Estazolam: para que serve, receita e como tomar

Por Dr. José Aldair Morsch, 28 de junho de 2024
Estazolam

Estazolam é um medicamento muito usado por pessoas com dificuldades para dormir, mas o uso prolongado da substância não é recomendado, devido ao risco de dependência física e psíquica.

Disponível sob a forma de comprimidos de 2 mg, o remédio tem uso seguro condicionado à ingestão de doses terapêuticas.

Daí a necessidade de seguir a prescrição médica para prevenir agravos à saúde.

Nas próximas linhas, apresento as indicações, prescrição e como tomar estazolam.

Explico ainda como você pode pedir sua receita médica online de maneira rápida, via telemedicina.

O que é estazolam?

Estazolam é um medicamento hipnótico benzodiazepínico.

É da mesma classe de medicamentos do diazepam, por exemplo.

Sua ação é potente.

No entanto, o impacto sobre o sistema nervoso central (SNC) desmotiva o uso por mais de algumas semanas.

Para alertar sobre perigos como a dependência, a embalagem de estazolam é marcada com tarja preta.

Para que serve estazolam

Estazolam serve para indução e controle do sono.

Seu efeito depressor do SNC costuma ser percebido cerca de duas horas após a ingestão dos comprimidos, levando à diminuição do nível de consciência.

Por isso, não se deve realizar atividades perigosas que requeiram um estado de vigilância total, como dirigir ou operar máquinas, após tomar estazolam.

Principais indicações

Conforme descreve a bula do Noctal®, marca de referência, estazolam é indicado para o tratamento de curto prazo da insônia.

Essa condição é caracterizada por dificuldade em adormecer, frequentes despertares noturnos e/ou despertares precoces.

Evidências mostram que o remédio é capaz de aumentar a duração e a qualidade do sono por períodos de até 12 semanas.

Como tomar estazolam

Tome o comprimido por via oral, com um pouco de água, seguindo a recomendação médica rigorosamente.

Cabe ao profissional determinar o esquema terapêutico personalizado para cada paciente, considerando as necessidades e a relação risco-benefício.

Confira abaixo as doses recomendadas na bula do remédio:

  • Pacientes adultos: a dose inicial usual é 1 mg (meio comprimido) ao deitar à noite para dormir (meio comprimido a cada 24 horas). Entretanto, alguns pacientes podem necessitar de dose de 2 mg (1 comprimido a cada 24 horas)
  • Pacientes idosos: caso sejam saudáveis, a dose inicial será de 1 mg (meio comprimido), sendo que aumentos posteriores devem ser feitos com extremo cuidado. Em pacientes idosos de pequena estatura e magros (franzinos) ou debilitados, deve-se considerar a dose inicial de 0,5 mg (1/4 de comprimido).

A dose máxima diária recomendada é de 1 comprimido de 2 mg.

Jamais altere a dosagem ou descontinue o tratamento sem o conhecimento do seu médico, pois você poderá sofrer com sintomas de abstinência.

Podem ocorrer desde disforia leve (mudança repentina e transitória do estado de ânimo) e insônia até contrações dolorosas abdominais e musculares, vômito, transpiração excessiva, tremores e convulsões.

Receita de estazolam

Deve-se apresentar uma receita B1 para adquirir o medicamento.

Esse documento é composto por duas vias diferentes, sendo a primeira uma notificação de receita azul.

Contendo dados do paciente, médico prescritor e estabelecimento onde ele trabalha, fornecedor e comprador, essa primeira via fica retida pela farmácia para disponibilização das informações à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Isso porque o estazolam faz parte da lista B1 da Portaria SVS/MS nº 344/1998, que reúne substâncias psicotrópicas.

Por terem a capacidade de alterar o funcionamento do SNC, esses são remédios controlados por meio de regras rígidas de prescrição que ajudam as autoridades de saúde a coibir o abuso e consequentes quadros de dependência, tolerância e overdose.

Na dependência, o funcionamento do organismo fica condicionado à presença da substância, enquanto a tolerância pede quantidades cada vez maiores para obter o mesmo efeito inicial.

A segunda via da prescrição B1 é carimbada e devolvida ao paciente ou cuidador, a fim de manter por perto a orientação médica sobre doses, horários, período de tratamento, etc.

Essa receita tem validade de 30 dias e pode dar acesso a remédio suficiente para 60 dias de uso ou 5 ampolas, se for um composto injetável.

Dúvidas frequentes sobre estazolam

Trago nesta seção respostas para questões populares sobre esse medicamento.

Siga acompanhando.

Quais os efeitos colaterais de estazolam?

As reações adversas mais comuns são:

  • Sonolência
  • Hipocinesia (movimentos diminuídos ou lentos da musculatura do corpo)
  • Tontura
  • Coordenação anormal
  • Constipação (prisão de ventre)
  • Boca seca
  • Ansiedade.

Em casos raros, pacientes podem sofrer com desmaio, alucinações, arritmia, sangue na urina, fezes com sangue, inflamação dos nervos, respiração acelerada e tremor.

Na presença desses e outros sintomas graves ou intensos, vá ao pronto-socorro, se possível, levando a caixa do medicamento.

Quem não pode tomar estazolam?

O remédio possui as seguintes contraindicações:

  • Indivíduos com hipersensibilidade (alergia) ao estazolam ou demais componentes da fórmula
  • Pacientes com miastenia gravis (doença caracterizada por fraqueza muscular e fadiga extrema) ou depressão respiratória grave
  • Pessoas em tratamento com cetoconazol, itraconazol ou substâncias similares que são potentes inibidores da CYP3A, uma enzima que atua no fígado
  • Mulheres grávidas ou amamentando, pois há suspeita de que o medicamento seja excretado pelo leite materno.

O uso durante a gestação pode causar malformações no feto, depressão do sistema nervoso central e sintomas de abstinência após o nascimento.

Em quanto tempo estazolam faz efeito?

O tempo médio para início da ação terapêutica são duas horas após a ingestão do medicamento (intervalo de 30 minutos a 6 horas).

Conclusão

Agora que eu expliquei como funciona o estazolam, você pode fazer uso consciente desse fármaco, adotando todos os cuidados necessários.

Evite condutas perigosas como a automedicação, que aumenta as chances de reações adversas, incluindo tolerância e dependência.

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Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin