Égide: para que serve, receita e como tomar
Égide é um nome comercial para um fármaco que contém topiramato.
Vendido na forma de comprimidos revestidos de 25, 50 e 100 mg, esse medicamento tem efeito sobre certos processos neurológicos.
Por isso, deve ser tomado somente sob prescrição médica.
Falo mais sobre os cuidados para um uso seguro, indicações e como tomar o remédio nas próximas linhas.
Acompanhe o texto até o final para saber também como obter e renovar sua receita médica online de um jeito seguro e rápido, via telemedicina.
O que é Égide?
Égide é uma marca comercial para um medicamento à base de topiramato.
Trata-se de um fármaco anticonvulsivante monossacarídeo derivado da D-frutose.
É utilizado para o controle de doenças neurológicas crônicas.
Portanto, costuma ser um remédio de uso contínuo, cujo tratamento tem duração de vários meses ou anos.
Entenda mais sobre as suas indicações na sequência.
Para que serve Égide
O fármaco serve para tratar alguns tipos de convulsão e para prevenir crises de enxaqueca.
A partir da inibição de canais de cálcio e sódio e aumento da atividade do neurotransmissor ácido gama-aminobutírico (GABA), seu princípio ativo age reduzindo a hiperexcitabilidade de células nervosas.
Dessa forma, combate a causa de crises epilépticas e crises de enxaqueca.
Principais indicações
Disponível no bulário da Anvisa, a bula do Égide inclui o uso em monoterapia (como único medicamento) ou como adjuvante (junto a outros fármacos).
Conforme o documento, o remédio é indicado para o tratamento de:
- Epilepsia, em monoterapia
- Crises epilépticas parciais, com ou sem generalização secundária e crises tônico-clônicas generalizadas primárias, como adjuvante
- Crises associadas à Síndrome de Lennox-Gastaut, como adjuvante
- Profilaxia da enxaqueca.
Importante dizer que o topiramato é utilizado apenas para prevenir as crises de enxaqueca, uma vez que um possível efeito no combate a esses sintomas não foi estudado.
Como tomar Égide
Tome os comprimidos de 25, 50 e 100 mg por via oral, com bastante água, com ou sem alimentos.
Não corte, mastigue ou triture os comprimidos, que devem ser engolidos inteiros.
Geralmente, o médico prescreve duas doses diárias de Égide, porém, cada terapia é personalizada e deve ser seguida à risca.
Conheça os esquemas terapêuticos descritos na bula do remédio a seguir:
- Tratamento adjuvante em epilepsia em adultos: o tratamento deve ser iniciado com 25 a 50 mg, administrados à noite, durante uma semana. Em geral, a dose total diária varia de 200 mg a 400 mg, dividida em duas tomadas, até a dose máxima de 1600 mg por dia
- Tratamento adjuvante em epilepsia em crianças acima de 2 anos: a dose total diária recomendada para crianças é de 5 a 9 mg/kg/dia, dividida em duas tomadas. A titulação deve ser iniciada com 25 mg (ou menos, baseado na faixa de 1 a 3 mg/kg/dia) administrados à noite, durante a primeira semana
- Monoterapia em epilepsia para adultos: a titulação da dose deve ser iniciada com 25 mg, administrados à noite, por uma semana. A dose alvo inicial recomendada é de 100 mg/dia e a dose diária máxima recomendada é 500 mg
- Monoterapia em epilepsia para crianças acima de 2 anos: a dose inicial varia de 0,5 a 1 mg/kg, à noite, durante uma semana. A dose-alvo inicial é de 3 a 6 mg/kg/dia. Crianças com crises de início parcial de diagnóstico recente receberam doses de até 500 mg/dia
- Prevenção da enxaqueca em adultos: o tratamento deve ser iniciado com 25 mg à noite durante 1 semana. A dose total diária é de 100 mg/dia, divididos em duas tomadas, ou até o máximo de 200 mg/dia.
Se tiver dúvidas, fale com o médico e o farmacêutico.
Receita de Égide
É necessário dispor de uma receita C1 para ter acesso ao medicamento.
Conhecida como receita de controle especial, ela é emitida em duas vias iguais para que a primeira via fique retida na farmácia ou drogaria.
Essa é uma determinação da Anvisa para as substâncias listadas no grupo C1 da Instrução Normativa SVS/MS nº 344/1998, que criou o regulamento de remédios controlados no Brasil.
Devido a impactos no sistema nervoso central, interação medicamentosa e outros riscos, fármacos anticonvulsivantes (como o topiramato), antidepressivos, antiparkinsonianos e antipsicóticos atendem a regras para coibir o uso indiscriminado.
Eles são prescritos via receita branca C1, válida por 30 dias e que pode dispensar fármaco para até 2 meses de tratamento, ou até 6 meses para remédios de uso contínuo.
Dúvidas frequentes sobre Égide
Abaixo, trago respostas rápidas para questões recorrentes entre os pacientes e cuidadores que utilizam o medicamento.
Siga acompanhando.
Quais são os efeitos colaterais do Égide?
As reações adversas mais comuns incluem:
- Sonolência
- Tontura
- Fadiga
- Irritabilidade
- Perda de peso
- Bradipsiquismo (lentificação do pensamento)
- Parestesia (formigamento)
- Diplopia (visão dupla)
- Coordenação anormal
- Náusea
- Nistagmo
- Letargia
- Anorexia
- Disartria (dificuldade para falar)
- Visão turva
- Diminuição do apetite
- Comprometimento de memória
- Diarreia.
Procure ajuda médica se perceber sintomas intensos ou graves.
Qual o nome genérico do égide?
O nome do medicamento genérico sempre corresponde ao princípio ativo que, no caso do Égide, é o topiramato.
Quanto tempo leva para o Égide fazer efeito?
Depende do objetivo do tratamento.
Para pacientes em monoterapia para epilepsia, o efeito começa a ser percebido a partir de 2 semanas de uso.
Já na terapia adjuvante, costuma levar pelo menos 4 semanas.
Já o efeito preventivo para enxaqueca é observado dentro do primeiro mês de tratamento.
A dica, então, é não interromper o uso sem indicação médica.
Conclusão
Agora que está por dentro do mecanismo de ação e cuidados, você pode utilizar o Égide de maneira segura.
Evite a automedicação ou qualquer alteração no tratamento por conta própria, pois essas práticas elevam as chances de eventos adversos.
Diante de sintomas de doenças do sistema nervoso, marque uma consulta médica para receber o diagnóstico e tratamento adequados.
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