CID F11 – Transtornos mentais e comportamentais devido ao uso de opiáceos
O CID F11 define “Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de opiáceos” na Classificação Internacional de Doenças.
Ao longo deste texto, explico em detalhes como deve ser o diagnóstico e manejo do paciente nesses casos.
Aproveito para lembrar que você pode contar a telemedicina para otimizar o atendimento no pronto-socorro, clínica ou consultório.
CID F11: o que significa?
CID F11 é o código para transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de opiáceos.
Lembrando que opiáceos são substâncias derivadas da papoula do ópio, prescritas normalmente para o tratamento de dores intensas. Codeína e morfina são alguns exemplos.
A classificação CID F11 deve ser usada junto a uma das 9 subdivisões detalhadas pelo DATASUS:
- F11.0: Intoxicação aguda
- F11.1: Uso nocivo para a saúde
- F11.2: Síndrome de dependência
- F11.3: Síndrome [estado] de abstinência
- F11.4: Síndrome de abstinência com delirium
- F11.5: Transtorno psicótico
- F11.6: Síndrome amnésica
- F11.7: Transtorno psicótico residual ou de instalação tardia
- F11.8: Outros transtornos mentais ou comportamentais
- F11.9: Transtorno mental ou comportamental não especificado.
Essas subdivisões podem ser aplicadas a qualquer dos CIDs entre F10 e F19, que correspondem a Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de substância psicoativa.
Ainda conforme o DATASUS, as condições correspondem a:
“Numerosos transtornos que diferem entre si pela gravidade variável e por sintomatologia diversa, mas que têm em comum o fato de serem todos atribuídos ao uso de uma ou de várias substâncias psicoativas, prescritas ou não por um médico”.
O CID F11 exclui o abuso de substâncias que não produzem dependência, referido pelo CID F55.
Conduta médica para o CID F11
Em hospitais, a conduta adequada começa com o socorro a pacientes que sofrem com eventos graves, como intoxicação aguda, crises psicóticas ou de abstinência.
Casos de menor gravidade podem ser atendidos no ambulatório, consultório ou clínica.
O objetivo inicial é detectar a substância por trás do transtorno mental, a fim de realizar o tratamento necessário.
Diagnóstico
O diagnóstico parte do exame clínico aliado a exames laboratoriais para identificar substâncias nocivas na corrente sanguínea ou em outros líquidos corporais, como saliva e urina.
Vale considerar as fontes de informação disponíveis, a exemplo de:
- Informações fornecidas e drogas encontradas junto ao paciente
- Sintomas físicos e psicológicos característicos
- Sinais e os comportamentos clínicos
- Relatos de observadores confiáveis.
Confirmado o diagnóstico, é o momento de definir o tratamento adequado.
Tratamento
A abordagem terapêutica depende do tipo de transtorno detectado.
Caso haja dependência e/ou overdose, é necessário encaminhar o paciente a um programa de desintoxicação.
Geralmente, ele composto por fármacos e tratamento de suporte (psicoterapia).
Metadona, buprenorfina e naltrexona são opções de medicamentos que podem auxiliar na desintoxicação.
Serviços Morsch para o CID F11
Soluções de telemedicina ajudam nos cuidados relativos ao CID F11, do diagnóstico ao tratamento.
Usando a plataforma Morsch, sua equipe pode encaminhar o paciente a um especialista em saúde mental com poucos cliques.
Tanto psiquiatras quanto psicólogos estão disponíveis no sistema para fornecer suporte nesses casos, incluindo a necessidade de segunda opinião médica.
Se houver dúvidas quanto ao diagnóstico ou terapia, é possível solicitar uma teleconsultoria com especialista, qualificando a assistência.
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