Aripiprazol: para que serve, receita e como tomar
O aripiprazol é um fármaco usado no tratamento de transtornos psicóticos.
Pode ser comprado em farmácias e drogarias em comprimidos de 10 mg, 15 mg, 20 mg ou 30 mg.
Para ter acesso a ele, você precisa de uma receita médica.
Falo mais sobre o mecanismo de ação, indicações e como comprar aripiprazol nas próximas linhas.
Acompanhe para conferir, ainda, de que forma solicitar sua receita digital através da telemedicina.
O que é aripiprazol?
Aripiprazol é um medicamento antipsicótico atípico que pode ser usado em monoterapia (de maneira isolada) ou junto a outros fármacos, dependendo do caso.
Devido à ação sobre o sistema nervoso central, seu uso seguro pede cautela e atendimento ao que diz a prescrição médica.
Além de não interromper o tratamento por conta própria, pois essa conduta aumenta o risco de crises de abstinência com sintomas intensos.
Para que serve aripiprazol
O remédio serve para tratar distúrbios psiquiátricos, incluindo sintomas como delírios, agressividade e impulsividade.
Seu mecanismo de ação ainda não é totalmente conhecido, pois o aripiprazol só foi aprovado recentemente, nos anos 2000, para o tratamento dessas condições.
Porém, sabe-se que a substância tem a capacidade de impactar receptores no sistema nervoso central.
Principais indicações
Segundo detalha a bula, o medicamento é indicado para tratar:
- Episódios de mania ou mistos associados ao transtorno bipolar do tipo I, como terapia complementar (combinado a outros fármacos).
Outras indicações dependem de uma avaliação médica.
Como tomar aripiprazol
A droga está disponível em comprimidos de 10 mg, 15 mg, 20 mg ou 30 mg.
Tome os comprimidos apenas por via oral, com a ajuda de um copo d’água.
Normalmente, o tratamento começa com uma dose baixa e vai sendo ajustado de acordo com sua necessidade e a tolerabilidade do organismo.
Confira as recomendações gerais para cada doença tratada abaixo:
- Esquizofrenia: a dose-alvo é de 10 mg/dia ou 15 mg/dia uma vez ao dia, independente das refeições. Modificações na dosagem não devem ser feitas antes de duas semanas, que é o tempo necessário para atingir o estado de equilíbrio. O psiquiatra deve reavaliar a dose periodicamente para que o tratamento de manutenção continue funcionando
- Transtorno bipolar: a dose-alvo corresponde a 15 mg uma vez ao dia, como monoterapia ou como terapia adjuntiva com lítio ou valproato. A dose pode ser elevada para 30 mg/dia com base na resposta clínica. O esquema terapêutico deve ser analisado periodicamente pelo psiquiatra para garantir a efetividade.
Se precisar de mais detalhes, consulte o médico e leia a bula do remédio.
Receita de aripiprazol
Por ser um remédio controlado pela Anvisa, a compra de aripiprazol exige a receita C1.
Conhecida como receita de controle especial, ela é sempre emitida em duas vias, sendo que a segunda serve para orientar o paciente sobre a posologia – como doses e horários para tomar o medicamento, medidas não farmacológicas que ajudam na recuperação etc.
Já a primeira via fica retida na farmácia, a fim de permitir o monitoramento por parte da vigilância sanitária.
Isso porque, como mencionei acima, o aripiprazol impacta no funcionamento do sistema nervoso central, da mesma forma que outras substâncias da lista C1.
Definido pela Instrução Normativa SVS/MS nº 344/1998, esse grupo integra drogas com efeito antipsicótico (como o aripiprazol), antidepressivo, anticonvulsivante e antiparkinsoniano.
Ao manter um controle mais rígido de sua prescrição, a Anvisa objetiva coibir o uso indiscriminado dessas substâncias.
Para tanto, usa a receita branca, que tem validade de 30 dias contados a partir da data seguinte à emissão.
A prescrição C1 pode ter até 3 substâncias e liberar a quantidade de medicamento suficiente para até 60 dias de tratamento.
Dúvidas frequentes sobre aripiprazol
Confira, agora, respostas para questões corriqueiras sobre o uso do remédio.
Qual é o efeito colateral do aripiprazol?
As reações adversas mais comuns são:
- Náusea
- Vômito
- Constipação
- Cefaleia
- Eventos extrapiramidais, como a acatisia (transtorno do movimento caracterizado pela sensação de inquietude interna, irritabilidade, desassossego ou incapacidade de ficar parado)
- Ansiedade
- Insônia
- Inquietação
- Redução dos níveis de HDL
- Redução de peso
- Aumento >7% do peso corpóreo
- Agitação
- Irritações de pele
- Sonolência
- Sedação
- Tremor
- Fadiga.
Mais raramente, podem ocorrer efeitos colaterais graves como ideação suicida, infarto, alterações na frequência cardíaca (arritmias) e convulsões
Na presença de alguma dessas reações, avise ao médico para que o tratamento seja adaptado.
Pode tomar aripiprazol à noite?
Não há problema em utilizar o medicamento à noite.
Contudo, dependendo da dose e da condição clínica, o paciente pode se sentir agitado após tomar aripiprazol, o que atrapalha o sono.
Portanto, siga a recomendação médica em relação aos horários de administração do fármaco.
Quem não pode tomar aripiprazol?
O remédio é contraindicado para quem tem alergia ao aripiprazol e/ou demais componentes da fórmula.
Mulheres que estão amamentando e idosos que sofram com psicose associada à demência também devem evitar esse medicamento.
Além disso, pessoas que tenham diabetes, glaucoma de ângulo estreito, Alzheimer e história de convulsões devem passar por avaliação criteriosa para que o médico pese os prós e contras do tratamento com aripiprazol.
Afinal, o medicamento colabora para casos de hiperglicemia e aumenta a dificuldade para engolir.
Qual a idade para tomar aripiprazol?
Não existe contraindicação ao uso de aripiprazol por crianças.
Tanto que o tratamento de pacientes pediátricos com esse fármaco foi aprovado pela FDA (Food and Drug Administration), nos Estados Unidos.
Importante ressaltar que os riscos da automedicação são ainda maiores para crianças e adolescentes, por isso, use o medicamento apenas sob prescrição médica.
Conclusão
Gostou de saber mais sobre o aripiprazol?
Vale lembrar que o tratamento com esse remédio não deve ser iniciado ou descontinuado sem monitoramento médico.
Diante de sintomas de doenças psíquicas, comece passando em consulta com o psiquiatra.
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