Eszopiclona: para que serve, receita e como tomar

Por Dr. José Aldair Morsch, 8 de abril de 2024
Eszopiclona

Buscando saber mais sobre a eszopiclona?

Ela vem se popularizando devido ao seu efeito sedativo.

O remédio é comercializado nas farmácias e drogarias sob a forma de comprimidos revestidos de 1 mg, 2 mg e 3 mg.

Neste artigo, explico as situações em que o fármaco pode ser prescrito, as regras para que seja obtido e como solicitar a receita médica online.

Acompanhe até o final!

O que é eszopiclona?

Eszopiclona é um medicamento hipnótico não benzodiazepínico de terceira geração.

A substância faz parte do grupo conhecido como hipnóticos Z, que reúne drogas desenvolvidas para melhorar a qualidade do sono sem expor o paciente a alto risco de dependência e tolerância.

Produzidos a partir da década de 1980, zolpidem, zopiclona e eszopiclona oferecem alternativas mais seguras em relação aos benzodiazepínicos (diazepam, clonazepam, alprazolam, etc), que apresentam alto potencial de dependência física e psíquica.

Para que serve eszopiclona

A eszopiclona serve para combater a insônia.

Seu mecanismo de ação ativa receptores cerebrais chamados gama-aminobutírico (receptor GABA), que têm papel importante no processo de adormecer.

Como resultado, o uso da substância diminui o tempo para iniciar o sono e a frequência dos despertares noturnos.

Além de aumentar a duração e a qualidade do sono e do despertar.

Principais indicações

Segundo a bula do Prysma®, medicamento referência para a eszopiclona, o remédio é indicado para tratar a insônia em pacientes adultos.

Os sintomas da insônia incluem dificuldade para adormecer e despertares frequentes durante a noite.

Como tomar eszopiclona

Tome os comprimidos revestidos de 1 mg, 2 mg ou 3 mg por via oral, com ajuda de um copo d’água e sempre de acordo com a prescrição médica.

Procure fazer a última refeição do dia algumas horas antes de se deitar.

Isso tem por objetivo evitar a redução do efeito do medicamento.

A eszopiclona deve ser tomada logo antes de dormir, somente quando houver disponibilidade de repouso por 7 a 8 horas.

Reproduzo os esquemas terapêuticos descritos na bula do remédio abaixo:

  • Tratamento inicial: a dose inicial recomendada é de 1 mg, podendo ser aumentada para 2 mg ou 3 mg, se clinicamente indicado. A dose total não deve exceder 3 mg, uma vez ao dia, antes de deitar-se para dormir
  • Tratamento de manutenção: para a maioria das pessoas, a dose de manutenção é de 2 e 3 mg e deve ser tomada imediatamente antes de ir para a cama.

Consulte o médico e o farmacêutico para mais detalhes

Receita de eszopiclona

É necessário apresentar a receita B1 para adquirir a eszopiclona.

Que, na verdade, corresponde a um documento formado por duas vias diferentes.

 A segunda via consiste numa receita comum, que é carimbada na farmácia e devolvida ao paciente ou cuidador.

Ela contém a orientação médica relativa aos horários, doses, cuidados e outras medidas indispensáveis ao sucesso do tratamento.

Já a primeira via corresponde à notificação de receita azul, que atende às exigências da Instrução Normativa SVS/MS 344/1998.

Ao criar o regulamento para remédios controlados, a legislação enquadrou a eszopiclona na lista B1 de fármacos psicotrópicos.

Por alterarem o funcionamento do sistema nervoso central, essas drogas podem modificar o comportamento, humor e cognição, apresentando riscos como a overdose.

Isso porque o organismo pode desenvolver tolerância aos medicamentos, precisando de doses cada vez maiores para obter o efeito inicial.

Outro problema é o condicionamento das funções do cérebro à presença da eszopiclona e demais substâncias da lista B1, caracterizando dependência física e psíquica.

A fim de coibir o abuso de psicotrópicos, a Anvisa determina regras rígidas de prescrição.

Isso inclui o preenchimento da notificação de receita com dados do paciente, médico prescritor, estabelecimento de saúde, comprador e fornecedor.

Esse tipo de receita é válido por 30 dias e pode dar acesso a medicamento em quantidade suficiente para até 60 dias de tratamento, ou cinco ampolas, caso a substância seja injetável.

Dúvidas frequentes sobre eszopiclona

Esclareço nos tópicos seguintes perguntas comuns sobre o uso da eszopiclona.

Siga acompanhando.

Qual a diferença entre zolpidem e eszopiclona?

Ambos são fármacos sedativos hipnóticos não benzodiazepínicos.

No entanto, o zolpidem pertence à segunda geração dessas drogas, enquanto a eszopiclona é de terceira geração, resultando em indicações um pouco diferentes.

Zolpidem é prescrito para tratamentos de curta duração da insônia, enquanto a eszopiclona pode ser utilizada por algumas semanas.

Quanto aos efeitos adversos ao sistema nervoso central, estudos mostraram que foram observados em 23,4% para o zolpidem na dose de 10 mg, e de 6,2% a 12,5% para as doses de eszopiclona.

Quem não pode tomar eszopiclona?

O fármaco é contraindicado nas seguintes situações:

  • Em caso de alergia conhecida à eszopiclona e aos demais componentes do produto
  • Para menores de 18 anos e maiores de 65 anos
  • Para mulheres grávidas ou que estejam amamentando
  • Para uso concomitante com bebidas alcoólicas
  • Em associação a medicamentos que possam causar sonolência, como benzodiazepínicos, opioides, antidepressivos tricíclicos, antiepiléticos, anestésicos e anti-histamínicos sedativos.

Informe seu médico caso se enquadre em alguma contraindicação.

Quais os efeitos colaterais do eszopiclona?

As reações adversas comuns são:

  • Dor de cabeça
  • Distorção ou diminuição do paladar
  • Tonturas
  • Zumbido
  • Tosse
  • Apetite diminuído
  • Boca seca
  • Defeito de memória
  • Diarreia
  • Dispepsia
  • Dor abdominal
  • Dor cervical
  • Dor de garganta
  • Dor nas costas
  • Edema das extremidades inferiores
  • Estado gripal
  • Fadiga
  • Perda ou diminuição de sensibilidade em determinada região do corpo
  • Irritabilidade
  • Náuseas
  • Nervosismo
  • Obstipação
  • Pesadelo
  • Nariz escorrendo
  • Vômito
  • Pele seca
  • Agitação
  • Cor da urina anormal
  • Herpes oral
  • Pressão alta
  • Lesão da pele
  • Sensação anormal dos sentidos ou da sensibilidade.

Na ocorrência de sintomas intensos, procure ajuda médica.

Conclusão

Para fazer uso seguro da eszopiclona, é fundamental seguir a recomendação médica.

Evite a automedicação, que eleva os riscos à saúde e pode piorar o quadro.

Caso esteja sofrendo com insônia, marque uma consulta com neurologista, psiquiatra ou outro médico para ser examinado, diagnosticado e orientado sobre o tratamento correto.

Esses profissionais estão disponíveis para consulta online na plataforma de Telemedicina Morsch, bastando alguns cliques para confirmar o atendimento.

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Em seguida, você recebe um e-mail de confirmação com o link de rastreamento para acompanhar o envio da receita azul pelo correio.

Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin