Dogmatil: para que serve, receita e como tomar

Por Dr. José Aldair Morsch, 5 de dezembro de 2025
Dogmatil

O medicamento Dogmatil teve a fabricação e comercialização descontinuadas pela Sanofi – farmacêutica responsável por essa marca comercial – em outubro de 2020.

Desde então, as cápsulas de 50 mg, comprimidos de 200 mg e solução oral de 200 mg/mL ficaram com registro inativo na Anvisa, ou seja, indisponíveis no mercado nacional.

Contudo, ainda dá para encontrar outras marcas e remédios genéricos contendo sulpirida, princípio ativo do Dogmatil.

Saiba mais sobre a ação farmacológica, riscos e regras de prescrição desses medicamentos ao longo do texto.

Além de entender como pedir ou renovar a receita médica online de um jeito simples e seguro. 

O que é Dogmatil?

Dogmatil é um nome comercial para a sulpirida.

Trata-se de um remédio antipsicótico que tem impacto sobre o sistema nervoso central (SNC).

Esta marca comercial está indisponível no momento, mas é possível ter acesso a outras com o mesmo princípio ativo.

Embora seu uso seja seguro quando em doses terapêuticas, é fundamental seguir a prescrição médica para evitar reações indesejáveis.

Trago detalhes sobre elas nos tópicos seguintes.

Para que serve Dogmatil

Fármacos à base de sulpirida servem para tratar transtornos psicóticos e depressivos.

Eles atuam em duas frentes, sendo a primeira o bloqueio dos receptores de dopamina pós-sinápticos.

Neurotransmissor associado à regulação de mecanismos de prazer, humor, recompensa e aprendizado, a dopamina tem o efeito pré-sináptico reduzido na presença do medicamento.

Ao passo que tem a quantidade aumentada na fenda sináptica (espaço anatômico do tecido nervoso, por onde percorre o estímulo nervoso), devido ao bloqueio de receptores de dopamina auto inibitórios pré-sinápticos.

Essa ação pré-sináptica é dominante em baixas concentrações teciduais do fármaco, o que pode explicar seu efeito antidepressivo quando tomado em dosagens baixas.

Principais indicações

Disponível para download no bulário da Anvisa, a bula do Equilid (marca de referência para a sulpirida) afirma que o fármaco é indicado para o tratamento de:

  • Estados neuróticos depressivos
  • Síndromes vertiginosas
  • Esquizofrenia.

Cabe ao médico prescrever a sulpirida para outros quadros que exigem tratamento psiquiátrico ou de doenças mentais.

Como tomar Dogmatil

Para o tratamento com sulpirida, as cápsulas de 50 mg, comprimidos de 200 mg e solução oral de 200 mg/mL devem ser tomados por via oral, com a ajuda de um copo de água, se necessário.

Não abra, corte, nem mastigue o fármaco.

Siga sempre a recomendação do médico, pois cada tratamento é personalizado conforme a condição clínica e a tolerabilidade do paciente.

A seguir, acompanhe a posologia informada pela bula do remédio:

  • Estados neuróticos depressivos: 100 a 200 mg ao dia, administrados em duas ingestões diárias (manhã e noite)
  • Síndromes vertiginosas: 150 a 300 mg ao dia, em duas ingestões
  • Esquizofrenia: 400 a 800 mg ao dia, em duas ingestões. A dose pode ser aumentada, se necessário, até o máximo de 1.200 mg ao dia.

Delírios, alucinações e outros sintomas predominantemente excitatórios respondem melhor a doses maiores, iniciando-se o tratamento com 400 mg, duas vezes ao dia.

A dose pode ser aumentada para até 1.200 mg ao dia, se necessário.

Já os sintomas predominantemente depressivos respondem melhor a doses iguais ou inferiores a 800 mg ao dia.

Pacientes com sintomatologia mista respondem, geralmente, a uma dose de 400 a 600 mg, duas vezes ao dia.

Consulte o médico e o farmacêutico para esclarecer eventuais dúvidas.

Receita de Dogmatil

É preciso ter uma receita C1 para adquirir remédios com sulpirida.

Que é um tipo de receita de controle especial, emitida em duas vias para garantir que a segunda seja devolvida ao comprador.

Assim, paciente ou cuidador podem verificar a orientação médica sobre doses, horários, via de administração, período de tratamento e outras medidas importantes para a recuperação.

Enquanto a primeira via fica retida pela farmácia no momento da compra, atendendo às normas da Anvisa para substâncias da lista C1 da Portaria SVS/MS nº 344/1998.

Ao instituir o regulamento de remédios controlados no Brasil, a legislação determinou algumas regras diferenciadas para coibir o uso indiscriminado de substâncias potencialmente perigosas à saúde.

No caso da sulpirida, vale o alerta devido ao impacto no SNC e interação medicamentosa com fármacos como a levodopa.

Portanto, os medicamentos com essa substância só podem ser prescritos via receita branca tipo C1, que tem validade de 30 dias.

Geralmente, ela é emitida ao final da consulta de psiquiatria.

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Dúvidas frequentes sobre Dogmatil

A seguir, respondo a alguns questionamentos recorrentes de um jeito simples.

Qual é o similar do Dogmatil?

Na verdade, Equilid é a marca de referência para esse medicamento.

Dogmatil era considerado uma versão similar.

Também existem outras marcas, como Sulpan.

Qual o genérico do Dogmatil?

Remédios genéricos recebem o nome do princípio ativo.

No caso do Dogmatil, é a sulpirida.

Quais os efeitos colaterais do Dogmatil?

Entre as reações adversas mais comuns estão:

  • Insônia
  • Hiperprolactinemia (aumento da concentração do hormônio prolactina que estimula secreção de leite)
  • Sedação (redução das funções motoras e mentais) 
  • Sonolência
  • Distúrbios extrapiramidais 
  • Parkinsonismo
  • Tremor
  • Acatisia (inquietação)
  • Constipação
  • Aumento das enzimas do fígado
  • Rash maculopapular (pequenas lesões vermelhas arredondadas e placas vermelhas no corpo e membros)
  • Dor nos seios
  • Galactorreia (produção de leite fora do período pós-parto ou de lactação)
  • Aumento de peso.

Na presença de sintomas intensos ou graves, procure ajuda médica.

Conclusão

Agora que conhece as indicações e riscos do Dogmatil, você pode fazer um uso consciente dos fármacos com sulpirida.

Incluindo evitar a automedicação e a interrupção abrupta do tratamento, que pode ocasionar efeitos adversos.

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Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin