Receita A1: o que é, lista de medicamentos, como pedir e validade
A receita A1 é emitida para o tratamento com medicamentos entorpecentes.
Muitos deles são substâncias de alta potência no combate a sintomas como dores crônicas, tratados com eficiência desde que o paciente siga a prescrição médica rigorosamente.
Assim, dá para evitar quadros de dependência, tolerância e overdose decorrentes do abuso desses remédios.
Neste texto, apresento os principais cuidados, exemplos de fármacos e como conseguir sua receita A1 de maneira segura.
Acompanhe até o final e descubra um método prático e econômico para renovar uma receita médica.
O que é receita A1?
Receita A1 é o documento destinado à liberação de remédios entorpecentes.
Devido à sua ação depressora do sistema nervoso central, esses medicamentos seguem regras rígidas para a prescrição e são marcados com tarja preta na embalagem.
Sua receita é emitida sempre em duas vias, sendo que a primeira serve como notificação de receita amarela, permitindo o rastreio por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Para tanto, a primeira via fica retida na farmácia ou drogaria no momento da compra.
Já a segunda é carimbada e devolvida ao paciente, pois contém orientações importantes para o sucesso do tratamento.
Qual a diferença entre receitas A1, A2 e A3?
A1, A2 e A3 são grupos de remédios controlados pela Anvisa, conforme determina a Instrução Normativa SVS/MS nº 344/1998, que instituiu o Regulamento Técnico das substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial.
Como todos pertencem ao grupo A, são prescritos através da notificação amarela.
Sua diferença está na classe de medicamentos que compõem cada subgrupo, sendo:
- A1: substâncias entorpecentes
- A2: substâncias entorpecentes de uso permitido somente em concentrações especiais
- A3: substâncias psicotrópicas, que inibem certas funções do sistema nervoso central.
Na sequência, listo os medicamentos da receita A1.
Lista de medicamentos com receita A1
A lista A1 é extensa, incluindo, por exemplo, fármacos derivados do ópio (opiáceos).
Essas substâncias são analgésicos fortes, usados para controlar dores intensas e/ou crônicas.
Uma vez no organismo, agem sobre os neurônios, podendo desencadear quadros de dependência – quando o organismo só funciona corretamente com a presença do remédio.
Quanto maior o tempo de uso, mais suscetível o paciente fica a outro problema: a tolerância, caracterizada pela busca de quantidades cada vez maiores de remédio para obter o mesmo efeito.
Nesse contexto, aumenta o risco de overdose, que é o consumo de um fármaco em dose tão alta que pode ser letal.
A seguir, trago a lista A1 atualizada conforme a RDC 804/2023, na qual consta um total de 93 substâncias entorpecentes.
Você pode acompanhar as próximas atualizações nesta página da Anvisa.
- Acetilmetadol
- Alfacetilmetadol
- Alfameprodina
- Alfametadol
- Alfaprodina
- Alfentanila
- Alilprodina
- Anileridina
- Bezitramida
- Benzetidina
- Benzilmorfina
- Benzilmorfina
- Betacetilmetadol
- Betameprodina
- Betametadol
- Betaprodina
- Buprenorfina
- Butorfanol
- Clonitazeno
- Codoxima
- Concentrado de palha de dormideira
- Dextromoramida
- Diampromida
- Dietiltiambuteno
- Difenoxilato
- Difenoxina
- Diidromorfina
- Dimefeptanol (metadol)
- Dimenoxadol
- Dimetiltiambuteno
- Dioxafetila
- Dipipanona
- Drotebanol
- Etilmetiltiambuteno
- Etonitazeno
- Etoxeridina
- Fenadoxona
- Fenampromida
- Fenazocina
- Fenomorfano
- Fenoperidina
- Fentanila
- Furetidina
- Hidrocodona
- Hidromorfinol
- Hidromorfona
- Hidroxipetidina
- Intermediário da metadona (4-ciano-2-dimetilamina-4,4-difenilbutano)
- Intermediário da moramida (ácido 2-metil-3-morfolina-1,1-difenilpropano carboxílico)
- Intermediário “a” da petidina (4-ciano-1-metil-4-fenilpiperidina)
- Intermediário “b” da petidina (éster etílico do ácido 4-fenilpiperidina-4-carboxilíco)
- Intermediário “c” da petidina (ácido-1-metil-4-fenilpiperidina-4-carboxílico)
- Isometadona
- Levofenacilmorfano
- Levometorfano
- Levomoramida
- Levorfanol
- Metadona
- Metazocina
- Metildesorfina
- Metildiidromorfina
- Metopona
- Mirofina
- Morferidina
- Morfina
- Morinamida
- Nicomorfina
- Noracimetadol
- Norlevorfanol
- Normetadona
- Normorfina
- Norpipanona
- N-oxicodeína
- N-oximorfina
- Ópio
- Oripavina
- Oxicodona
- Oximorfona
- Petidina
- Piminodina
- Piritramida
- Proeptazina
- Properidina
- Racemetorfano
- Racemoramida
- Racemorfano
- Remifentanila
- Sufentanila
- Tapentadol
- Tebacona
- Tebaína
- Tilidina
- Trimeperidina.
