Secreção no pulmão: o que é, causas, diagnóstico e tratamento

Por Dr. José Aldair Morsch, 15 de setembro de 2022
Secreção no pulmão

O acúmulo de secreção no pulmão pode causar complicações, dificultando a respiração do paciente.

Esse sintoma pode indicar uma série de patologias, especialmente quadros inflamatórios como asma e pneumonia.

Neste texto, vou falar mais sobre secreção pulmonar, como pode ser identificada e quais os tratamentos disponíveis.

Lembrando que esse e outros incômodos ligados ao sistema respiratório podem ser avaliados via teleconsulta.

Acompanhe até o final e tire suas dúvidas.

O que é secreção no pulmão?

Secreção no pulmão é um material de consistência líquida ou mais espessa, formado por restos celulares e outras substâncias eliminadas pelas células pulmonares.

Geralmente, a secreção é mucosa ou purulenta, podendo ter diferentes colorações e até ser acompanhada de sangue.

Formado como resposta a diferentes inflamações nas vias aéreas inferiores, o material costuma ser eliminado pela tosse.

Quando se acumula nos pulmões, pode gerar obstruções, prejudicando o tratamento e, por consequência, a recuperação do paciente.

O que causa secreção no pulmão?

Como adiantei na introdução do artigo, a secreção no pulmão costuma ser manifestação clínica de quadros inflamatórios.

Que, por sua vez, surgem devido a patógenos como vírus, bactérias e fungos que tenham chegado aos pulmões.

Naturalmente, a trajetória mais comum consiste na entrada desses microrganismos pelo nariz, passando pela traqueia até chegar aos brônquios (dois grandes tubos que levam aos pulmões).

Quando a secreção tem origem em infecções, a tendência é que adquira coloração amarela, esverdeada, marrom ou tons mais escuros.

Entretanto, há casos em que a secreção pulmonar é mucosa, com aspecto de clara de ovo.

Esse tipo de material pode ser observado, por exemplo, entre asmáticos.

Listo a seguir as principais causas da secreção pulmonar:

  • Asma: doença respiratória crônica caracterizada por alta sensibilidade nos brônquios, que produzem resposta inflamatória diante de alérgenos como pólen e pelos de animais
  • Pneumonia: inflamação dos pulmões que reduz a capacidade respiratória, além de provocar sintomas como febre, falta de ar, tosse e dor no peito
  • Bronquite: tosse carregada é um dos incômodos desencadeados por essa doença respiratória, que pode ser aguda ou crônica. A bronquite surge em decorrência de infecção por agentes biológicos ou exposição a substâncias irritantes que desgaste e deterioração das células dos brônquios e bronquíolos
  • Tuberculose: tosse com sangue, dor para respirar, febre, perda de peso e falta de ar costumam acometer as vítimas desta patologia respiratória contagiosa
  • Fibrose cística: doença rara que torna o muco mais espesso que o normal, dificultando sua eliminação. O resultado é o acúmulo desse material em órgãos como os pulmões
  • Bronquiectasias: são lesões pulmonares que dificultam a eliminação da secreção, podendo, ou não, ser desencadeadas pela fibrose cística.

De acordo com o “Consenso brasileiro sobre bronquiectasias não fibrocísticas”:

“O termo bronquiectasia se refere à evidência de dilatação brônquica irreversível, usualmente notada em uma TC de tórax

Existem muitas condições congênitas e adquiridas relacionadas ao aparecimento de bronquiectasias. 

A hipótese mais aceita para explicar seu surgimento é a que propõe a interação, em diferentes níveis de intensidade, entre uma agressão ambiental e um indivíduo com pulmões congenitamente susceptíveis”.

Segundo estudos, doentes internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e submetidos à ventilação mecânica invasiva (VMI) também costumam apresentar secreção no pulmão.

Como identificar secreção pulmonar?

A coleta e análise da secreção pulmonar são importantes para o diagnóstico de doenças e patógenos que estejam por trás dessa condição.

Em geral, o procedimento é feito por meio do exame de escarro, que consiste em tosse forçada para eliminar a quantidade de material necessária à avaliação.

Depois de colhida, a amostra é enviada para análise em laboratório, a fim de identificar a presença de microrganismos e determinar o tratamento adequado.

Outros exames podem ser solicitados a critério médico, como a broncoscopia.

O método é feito com um broncoscópio, dispositivo composto por um tubo ligado a uma pequena câmera em sua extremidade.

Normalmente, o paciente é sedado e, em seguida, o médico insere o aparelho pela narina ou boca, captando imagens internas das vias aéreas.

Os registros mostram a quantidade de secreção nos brônquios e pulmões, auxiliando no diagnóstico de doenças respiratórias.

A broncoscopia também serve para extrair amostras de secreção, ou mesmo para remover o muco das vias aéreas.

Secreção pulmonar

Exames para a análise da secreção pulmonar são importantes para o diagnóstico de doenças e patógenos

Como tratar secreção pulmonar?

A abordagem terapêutica deve focar no combate à patologia ou infecção que deu origem à secreção.

Se o patógeno que provocou a doença for, por exemplo, uma bactéria, será tratada com antibiótico.

Caso seja um fungo, um medicamento antifúngico será prescrito.

Já as infecções virais costumam ser autolimitadas, ou seja, desaparecem de maneira espontânea após alguns dias.

Nessas situações, remédios servem para aliviar sintomas como febre, dores no corpo e congestão nasal.

Quando há dificuldade para que o muco saia através da tosse, recomenda-se inalação com soro fisiológico para tornar a substância mais fluida.

Condições graves pedem ainda a realização de fisioterapia respiratória, empregando um conjunto de manobras para facilitar a eliminação da secreção.

Se houver restrição para tossir, como ocorre com pacientes críticos ou acamados, também se pode recorrer à aspiração pulmonar com o suporte de um tubo.

Telemedicina agiliza o tratamento da secreção no pulmão

Gripes e resfriados costumam desencadear sintomas leves e passageiros, dispensando tratamento.

Porém, é preciso buscar ajuda médica quando o quadro não melhora após alguns dias, ou diante de incômodos como febre e tosse carregada (com secreção).

E você nem precisa sair de casa para receber a assistência de um clínico geral ou pneumologista.

Basta marcar uma teleconsulta na plataforma Morsch, acessando esta página.

O mesmo sistema ainda oferece auxílio para a interpretação de exames complementares, como o raio X de tórax e a espirometria.

Nesse caso, o médico encaminha os registros pelo software de telemedicina, delegando a interpretação à nossa equipe de especialistas.

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Conclusão

Neste texto, falei sobre tipos, causas e diagnóstico para secreção no pulmão.

Lembrando que o conteúdo tem caráter informativo, pois apenas médicos podem diagnosticar doenças.

Diante de sintomas de distúrbios respiratórios, marque uma consulta online ou presencial.

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Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin