CID D25 – Leiomioma do útero (tumor benigno)

Por Dr. José Aldair Morsch, 14 de setembro de 2022
CID D25

CID D25 é o código para Leiomioma do útero, conforme a Classificação Internacional de Doenças.

Apresento abaixo o significado do CID D25, suas subcategorias e recomendações para diagnóstico e tratamento.

Ao final, confira uma série de serviços que podem elevar a qualidade do seu atendimento médico.

CID D25: o que significa?

O CID D25 indica a presença de tumores benignos originados de células musculares lisas do miométrio, denominados leiomiomas, miomas ou fibromas uterinos.

A classificação se dá pela localização:

  • Intramurais: se desenvolvem dentro da parede uterina
  • Submucosos: derivam de células miometriais abaixo do endométrio
  • Subserosos: se originam na superfície serosa do útero
  • Cervicais: se localizam na cérvice uterina.

Este CID inclui:

  • Fibromioma do útero
  • Neoplasias benignas do útero com código de morfologia M889 e código de comportamento.

O código é dividido entre quatro subcategorias:

  • D25.0: Leiomioma submucoso do útero
  • D25.1: Leiomioma intramural do útero
  • D25.2: Leiomioma subseroso do útero
  • D25.9: Leiomioma do útero, não especificado.

Na sequência, falo sobre qual deve ser o atendimento médico nessas situações.

Conduta médica para o CID D25

Abordo aqui a conduta médica recomendada para casos de CID D25 de acordo com o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Leiomioma de Útero, do Ministério da Saúde.

Anamnese

Como parte do exame clínico, é recomendada a realização de anamnese médica com perguntas como:

  • Você teve sangramento maior que o normal na menstruação?
  • Você teve anemia?
  • Você sente alguma dor ou pressão na pelve?
  • Você tem tido alguma dificuldade para manter relações sexuais?

Em seguida, são realizados exames complementares.

Exames complementares

O CID D25 costuma ser detectado pelo achado de um útero aumentado, móvel e com contornos irregulares, durante exame bimanual ou em um achado ultrassonográfico.

Um exame de imagem é necessário para confirmar o diagnóstico.

O padrão ouro é a ultrassonografia transvaginal associada, se necessário, à via abdominal.

Escolha do tratamento

A escolha do tipo de tratamento deve ser individualizada, levando em consideração fatores como:

  • Idade da paciente
  • Planos reprodutivos
  • Tipo e gravidade dos sintomas
  • Tamanho e localização dos miomas.

A cirurgia é indicada apenas em casos específicos, como comento a seguir.

Tratamento cirúrgico

O tratamento cirúrgico para casos de CID D25 conta com duas alternativas:

  • Histerectomia: é o tratamento definitivo, recomendado para mulheres com prole completa e múltiplos miomas, podendo ser realizado por via abdominal ou vaginal – no segundo caso, podendo haver assistência laparoscópica
  • Miomectomia: é um tratamento alternativo, que consiste em diferentes técnicas de ressecção do mioma, voltado a mulheres que ainda planejam engravidar (principalmente em casos de CID D25.0 e CID D25.1).

Não sendo possível realizar a cirurgia, o tratamento deve ser realizado com medicamentos.

Tratamento medicamentoso

A terapia medicamentosa é indicada apenas em casos de contraindicação cirúrgica.

Nesses casos, podem ser prescritos fármacos como:

  • Gosserrelina
  • Leuprorrelina
  • Triptorrelina
  • Acetato de medroxiprogesterona
  • Estrogênios conjugados
  • Sulfato ferroso.

Mais uma vez, a escolha do medicamento deve ser feita de forma individualizada para cada paciente.

Serviços Morsch para o CID D25

Abordei aqui o CID D25, seus subtipos e recomendações para diagnóstico e tratamento.

Caso você tenha alguma necessidade, a Telemedicina Morsch conta com soluções sob medida.

Diagnósticos difíceis como o CID D25, principalmente para mulheres sem a prole completa, podem demandar uma segunda opinião médica.

Nesses casos, a equipe de especialistas coordenada por mim está à sua disposição para este serviço, seja por desejo da paciente ou dúvidas no diagnóstico.

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Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin