Sulpirida: para que serve, receita e como tomar
Quer entender como funciona a sulpirida?
Então, continue a leitura deste artigo.
Explico nos próximos tópicos as principais indicações, como tomar e regras de prescrição desse medicamento.
Apresento também os passos para conseguir sua receita digital sem complicação.
Vamos em frente!
O que é sulpirida?
Sulpirida é um fármaco antipsicótico que pode ser encontrado sob a forma de cápsulas de 50 mg ou comprimidos de 200 mg.
Embora o uso consciente seja seguro, é fundamental seguir a prescrição médica e nunca alterar as doses ou período de tratamento sem indicação desse profissional.
Para que serve sulpirida
O remédio neuroléptico serve para tratar distúrbios psiquiátricos e doenças mentais.
Seu mecanismo de ação bloqueia os receptores de dopamina (neurotransmissor) pós-sinápticos, de modo a diminuir sua ação.
Também age bloqueando os receptores de dopamina auto inibitórios pré-sinápticos, o que aumenta a quantidade de neurotransmissor na fenda sináptica (espaço anatômico do tecido nervoso, por onde percorre o estímulo nervoso).
Principais indicações
De acordo com a bula do Equilid®, marca de referência, a sulpirida é indicada para pacientes com:
- Estados neuróticos depressivos
- Síndromes vertiginosas
- Esquizofrenia.
A indicação do remédio é sempre uma decisão médica.
Como tomar sulpirida
As cápsulas de 50 mg ou comprimidos de 200 mg devem ser tomados por via oral, com a ajuda de um líquido e sempre conforme a recomendação do médico.
Não abra, corte nem mastigue o medicamento.
A seguir, descrevo os principais esquemas terapêuticos indicados na bula do remédio.
Para mais informações, leia o documento, procure o médico e o farmacêutico:
- Estados neuróticos depressivos: 100 a 200 mg (2 a 4 cápsulas de 50 mg) ao dia, administrados em duas ingestões diárias (manhã e noite)
- Síndromes vertiginosas: 150 a 300 mg ao dia, em duas ingestões
- Esquizofrenia: 400 a 800 mg ao dia, em duas ingestões. A dose pode ser aumentada, se necessário, até o máximo de 1200 mg ao dia.
Sintomas predominantemente excitatórios, como delírios e alucinações, respondem melhor a doses maiores, iniciando o tratamento com 400 mg, duas vezes ao dia e aumentando até 1200 mg ao dia, se necessário.
Já os sintomas predominantemente depressivos respondem melhor a doses iguais ou inferiores a 800 mg ao dia, e pacientes com sintomatologia mista respondem geralmente a uma dose de 400 a 600 mg, duas vezes ao dia.
Receita de sulpirida
O documento requerido para a compra de sulpirida é a receita C1.
Emitida em duas vias iguais, essa receita de controle especial permite o rastreio por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Para isso, a primeira via fica retida pela farmácia ou drogaria no momento da dispensação do fármaco, servindo para o monitoramento pelas autoridades de saúde.
Já a segunda via é devolvida ao paciente ou cuidador, que poderão conferir a orientação médica para o sucesso do tratamento quantas vezes for necessário.
Essas regras se aplicam à sulpirida porque a substância pertence à lista C1 da Portaria SVS/MS 344/1998, que aprovou o regulamento de remédios controlados no Brasil.
Além de outros antipsicóticos, o grupo é composto por antiparkinsonianos, antidepressivos, ansiolíticos, anticonvulsivantes e antidemenciais cujo uso indiscriminado pode prejudicar a saúde.
Todos eles são prescritos através da receita branca especial, com validade de 30 dias contados a partir da data seguinte à emissão.
O documento pode conter até 3 substâncias da lista C1 e liberar a quantidade de medicamento para até 60 dias de tratamento ou até 5 ampolas, caso seja uma droga injetável.
Dúvidas frequentes sobre sulpirida
Criei esta seção para esclarecer os principais questionamentos relacionados ao uso do remédio.
Siga acompanhando.
Qual o melhor horário para tomar sulpirida?
O melhor horário é aquele prescrito pelo médico.
Geralmente, o medicamento será tomado em duas doses, sendo uma de manhã e outra à noite, como mencionei acima.
Em certos casos, haverá a indicação de apenas uma dose diária, administrada antes de dormir.
Quais são os efeitos colaterais da sulpirida?
Por mais que sejam seguros, os fármacos apresentam risco de reações adversas, especialmente para pacientes sensíveis.
Os efeitos mais comuns para quem toma sulpirida são:
- Hiperprolactinemia (aumento da concentração do hormônio prolactina que estimula secreção de leite)
- Insônia
- Sedação (redução das funções motoras e mentais) ou sonolência
- Distúrbios extrapiramidais
- Parkinsonismo
- Tremor
- Acatisia (inquietação)
- Constipação
- Aumento das enzimas do fígado
- Rash maculopapular (pequenas lesões vermelhas arredondadas e placas vermelhas no corpo e membros)
- Dor nos seios
- Galactorreia (produção de leite fora do período pós-parto ou de lactação)
- Aumento de peso.
Informe ao seu médico se apresentar febre (elevação anormal da temperatura corporal), rigidez muscular ou hipertonia (aumento anormal do tônus muscular), que podem sinalizar a Síndrome Neuroléptica Maligna (SNM), uma complicação potencialmente fatal.
Na ocorrência de sintomas graves ou intensos, procure ajuda médica imediatamente.
Quem não pode tomar sulpirida?
O remédio é contraindicado em caso de:
- Alergia à sulpirida ou a qualquer componente da fórmula
- Tumor dependente de prolactina (hormônio secretado pela hipófise que estimula a produção de leite e o aumento das mamas), por exemplo, prolactinomas da glândula pituitária (tumor da hipófise que causa secreção excessiva do hormônio prolactina) e câncer de mama
- Diagnóstico ou suspeita de feocromocitoma (tumor da medula da glândula suprarrenal)
- Gravidez e amamentação
- Utilização concomitante com levodopa ou medicamentos antiparkinsonianos (incluindo ropinirol)
- Porfiria aguda (doença metabólica que se manifesta através de problemas na pele e/ou com complicações neurológicas).
Comunique seu médico caso se encaixe em uma dessas contraindicações.
Conclusão
Ao final deste texto, você está por dentro das principais informações sobre sulpirida.
Vale ressaltar os riscos da automedicação, que pode mascarar sintomas ou até piorar seu quadro de saúde.
Perante sinais de doenças neurológicas ou mentais, procure assistência médica para receber o diagnóstico e tratamento corretos.
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