Luvox: para que serve, receita e como tomar

Por Dr. José Aldair Morsch, 15 de outubro de 2025
Luvox

Luvox é um dos nomes comerciais da fluvoxamina.

Vendido sob a forma de comprimidos revestidos 50 mg e 100 mg, o fármaco só deve ser usado se houver prescrição médica, pois age no sistema nervoso central (SNC).

Tem dúvidas a respeito desse remédio? É só continuar lendo!

A partir de agora, falo sobre as principais instruções de uso, indicações e regras para ter acesso ao Luvox.

Também abordo como pedir ou renovar sua receita online através da telemedicina.

O que é Luvox?

Luvox é uma marca comercial para um remédio à base de fluvoxamina, classificado como inibidor seletivo da recaptação de serotonina (ISRS).

Conhecida pelo efeito antidepressivo, a fluvoxamina só é vendida com retenção de receita, e deve ser tomada seguindo a recomendação médica.

Para que serve Luvox

O medicamento serve para o tratamento de certos transtornos depressivos e ansiosos.

Para tanto, produz um efeito que impede a reabsorção da serotonina pelo cérebro, colaborando para equilibrar a presença desse neurotransmissor.

Como resultado, o paciente tem maior sensação de bem-estar, redução dos sintomas de depressão e de quadros obsessivos.

Principais indicações

Disponível para download no bulário da Anvisa, a bula do Luvox afirma que o fármaco é indicado para o tratamento de:

  • Depressão
  • Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).

Outras indicações dependem da avaliação médica.

Como tomar Luvox

Luvox pode ser encontrado em comprimidos de 50 mg e 100 mg, que devem ser tomados por via oral.

Se for preciso, corte os comprimidos ao meio para ingerir a dose prescrita pelo médico, tomando a metade restante em até 24 horas.

Jamais descontinue o tratamento por conta própria, pois isso pode desencadear sintomas de abstinência.

Apresento os esquemas terapêuticos citados na bula do remédio abaixo: 

  • Depressão: a dose inicial recomendada é de 50 mg ou 100 mg, dose única, ao anoitecer. Recomenda-se aumentar a dose gradualmente, até atingir a dose eficaz, que é geralmente de 100 mg. Têm sido administradas doses de até 300 mg ao dia. Recomenda-se que doses totais diárias acima de 150 mg sejam administradas em doses divididas
  • Transtorno Obsessivo-Compulsivo: a dose inicial recomendada é de 50 mg ao dia, por 3-4 dias, devendo ser aumentada até a obtenção da resposta clínica desejada, não ultrapassando a dose de 300 mg/dia (adultos) e 200 mg/dia (crianças acima de 8 anos e adolescentes). A dose eficaz diária geralmente varia entre 100 mg e 300 mg.

Se precisar de mais orientações, fale com seu médico e com o farmacêutico.

Receita de Luvox

O acesso a esse medicamento depende de uma receita de controle especial, emitida em duas vias iguais.

Falo da receita C1, que tem a primeira via retida pela farmácia, enquanto a segunda é carimbada e devolvida ao comprador.

Ela contém a orientação médica sobre horários, período de tratamento, doses, via de administração e medidas não medicamentosas relevantes.

Já a retenção da primeira via permite à Anvisa coibir o uso indiscriminado de substâncias potencialmente perigosas, como a fluvoxamina, que fazem parte da lista C1 da Portaria SVS/MS nº 344/1998.

Ao estabelecer o regulamento de remédios controlados no Brasil, a legislação determinou que o grupo C1 seja prescrito apenas por meio da receita branca especial.

O documento tem validade de 30 dias, contados a partir da data de emissão, e pode liberar medicamento para até dois meses de tratamento.

Comumente, a receita de fluvoxamina é emitida ao final da consulta online ou presencial com o psiquiatra.

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Dúvidas frequentes sobre Luvox

Nesta seção, respondo a perguntas recorrentes entre pacientes e cuidadores que utilizam o fármaco:

Qual a diferença entre Luvox e fluoxetina?

Apesar de ambos serem antidepressivos da classe dos inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS), possuem princípios ativos diferentes.

Luvox tem a fluvoxamina como substância ativa, que é diferente da fluoxetina presente no Prozac e Fluxene, por exemplo.

Outra diferença é que a fluoxetina tem mais indicações que a fluvoxamina, englobando bulimia nervosa e transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM), por exemplo.

Luvox causa dependência?

Não existem evidências de que o medicamento cause dependência.

Porém, podem surgir sintomas de abstinência quando o tratamento é interrompido abruptamente, incluindo:

  • Vertigem
  • Distúrbios sensoriais, incluindo parestesia (sensação de formigamento/coceira na pele), distúrbios visuais e sensação de choques elétricos
  • Distúrbios do sono (incluindo insônia e sonhos intensos)
  • Agitação
  • Irritabilidade
  • Confusão
  • Instabilidade emocional
  • Dor de cabeça
  • Náusea ou vômito
  • Diarreia
  • Sudorese
  • Palpitação
  • Tremor 
  • Ansiedade.

A dica, então, é seguir sempre a orientação médica, fazendo o desmame progressivo de Luvox.

Luvox tira o sono?

Algumas vezes, sim, pois a insônia está entre os efeitos colaterais mais comuns.

No entanto, o remédio também pode causar sonolência, dependendo do paciente.

Outras reações adversas frequentes são:

  • Anorexia (falta de apetite)
  • Agitação (inquietação)
  • Nervosismo
  • Ansiedade
  • Tremor (músculos trêmulos)
  • Cefaleia (dor de cabeça)
  • Vertigem
  • Palpitação/taquicardia (aumento da frequência cardíaca)
  • Dor abdominal
  • Constipação
  • Diarreia
  • Boca seca
  • Dispepsia (dor de estômago)
  • Náusea
  • Vômito
  • Hiperidrose (transpiração intensa)
  • Astenia (fraqueza) 
  • Indisposição (sensação de desconforto generalizado ou mal-estar).

Procure ajuda médica se houver sintomas graves ou intensos.

Em quantos dias o Luvox faz efeito?

O tempo médio para o combate aos sintomas de depressão ou TOC é de duas semanas.

Contudo, há casos em que demora mais para observar uma melhora significativa.

Portanto, persista no tratamento pelo período determinado pelo médico.

Conclusão

Gostou de saber mais sobre o Luvox?

Então, lembre-se de fazer um uso consciente desse fármaco, evitando práticas danosas como a automedicação.

Se estiver com sintomas de distúrbios psíquicos, marque uma consulta de psiquiatria para receber o diagnóstico e tratamento adequados.

Você nem precisa sair de casa para ter essa assistência, bastando escolher a teleconsulta.

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Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin