Periciazina: para que serve, receita e como tomar

Por Dr. José Aldair Morsch, 12 de fevereiro de 2024
Periciazina

Tem dúvidas sobre o uso da periciazina?

Esse medicamento atua como antipsicótico típico, o que requer atenção do paciente.

Disponível nas formas comprimido de 10 mg e solução oral de 10mg/mL e 40 mg/mL, só é vendida com retenção de receita.

Ao longo deste artigo, trago mais detalhes sobre os efeitos, indicações e quais os caminhos para conseguir e renovar a receita médica.

Acompanhe até o final para entender como ter acesso ao tratamento que precisa de uma forma fácil, segura e econômica.

O que é periciazina?

Periciazina é um fármaco antipsicótico neuroléptico.

Por suas características, exerce ação moderada sobre o sistema nervoso central.

Portanto, é preciso que seja usada com cautela para prevenir efeitos adversos.

Para que serve periciazina

O medicamento serve para tratar distúrbios de comportamento e certos quadros mentais.

Conforme explica uma nota técnica do Ministério da Saúde:

“Os antipsicóticos neurolépticos possuem propriedades antidopaminérgicas que são responsáveis pelo efeito antipsicótico desejado no tratamento e pelos efeitos secundários”.

Principais indicações

Segundo a bula do Neuleptil, medicamento de referência contendo periciazina, ele é indicado para o tratamento de:

  • Distúrbios caracterizados por autismo (desordem com sintomas que afetam a comunicação e interação social e geram comportamentos repetitivos)
  • Negativismo, desinteresse, indiferença
  • Bradipsiquismo (lentidão dos processos psíquicos)
  • Apragmatismo (incapacidade de realizar atos eficientes, objetivos e propositais)
  • Suscetibilidade, impulsividade
  • Oposição, hostilidade, irritabilidade, agressividade
  • Reações de frustração
  • Hiperemotividade (reações emotivas excessivas)
  • Egocentrismo (percepção de que tudo gira em torno da própria pessoa)
  • Instabilidade psicomotora (instabilidade para realizar atividades de coordenação, força, movimento) e afetiva e desajustamentos.

Outras indicações dependem da avaliação médica.

Como tomar periciazina

O comprimido de 10 mg e solução oral de 10mg/mL e 40 mg/mL devem ser tomados apenas por via oral, conforme a prescrição médica.

É recomendado tomar o medicamento junto às refeições e reservar a maior parte da dose para o período noturno.

Reproduzo os principais esquemas terapêuticos abaixo.

Caso precise de mais informações, consulte a bula do remédio, o médico e o farmacêutico:

  • Paciente adulto: o tratamento começa com meio comprimido ou 5 gotas de solução oral de 40mg/mL (5 mg) por dia, durante os três primeiros dias, aumentando-se gradativamente as doses diárias, até se atingir a posologia média de 20 a 25 mg. As doses podem ser alteradas a critério médico para alcançar a dose mínima eficaz para cada caso
  • Crianças até 10 anos: iniciar o tratamento com 4 gotas (1 mg) de solução oral de 10mg/mL por dia, durante os três primeiros dias, aumentando-se gradativamente as doses diárias, até atingir a posologia média de 10 mg
  • Crianças acima de 10 anos: iniciar o tratamento com 8 gotas (2 mg) de solução oral de 10mg/mL por dia, durante os três primeiros dias, aumentando-se gradativamente as doses diárias, até atingir a posologia média de 15 mg. Estas posologias poderão ser alteradas, de modo a se conseguir a dose diária mínima eficaz para cada caso, a qual poderá ser mantida por vários meses.

A seguir, veja como ter acesso à receita desse medicamento.

Receita de periciazina

Para adquirir medicamentos com periciazina, é preciso apresentar uma receita C1.

Trata-se da receita de controle especial, emitida e entregue em duas vias pelo médico.

Desse modo, a primeira via fica retida na farmácia ou drogaria, servindo para monitoramento do uso da substância por parte da Anvisa.

Enquanto a segunda via é devolvida ao paciente ou cuidador, pois contém a orientação médica indispensável para o sucesso do tratamento.

A receita branca tipo C1 tem validade de 30 dias, pode conter até três substâncias da lista e liberar a quantidade de medicamento para até 60 dias de tratamento.

Essas regras diferenciadas de prescrição se aplicam à periciazina porque ela faz parte do grupo C1 da Instrução Normativa SVS/MS nº 344/1998, que reúne os remédios controlados.

Além de antipsicóticos (como a periciazina), fármacos com efeito ansiolítico, anticonvulsivante, antiparkinsoniano e antidepressivo fazem parte do grupo C1.

Seu impacto sobre o sistema nervoso central pede o acompanhamento das autoridades de saúde, a fim de evitar prejuízos à saúde dos pacientes.

Dúvidas frequentes sobre periciazina

Neste espaço, esclareço algumas questões corriqueiras para quem vai iniciar ou está realizando o tratamento com periciazina.

Quais são os efeitos colaterais da periciazina?

Como todo medicamento, a periciazina pode provocar reações adversas, principalmente quando tomada em altas doses.

Veja algumas delas abaixo:

  • Sonolência
  • Tontura
  • Insônia
  • Boca seca
  • Prisão de ventre
  • Alterações nas células sanguíneas
  • Hipersensibilidade (alergia ou intolerância)
  • Urticária (erupção na pele que causa coceira)
  • Angioedema (inchaço em região subcutânea ou em mucosas, geralmente de origem alérgica)
  • Arritmias cardíacas (alterações da frequência ou ritmo dos batimentos cardíacos)
  • Bloqueio atrioventricular
  • Indiferença
  • Estado confusional
  • Delírio
  • Ansiedade
  • Humor alterado
  • Parkinsonismo.

Vá ao pronto socorro imediatamente ao notar os seguintes sinais de alerta:

  • Sintomas de síndrome neuroléptica maligna (SMN): febre alta, cãibras musculares ou rigidez, tontura, dor de cabeça intensa, coração acelerado, confusão, agitação, alucinações, suor excessivo
  • Sintomas de reação alérgica grave: erupção na pele, coceira, dificuldade em respirar, falta de ar, inchaço da face, lábios, garganta ou língua, frio, pele úmida, palpitações, tonturas, fraqueza ou desmaios.

Além disso, sempre comunique seu médico sobre qualquer reação observada, por mais simples que pareça.

Por que periciazina dá sono?

A sonolência é um dos efeitos colaterais comuns, em especial no início do tratamento ou ajuste da dosagem de periciazina.

Essa reação está relacionada às propriedades sedativas do remédio.

Depois de quanto tempo a periciazina faz efeito?

O tempo em que se percebe uma melhora pode variar conforme a dose prescrita, condição clínica e características do paciente.

Mas, geralmente, o efeito é sentido após algumas semanas.

É importante seguir as recomendações médicas, sem modificar a dosagem ou parar o tratamento por conta própria.

Conclusão

Neste conteúdo, abordei aspectos da receita, como tomar e para que serve a periciazina.

Vale lembrar que a automedicação é contraindicada, pois pode mascarar sintomas, atrasar o diagnóstico e até piorar o quadro de saúde.

Prefira marcar uma consulta online ou presencial para receber a orientação necessária.

Dentro da plataforma de Telemedicina Morsch, bastam poucos cliques para se conectar com um médico online, que poderá emitir uma receita digital para acelerar o tratamento.

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Em seguida, você receberá sua nova prescrição tipo C1 por e-mail.

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Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin