Agomelatina: para que serve, receita e como tomar

Já ouviu falar em agomelatina?

Disponível em comprimidos de 25mg, esse medicamento é usado em certos casos de depressão.

Nas próximas linhas, apresento suas aplicações e como tomar o remédio.

Como bônus, explico ainda de que maneira solicitar ou renovar a receita digital sem sair de casa.

Acompanhe até o final.

O que é agomelatina?

Agomelatina é um remédio antidepressivo classificado como agonista melatoninérgico.

Seu principal diferencial em relação a outras classes de antidepressivos é a melhora do sono, que costuma ser prejudicado em pacientes com depressão.

Geralmente, é possível notar a redução dos sintomas dessa doença após algumas semanas de tratamento.

Para que serve agomelatina

O fármaco serve para reduzir e eliminar os sintomas de depressão gradualmente.

Seu mecanismo de ação leva à liberação dos neurotransmissores dopamina e da noradrenalina, especificamente no córtex frontal.

Também induz o avanço da fase do sono, o declínio da temperatura corporal e o início da melatonina, ajudando a combater a insônia.

Principais indicações

Segundo a bula, agomelatina é indicada para o tratamento do transtorno depressivo maior em adultos.

Essa forma de depressão é clássica, manifestando-se por meio de sintomas como:

• Tristeza profunda
• Sentimento de inutilidade
• Perda de interesse nas atividades preferidas
• Distúrbios do sono
• Sentimento de lentidão
• Ansiedade
• Alterações no peso.

Para outras indicações, uma avaliação médica se faz necessária.

Como tomar agomelatina

Os comprimidos de 25 mg não devem ser partidos, abertos ou mastigados.

Tome-os de acordo com a prescrição médica, pois seu tratamento será personalizado de acordo com as necessidades e objetivos.

Ingira o medicamento por via oral, com a ajuda de um copo de água, com ou sem alimentos.

A seguir, veja o esquema terapêutico descrito na bula do remédio.

Se precisar de mais informações, consulte seu médico.

• Tratamento da depressão em adultos: a dose diária recomendada é de um comprimido de agomelatina (25 mg), ao deitar. Em alguns casos, seu médico poderá prescrever uma dose maior, chegando até dois comprimidos (50 mg). Neste caso, ambos devem ser tomados juntos, ao deitar.

Geralmente, é indicado o tratamento por pelo menos seis meses, a fim de garantir que os sintomas de depressão cessem.

Receita de agomelatina

O acesso a esse medicamento exige a apresentação da receita C1.

Emitida em duas vias iguais, ela também é conhecida como receita de controle especial e segue à determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária a respeito da venda com retenção de receita.

Para isso, a primeira via fica na farmácia ou drogaria, enquanto a segunda via é devolvida ao paciente.

Nela, consta a orientação médica a respeito da dose, horário e vias de administração, além de outras medidas terapêuticas não medicamentosas.

Essas normas diferenciadas se aplicam à agomelatina porque a substância pertence à lista C1 da Portaria SVS/MS nº 344/1998, que instituiu o regulamento de remédios controlados no Brasil.

Junto a outros fármacos para depressão, ansiolíticos, anticonvulsivantes, antidemenciais, antiparkinsonianos e antipsicóticos, que são monitorados pela Anvisa para coibir o uso indiscriminado, que coloca a saúde em perigo.

Daí a regra de serem prescritos via receita branca especial, que pode liberar medicamento para até dois meses de tratamento e tem validade de 30 dias.

Dúvidas frequentes sobre agomelatina

A seguir, trago respostas rápidas para perguntas corriqueiras entre os pacientes que utilizam ou receberam uma prescrição para agomelatina.

Continue acompanhando.

Quais os efeitos colaterais da agomelatina?

O fármaco pode desencadear reações adversas em alguns pacientes, sendo as mais comuns:

• Dor de cabeça
• Tontura
• Sonolência
• Dificuldade em adormecer (insônia)
• Indisposição (náusea)
• Diarreia
• Prisão de ventre (constipação)
• Dor na parte superior do abdômen
• Dor nas costas
• Cansaço
• Ansiedade
• Sonhos anormais
• Aumento dos níveis sanguíneos das enzimas do fígado
• Vômito
• Aumento de peso.

Na maioria das vezes, esses efeitos são transitórios, desaparecendo após as primeiras semanas de tratamento, e têm intensidade leve a moderada.

Contudo, em casos raros pode ocorrer comportamento agressivo ou suicida, confusão mental, insuficiência hepática (do fígado) e reações alérgicas intensas como angioedema (inchaço de face, lábios, língua e/ou garganta que pode causar dificuldade em respirar ou engolir).

Diante dessas manifestações graves, procure ajuda médica imediatamente.

Posso beber tomando agomelatina?

Não é recomendado ingerir bebidas alcoólicas durante o tratamento com agomelatina e outros antidepressivos.

Posso tomar agomelatina de dia?

O ideal é seguir sempre a recomendação médica, tomando o remédio no horário descrito em sua receita.

Normalmente, será pedido que você ingira os comprimidos antes de dormir, devido ao efeito que acelera o início do sono – e pode prejudicar a disposição para suas tarefas durante o dia.

Quanto tempo demora para agomelatina fazer efeito?

A percepção do efeito antidepressivo pode demorar algumas semanas ou meses, dependendo das características e condição clínica do paciente.

As pessoas costumam observar melhora nos sintomas depois de duas semanas de tratamento.

Quem não deve tomar agomelatina?

As contraindicações para o medicamento incluem:

• Pacientes menores de 18 anos ou maiores de 75 anos
• Mulheres grávidas ou amamentando, salvo sob recomendação médica e permissão do obstetra ou pediatra
• Alergia à agomelatina ou a um dos componentes da fórmula
• Pessoas com disfunção hepática, uma doença que compromete o funcionamento do fígado
• Quem faz uso de fluvoxamina (outro medicamento usado no tratamento da depressão) ou ciprofloxacino (um antibiótico).

Converse com seu médico sobre qualquer impedimento relacionado ao remédio.

Conclusão

A agomelatina oferece uma alternativa para o tratamento da depressão, porém, resultados positivos dependem de seu uso consciente.

Evite práticas como a interrupção do tratamento por conta própria e a automedicação, que pode mascarar sintomas ou até agravar seu quadro de saúde.

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