Aprenda na sequência como ter acesso a uma receita amarela A1.
Como solicitar receita amarela A1?
A receita A1 deve ser emitida por um médico com registro ativo no CRM de sua região e cadastro junto à autoridade regional de vigilância sanitária.
A prescrição conclui o ato médico, sendo realizada no encerramento de uma consulta online ou presencial.
O atendimento começa com uma conversa roteirizada chamada anamnese, durante a qual o profissional coleta dados importantes sobre fatores que podem interferir na saúde do paciente.
Falo dos sintomas, quando se iniciaram e qual o seu impacto no dia a dia, mas também do histórico do paciente, doenças preexistentes, alergias, remédios em uso atualmente, etc.
Depois, o médico avança para o exame físico, em que usa técnicas como inspeção e palpação para avaliar a anatomia e o funcionamento dos sistemas do organismo.
Caso seja preciso, ele solicita exames complementares para confirmar ou afastar a hipótese diagnóstica.
Só então, com um diagnóstico formulado, é que o médico prescreve o tratamento, que pode incluir fármacos entorpecentes.
Qual a validade da receita A1?
A receita A1 é válida por 30 dias, contados a partir da data seguinte à prescrição.
Ou seja, se foi emitida em 12 de junho (dia zero), a contagem se inicia em 13 junho (dia 1), e a validade se estende até 12 de julho.
Cada receita amarela serve para apenas um medicamento, podendo liberar quantidade suficiente para até 30 dias de tratamento – ou 5 ampolas, em caso de compostos injetáveis.
Como renovar uma receita A1?
O caminho convencional para renovar a receita amarela é comparecer a uma nova consulta médica.
Dependendo do caso, isso pode exigir que o paciente enfrente filas de espera, correndo o risco de descontinuar o tratamento e vivenciar sintomas intensos.
Porém, apresento um jeito mais simples e menos burocrático para quem deseja apenas trocar uma prescrição que está perdendo ou acaba de perder a validade.
Basta contar com a Telemedicina Morsch para renovar sua receita médica online em poucos cliques. Veja como é fácil:
- Acesse a página de solicitação de renovação
- Se for seu primeiro acesso, selecione “Criar conta” e preencha os campos com seus dados
- Selecione a opção de renovação de receita
- Confirme o pagamento.
E pronto!
Você vai receber um link de rastreamento para acompanhar o envio da receita A1 pelo correio.
Afinal, como expliquei nos tópicos anteriores, a prescrição desses fármacos só pode ser feita por meio de uma notificação amarela de receitas, que é impressa num talonário especial.
Apenas profissionais autorizados pela Anvisa têm acesso ao talonário, que impede a emissão de receita digital para remédios da lista A1.
Conclusão
A receita A1 é indispensável para a liberação de fármacos entorpecentes.
Agora que você está por dentro das principais normas envolvendo essas substâncias, pode fazer uso seguro e evitar a automedicação.
Caso precise esclarecer dúvidas, marque uma teleconsulta no sistema Morsch.
Veja também outros artigos sobre saúde que publico aqui no blog.