Eszopiclona: para que serve, receita e como tomar
Buscando saber mais sobre a eszopiclona?
Ela vem se popularizando devido ao seu efeito sedativo.
O remédio é comercializado nas farmácias e drogarias sob a forma de comprimidos revestidos de 1 mg, 2 mg e 3 mg.
Neste artigo, explico as situações em que o fármaco pode ser prescrito, as regras para que seja obtido e como solicitar a receita médica online.
Acompanhe até o final!
O que é eszopiclona?
Eszopiclona é um medicamento hipnótico não benzodiazepínico de terceira geração.
A substância faz parte do grupo conhecido como hipnóticos Z, que reúne drogas desenvolvidas para melhorar a qualidade do sono sem expor o paciente a alto risco de dependência e tolerância.
Produzidos a partir da década de 1980, zolpidem, zopiclona e eszopiclona oferecem alternativas mais seguras em relação aos benzodiazepínicos (diazepam, clonazepam, alprazolam, etc), que apresentam alto potencial de dependência física e psíquica.
Para que serve eszopiclona
A eszopiclona serve para combater a insônia.
Seu mecanismo de ação ativa receptores cerebrais chamados gama-aminobutírico (receptor GABA), que têm papel importante no processo de adormecer.
Como resultado, o uso da substância diminui o tempo para iniciar o sono e a frequência dos despertares noturnos.
Além de aumentar a duração e a qualidade do sono e do despertar.
Principais indicações
Segundo a bula do Prysma®, medicamento referência para a eszopiclona, o remédio é indicado para tratar a insônia em pacientes adultos.
Os sintomas da insônia incluem dificuldade para adormecer e despertares frequentes durante a noite.
Como tomar eszopiclona
Tome os comprimidos revestidos de 1 mg, 2 mg ou 3 mg por via oral, com ajuda de um copo d’água e sempre de acordo com a prescrição médica.
Procure fazer a última refeição do dia algumas horas antes de se deitar.
Isso tem por objetivo evitar a redução do efeito do medicamento.
A eszopiclona deve ser tomada logo antes de dormir, somente quando houver disponibilidade de repouso por 7 a 8 horas.
Reproduzo os esquemas terapêuticos descritos na bula do remédio abaixo:
- Tratamento inicial: a dose inicial recomendada é de 1 mg, podendo ser aumentada para 2 mg ou 3 mg, se clinicamente indicado. A dose total não deve exceder 3 mg, uma vez ao dia, antes de deitar-se para dormir
- Tratamento de manutenção: para a maioria das pessoas, a dose de manutenção é de 2 e 3 mg e deve ser tomada imediatamente antes de ir para a cama.
Consulte o médico e o farmacêutico para mais detalhes
Receita de eszopiclona
É necessário apresentar a receita B1 para adquirir a eszopiclona.
Que, na verdade, corresponde a um documento formado por duas vias diferentes.
A segunda via consiste numa receita comum, que é carimbada na farmácia e devolvida ao paciente ou cuidador.
Ela contém a orientação médica relativa aos horários, doses, cuidados e outras medidas indispensáveis ao sucesso do tratamento.
Já a primeira via corresponde à notificação de receita azul, que atende às exigências da Instrução Normativa SVS/MS 344/1998.
Ao criar o regulamento para remédios controlados, a legislação enquadrou a eszopiclona na lista B1 de fármacos psicotrópicos.
Por alterarem o funcionamento do sistema nervoso central, essas drogas podem modificar o comportamento, humor e cognição, apresentando riscos como a overdose.
Isso porque o organismo pode desenvolver tolerância aos medicamentos, precisando de doses cada vez maiores para obter o efeito inicial.
Outro problema é o condicionamento das funções do cérebro à presença da eszopiclona e demais substâncias da lista B1, caracterizando dependência física e psíquica.
A fim de coibir o abuso de psicotrópicos, a Anvisa determina regras rígidas de prescrição.
Isso inclui o preenchimento da notificação de receita com dados do paciente, médico prescritor, estabelecimento de saúde, comprador e fornecedor.
Esse tipo de receita é válido por 30 dias e pode dar acesso a medicamento em quantidade suficiente para até 60 dias de tratamento, ou cinco ampolas, caso a substância seja injetável.
Dúvidas frequentes sobre eszopiclona
Esclareço nos tópicos seguintes perguntas comuns sobre o uso da eszopiclona.
Siga acompanhando.
Qual a diferença entre zolpidem e eszopiclona?
Ambos são fármacos sedativos hipnóticos não benzodiazepínicos.
No entanto, o zolpidem pertence à segunda geração dessas drogas, enquanto a eszopiclona é de terceira geração, resultando em indicações um pouco diferentes.
Zolpidem é prescrito para tratamentos de curta duração da insônia, enquanto a eszopiclona pode ser utilizada por algumas semanas.
Quanto aos efeitos adversos ao sistema nervoso central, estudos mostraram que foram observados em 23,4% para o zolpidem na dose de 10 mg, e de 6,2% a 12,5% para as doses de eszopiclona.
Quem não pode tomar eszopiclona?
O fármaco é contraindicado nas seguintes situações:
- Em caso de alergia conhecida à eszopiclona e aos demais componentes do produto
- Para menores de 18 anos e maiores de 65 anos
- Para mulheres grávidas ou que estejam amamentando
- Para uso concomitante com bebidas alcoólicas
- Em associação a medicamentos que possam causar sonolência, como benzodiazepínicos, opioides, antidepressivos tricíclicos, antiepiléticos, anestésicos e anti-histamínicos sedativos.
Informe seu médico caso se enquadre em alguma contraindicação.
Quais os efeitos colaterais do eszopiclona?
As reações adversas comuns são:
- Dor de cabeça
- Distorção ou diminuição do paladar
- Tonturas
- Zumbido
- Tosse
- Apetite diminuído
- Boca seca
- Defeito de memória
- Diarreia
- Dispepsia
- Dor abdominal
- Dor cervical
- Dor de garganta
- Dor nas costas
- Edema das extremidades inferiores
- Estado gripal
- Fadiga
- Perda ou diminuição de sensibilidade em determinada região do corpo
- Irritabilidade
- Náuseas
- Nervosismo
- Obstipação
- Pesadelo
- Nariz escorrendo
- Vômito
- Pele seca
- Agitação
- Cor da urina anormal
- Herpes oral
- Pressão alta
- Lesão da pele
- Sensação anormal dos sentidos ou da sensibilidade.
Na ocorrência de sintomas intensos, procure ajuda médica.
Conclusão
Para fazer uso seguro da eszopiclona, é fundamental seguir a recomendação médica.
Evite a automedicação, que eleva os riscos à saúde e pode piorar o quadro.
Caso esteja sofrendo com insônia, marque uma consulta com neurologista, psiquiatra ou outro médico para ser examinado, diagnosticado e orientado sobre o tratamento correto.
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