Tegretol: para que serve, receita e como tomar

Por Dr. José Aldair Morsch, 6 de outubro de 2025
Tegretol

Tegretol é um remédio anticonvulsivante que contém carbamazepina em sua composição.

Pode ser encontrado sob a forma de comprimidos de 200 mg e 400 mg ou suspensão oral 20 mg/mL.

É sempre vendido com retenção da receita médica.

Nas próximas linhas, você confere detalhes sobre as indicações e como tomar o medicamento.

Saiba também de que forma obter ou renovar a receita digital usando a plataforma de telemedicina.

O que é Tegretol?

Tegretol é um medicamento antiepiléptico à base de carbamazepina.

Seu uso seguro é feito sob prescrição médica, uma vez que ele age sobre o sistema nervoso central (SNC).

Jamais altere as doses ou pare de tomar Tegretol por conta própria, pois isso poderá desencadear sintomas incômodos.

Para que serve Tegretol

O fármaco serve para tratar doenças do sistema nervoso e alguns distúrbios psíquicos.

Seu mecanismo de ação foca no equilíbrio da atividade das células nervosas do cérebro (neurônios), inibindo descargas elétricas anormais, que provocam os diferentes tipos de convulsão.

Assim, é possível prevenir ou diminuir a frequência das crises.

Principais indicações

A bula do Tegretol, consultada via bulário da Anvisa, cita as seguintes indicações para o remédio:

  • Epilepsia – distúrbio caracterizado por duas ou mais crises convulsivas (ataques epilépticos)
  • Crises epilépticas (convulsivas)
  • Doenças neurológicas como uma condição dolorosa da face chamada neuralgia do trigêmeo 
  • Distúrbios do humor bipolar e um certo tipo de depressão
  • Episódios de mania e outras condições psiquiátricas.

Lembrando que a indicação de qualquer remédio depende de uma consulta médica.

Como tomar Tegretol

Engula os comprimidos de 200 mg ou 400 mg com a ajuda de um copo d’água, por via oral e sem mastigá-los.

Se for preciso, eles podem ser quebrados ao meio, na linha marcada no comprimido.

Cada tratamento é personalizado, mas existe uma recomendação de esquemas terapêuticos na bula do remédio, conforme reproduzo abaixo.

Para a suspensão oral, lembre-se de que cada mL contém 20 mg, ou seja, 1.200 mg = 60 mL:

  • Epilepsia em adultos: a dose inicial é de 100 a 200 mg, 1 a 2 vezes ao dia. A dose é, então, aumentada gradualmente, para 800 a 1.200 mg ao dia (em alguns pacientes, 1.600 mg ou até 2.000 mg ao dia, pode ser necessária), dividida em 2 ou 3 tomadas
  • Epilepsia em crianças: geralmente, o tratamento começa com 100 a 200 mg ao dia (baseado em 10 a 20 mg/kg de peso corpóreo por dia) e é mantido em 400 a 600 mg ao dia. Adolescentes podem receber entre 600 a 1.000 mg por dia
  • Neuralgia trigeminal e neuralgia glossofaríngea: a dose inicial é de 200 a 400 mg ao dia, sendo aumentada gradualmente até que não haja mais dor (geralmente 200 mg, 3 a 4 vezes ao dia). A dose máxima é de 1200 mg ao dia. Para pacientes idosos, uma dose inicial mais baixa (100 mg, 2 vezes ao dia) é recomendada
  • Mania aguda e manutenção do tratamento dos distúrbios afetivos bipolares: dose usual de 400 a 600 mg ao dia (faixa de dosagem: cerca de 400 a 1.600 mg ao dia).

Para mais informações, fale com seu médico e com o farmacêutico.

Receita de Tegretol

O documento que autoriza a compra desse medicamento é a receita C1.

Conhecida como receita de controle especial, é sempre entregue em duas vias iguais pelo médico, possibilitando que a segunda seja carimbada e devolvida ao comprador.

Assim, o paciente permanece com a orientação médica sobre dosagens, horários, via de administração e outras instruções referentes ao tratamento.

Ao passo que a primeira via fica retida pela farmácia no momento da compra, obedecendo ao que exige a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Isso porque a carbamazepina, substância ativa do Tegretol, faz parte da lista C1 da Portaria SVS/MS nº 344/1998, que criou o regulamento de remédios controlados no Brasil.

E estabeleceu regras para coibir o uso indiscriminado das substâncias com efeito anticonvulsivante, antiparkinsoniano, antidepressivo e antipsicótico da lista C1.

Dessa forma, sua prescrição é feita por meio da receita branca C1, que tem validade de 30 dias e pode dispensar remédio em quantidade suficiente para até 2 meses de tratamento.

A emissão da receita pode ser realizada via consulta de telemedicina ou presencial.

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Dúvidas frequentes sobre Tegretol

Nesta seção, esclareço questões comuns relacionadas ao uso desse fármaco.

Acompanhe e tire suas dúvidas:

Qual a diferença entre a carbamazepina e o Tegretol?

A diferença está apenas no nome dos medicamentos.

Afinal, como mencionei anteriormente, carbamazepina é o princípio ativo do Tegretol.

O remédio ainda pode ser encontrado com outros nomes comerciais e em versões genéricas, com o nome carbamazepina.

Qual o efeito colateral do Tegretol?

As reações adversas de maior frequência são:

  • Vômito
  • Náusea
  • Tontura
  • Sonolência
  • Instabilidade
  • Ganho de peso
  • Perda da coordenação motora
  • Inflamação da pele com erupção cutânea e vermelhidão
  • Erupção cutânea
  • Dor de cabeça
  • Boca seca
  • Inchaço no tornozelo, nos pés ou na perna (edema)
  • Mudanças de comportamento
  • Confusão
  • Fraqueza
  • Aumento da frequência de convulsões (ataques epilépticos, devido à quantidade insuficiente de sódio em seu corpo).

Mais raramente, podem ocorrer desmaios, dor no peito, rigidez muscular e outros sintomas de maior gravidade.

Na ocorrência deles, procure ajuda médica.

Em quanto tempo o Tegretol começa a fazer efeito?

Pode levar até duas duas semanas para que o paciente sinta melhora decorrente do uso do medicamento.

Portanto, continue com o tratamento pelo período indicado pelo médico.

Conclusão

Vale reforçar a importância de tomar Tegretol e outros remédios somente quando forem prescritos pelo médico, evitando os riscos da automedicação.

Essa prática pode mascarar sintomas, atrasar o tratamento necessário e até piorar seu estado de saúde.

Prefira passar em consulta com neurologista para que o profissional avalie possíveis sintomas e confirme o diagnóstico.

Você pode receber assistência médica sem sair de casa, optando pela teleconsulta na plataforma Morsch.

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Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin