CID M41 – Escoliose (desvio lateral da coluna vertebral)
O CID M41 faz referência à Escoliose na Classificação Internacional de Doenças.
Neste texto, explico mais sobre o conceito e conduta médica diante desse diagnóstico.
Também apresento opções tecnológicas que qualificam a assistência, como a telemedicina.
CID M41: o que significa?
CID M41 é o código para descrever a escoliose. Trata-se dos casos de desvio lateral da coluna vertebral, formando uma trajetória em S ou C.
De acordo com o DATASUS, o diagnóstico inclui cifoescoliose, contemplando 8 subcategorias:
- M41.0: Escoliose idiopática infantil
- M41.1: Escoliose idiopática juvenil (escoliose dos adolescentes)
- M41.2: Outras escolioses idiopáticas
- M41.3: Escoliose toracogênica
- M41.4: Escoliose neuromuscular, o que engloba escoliose secundária à paralisia cerebral, ataxia de Friedreich, poliomielite e outras doenças neuromusculares
- M41.5: Outras escolioses secundárias
- M41.8: Outras formas de escoliose
- M41.9: Escoliose não especificada.
O CID M41 exclui:
- Doença cardíaca cifoescoliótica (CID I27.1)
- Escoliose congênita SOE (CID Q67.5)
- Escoliose congênita devida à malformação óssea (CID Q76.3)
- Escoliose congênita postural (CID Q67.5)
- Escoliose congênita pós-procedimento (M96.-).
A seguir, esclareço sobre a conduta médica em casos de CID M41.
Conduta médica para o CID M41
A conduta médica depende de fatores como grau de curvatura, idade do paciente e comprometimento de estruturas abrigadas pela caixa torácica.
Quadros graves de escoliose, com curvatura maior que 40 graus, podem impedir o desenvolvimento pulmonar adequado, por exemplo, desencadeando agravos importantes.
Identificar a causa é outro ponto essencial para determinar o tratamento adequado, que engloba terapias para doenças que estejam desencadeando o desvio na coluna.
Diagnóstico
O diagnóstico é clínico, uma vez que a curvatura anormal pode ser observada através de um exame clínico minucioso.
Nem sempre há sintomas, principalmente nos casos leves ou de início recente.
Contudo, alterações posturais podem ser observadas em consultório e, se necessário, confirmadas com o suporte de métodos de diagnóstico por imagem.
O mais comum é o raio X da coluna, capaz de evidenciar mesmo os pequenos desvios por dar destaque ao posicionamento das vértebras.
Casos complexos se beneficiam de complementos por meio da tomografia computadorizada ou ressonância magnética.
Tratamento
Na maioria das vezes, a escoliose é idiopática.
No entanto, se tiver base numa patologia, o tratamento deve se concentrar nessa doença para diminuir o desvio.
Técnicas de fisioterapia e RPG (Reeducação Postural Globalizada) também podem ser indicadas para o tratamento conservador, prescrito para a maior parte dos pacientes.
Escoliose de intensidade moderada pede ainda a indicação de órteses como coletes para corrigir a postura, em especial para crianças e adolescentes.
Apenas casos severos em adultos costumam ser tratados através de cirurgia.
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