo até atingir a dosagem ideal para cada pessoa.

Confira abaixo como tomar o topiramato conforme a terapia realizada em adultos.

Há diferenças na administração do topiramato em crianças, como você pode observar na bula.

Nesses casos, consulte o pediatra para o cálculo da dose correta e esclarecimento de dúvidas.

Tratamento adjuvante em epilepsia

A dose mínima para adultos é de 200 mg, podendo atingir até 1600 mg/dia.

A administração começa com 25 a 50 mg, tomados à noite durante uma semana.

Depois, a dose deverá ser aumentada de 25 a 50 mg/dia e dividida em duas tomadas, em intervalos de uma ou duas semanas, até atingir o efeito desejado.

Monoterapia em epilepsia

A titulação da dose deve ser iniciada com 25 mg, administrados à noite, durante uma semana.

Em seguida, há aumento da dose em 25 ou 50 mg ao dia, divididos em duas tomadas, em intervalos de uma ou duas semanas ou de acordo com a tolerância do paciente.

A dose máxima é de 500 mg por dia.

Profilaxia da enxaqueca

A terapia começa com 25 mg de topiramato, administrados à noite por uma semana.

E prossegue com o aumento em 25 mg/dia da dosagem, uma vez por semana, sendo que a dose diária recomendada corresponde a 100 mg, divididos em duas tomadas.

Receita de topiramato

Para adquirir o topiramato, é preciso apresentar a receita branca C1.

Isso porque o fármaco consta na lista das substâncias sujeitas a controle especial da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), conforme a Resolução 767/2022.

Significa que o topiramato é um remédio controlado e só pode ser liberado pelo farmacêutico mediante receita de controle especial, emitida em duas vias.

A primeira via da receita médica fica retida na farmácia, enquanto a segunda permanece com o paciente ou cuidador, a fim de orientar o uso correto do medicamento.

A validade da receita é de 30 dias, contados a partir do dia seguinte à prescrição.

Já a quantidade total que pode ser adquirida com uma receita chega ao suficiente para seis meses de tratamento, dependendo do critério médico.

Afinal, trata-se de um remédio de uso contínuo, empregado para controle de doenças crônicas como a epilepsia e enxaqueca.

Vale ressaltar a importância do monitoramento médico durante toda a terapia medicamentosa, a fim de reduzir as chances de tolerância, dependência e outros problemas.

Dúvidas frequentes sobre topiramato

Neste espaço, respondo de forma breve a perguntas comuns a respeito do medicamento.

Acompanhe!

Por que não posso beber quando estou tomando topiramato?

Sonolência é um dos efeitos colaterais corriqueiros para quem toma topiramato.

Vem daí o alerta para que esse fármaco não seja ingerido junto a bebidas alcoólicas, que tendem a diminuir ainda mais o nível de consciência, podendo resultar até em desmaio (síncope).

Isso ocorre porque o álcool é um conhecido depressor do sistema nervoso central.

Quem não deve tomar topiramato?

O topiramato é contraindicado para:

  • Pessoas que tenham alergia à substância ou qualquer outro item presente na composição do remédio
  • Gestantes, a não ser que haja indicação do obstetra
  • Mulheres em idade fértil que não estejam usando métodos contraceptivos eficientes.

Caso você tenha pedras nos rins e outras doenças renais, consulte seu médico para prevenir agravos à saúde enquanto estiver tomando o medicamento.

O que o topiramato pode causar?

Algumas reações adversas provocadas pelo topiramato incluem:

  • Redução do apetite
  • Sonolência
  • Irritabilidade
  • Cansaço extremo
  • Tontura
  • Confusão mental
  • Perda de memória
  • Perda de peso
  • Sensação de formigamento ou dormência (parestesia)
  • Elevação da acidez no sangue (acidose metabólica).

Qual outro efeito adverso no uso de topiramato deve ser relatado ao seu médico.

Conclusão

Agora que você entende como funciona e para que o topiramato é indicado, pode fazer o uso racional desse medicamento, de forma segura.

Para isso, siga sempre a orientação médica dada durante a consulta, que pode ser feita de maneira presencial ou online.

Se estiver precisando passar com um neurologista ou outro tipo de médico, agende uma teleconsulta no sistema Morsch.

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Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin