Frisium: para que serve, receita e como tomar

Por Dr. José Aldair Morsch, 17 de outubro de 2025
Frisium

Buscando saber mais sobre o Frisium?

Ele é conhecido pela ação ansiolítica e calmante promovida pelo principal componente de sua fórmula: o clobazam.

O medicamento pode ser adquirido na forma de comprimidos de 10 mg e 20 mg, pedindo cuidados de uso devido ao risco de dependência física e psíquica.

Explico as indicações, como tomar e quais as regras de prescrição do Frisium nas próximas linhas.

Você vai ver também dicas para solicitar a receita médica online com segurança e sem complicação via telemedicina.

O que é Frisium?

Frisium é uma marca comercial de remédio à base de clobazam.

Trata-se de um ansiolítico puro, que pertence à classe dos benzodiazepínicos. 

Por isso, só deve ser tomado conforme a prescrição médica.

Jamais interrompa o tratamento por conta própria, pois poderá sofrer com sintomas de abstinência.

Entenda mais sobre as indicações do remédio a seguir.

Para que serve Frisium

O fármaco serve para tratar transtornos ansiosos e alguns distúrbios psicóticos, podendo ser prescrito em monoterapia (como único remédio) ou como adjuvante (associado a outros medicamentos).

Seu efeito tranquilizante começa cerca de 30 minutos após o uso, sendo gerado devido ao impacto no sistema nervoso central (SNC). 

Possivelmente, sobre o neurotransmissor GABA (ácido gama-aminobutírico).

Principais indicações

Disponível para download no bulário eletrônico da Anvisa, a bula do Frisium informa que o remédio é indicado, em monoterapia, para o tratamento de estados de ansiedade aguda e crônica que podem produzir os seguintes sintomas, em particular:

  • Ansiedade, tensão, inquietação
  • Excitação, irritabilidade
  • Distúrbios do sono por causas emocionais
  • Distúrbios psicovegetativos e psicossomáticos (por exemplo, na área cardiovascular ou gastrintestinal), desde que não haja causa orgânica diagnosticada
  • Instabilidade emocional.

Também pode ser indicado como adjuvante nos casos de pacientes com epilepsia não adequadamente controlada com o uso de anticonvulsivantes em monoterapia.

Como tomar Frisium

Ingira os comprimidos de 10 mg e 20 mg por via oral, com a ajuda de um copo d’água, com ou sem alimentos, seguindo sempre a indicação médica.

Não abra, quebre, nem mastigue os comprimidos.

Tanto a dosagem quanto a duração do tratamento são personalizadas de acordo com as necessidades, estado clínico e tolerabilidade do paciente.

Porém, é recomendado que o tratamento tenha a menor duração possível, não excedendo as 12 semanas.

Cabe ao seu médico fazer uma reavaliação a cada quatro semanas, no máximo, para verificar a possibilidade de diminuir a dose progressivamente.

A seguir, você confere os esquemas terapêuticos sugeridos na bula do remédio para pacientes adultos e adolescentes maiores de 15 anos. 

  • Tratamento dos estados de ansiedade: a dose inicial diária é geralmente de 20 mg. Caso seja necessário, ela pode ser aumentada, mas recomenda-se que uma dose diária total de 30 mg não seja excedida
  • Tratamento da epilepsia em combinação com um ou mais outros anticonvulsivantes: recomenda-se iniciar com doses pequenas (5 a 15 mg/dia) aumentando-as gradualmente até um máximo de 80 mg/dia. 

Consulte a bula para mais detalhes.

Receita de Frisium

Você precisa de uma receita B1 para comprar Frisium.

Esse documento é emitido em duas vias diferentes, sendo que a primeira via fica retida pela farmácia no momento da compra.

Ela corresponde à notificação de receita azul, que contém, além de dados do médico prescritor e do paciente, informações do fornecedor e do comprador.

Já a segunda via é carimbada e devolvida ao paciente, servindo para que ele tenha sempre à mão a orientação médica sobre doses, via de administração, horários, precauções, etc.

Essas normas se aplicam às substâncias psicotrópicas contidas na lista B1 da Portaria SVS/MS nº 344/1998.

Ao criar o regulamento de remédios controlados, essa legislação estabeleceu regras especiais para coibir o abuso de psicotrópicos como o clobazam e outros fármacos tarja preta, capazes de alterar o funcionamento do SNC.

E, por consequência, diminuir o risco de dependência, que ocorre quando o organismo só funciona adequadamente na presença de uma substância.

Outro perigo é a tolerância, que faz o usuário buscar doses cada vez maiores para conseguir o efeito inicial, podendo sofrer uma overdose.

Daí a implementação de regras pela Anvisa para restringir e monitorar o acesso a esses medicamentos, por meio da receita azul tipo B1, válida por 30 dias.

O documento pode liberar remédio até 60 dias de tratamento, ou 5 ampolas, caso a substância seja injetável.

A prescrição é feita ao final da consulta de telemedicina ou presencial.

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Dúvidas frequentes sobre Frisium

Nesta seção, esclareço algumas questões comuns em relação ao uso do medicamento.

Qual é o genérico do Frisium?

Versões genéricas levam o nome do princípio ativo do fármaco.

No caso do Frisium, o nome é clobazam.

Qual o melhor horário para tomar Frisium?

O melhor horário é aquele definido pelo médico para o seu caso.

Geralmente, as doses maiores são tomadas à noite, mas o importante é seguir a recomendação médica.

Qual o efeito colateral do Frisium?

As reações adversas mais frequentes são:

  • Sonolência e fadiga (cansaço), especialmente no início do tratamento e quando altas doses são utilizadas
  • Sedação
  • Tontura
  • Distúrbios de atenção
  • Fala lenta/disartria (dificuldade em articular as palavras)
  • Distúrbios da fala (particularmente, com altas doses ou em tratamento prolongado)
  • Dor de cabeça
  • Tremor 
  • Ataxia (falta de coordenação dos movimentos)
  • Diminuição do apetite
  • Irritabilidade
  • Agressividade
  • Inquietação
  • Depressão
  • Tolerância à droga (especialmente durante o uso prolongado) 
  • Agitação
  • Boca seca
  • Náusea 
  • Constipação (prisão de ventre).

Alucinação, pensamento suicida, delírio, depressão respiratória e outros sintomas graves podem surgir com menor frequência, exigindo intervenção médica rápida.

Conclusão

Agora que está informado sobre o Frisium, você pode fazer um uso consciente desse remédio, evitando a automedicação.

Até porque essa prática pode colocar a saúde em risco, atrasar o diagnóstico e mascarar sintomas.

Na dúvida, o melhor é marcar uma consulta de psiquiatria ou com o neurologista para receber o atendimento adequado.

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Isso porque a notificação de receitas é sempre impressa sob autorização da Anvisa.

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Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin