CID F11 – Transtornos mentais e comportamentais devido ao uso de opiáceos

Por Dr. José Aldair Morsch, 9 de junho de 2023
CID F11

O CID F11 define “Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de opiáceos” na Classificação Internacional de Doenças.

Ao longo deste texto, explico em detalhes como deve ser o diagnóstico e manejo do paciente nesses casos.

Aproveito para lembrar que você pode contar a telemedicina para otimizar o atendimento no pronto-socorro, clínica ou consultório.

CID F11: o que significa?

CID F11 é o código para transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de opiáceos.

Lembrando que opiáceos são substâncias derivadas da papoula do ópio, prescritas normalmente para o tratamento de dores intensas. Codeína e morfina são alguns exemplos.

A classificação CID F11 deve ser usada junto a uma das 9 subdivisões detalhadas pelo DATASUS:

  • F11.0: Intoxicação aguda
  • F11.1: Uso nocivo para a saúde
  • F11.2: Síndrome de dependência
  • F11.3: Síndrome [estado] de abstinência
  • F11.4: Síndrome de abstinência com delirium
  • F11.5: Transtorno psicótico
  • F11.6: Síndrome amnésica
  • F11.7: Transtorno psicótico residual ou de instalação tardia
  • F11.8: Outros transtornos mentais ou comportamentais
  • F11.9: Transtorno mental ou comportamental não especificado.

Essas subdivisões podem ser aplicadas a qualquer dos CIDs entre F10 e F19, que correspondem a Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de substância psicoativa.

Ainda conforme o DATASUS, as condições correspondem a:

“Numerosos transtornos que diferem entre si pela gravidade variável e por sintomatologia diversa, mas que têm em comum o fato de serem todos atribuídos ao uso de uma ou de várias substâncias psicoativas, prescritas ou não por um médico”.

O CID F11 exclui o abuso de substâncias que não produzem dependência, referido pelo CID F55.

Conduta médica para o CID F11

Em hospitais, a conduta adequada começa com o socorro a pacientes que sofrem com eventos graves, como intoxicação aguda, crises psicóticas ou de abstinência.

Casos de menor gravidade podem ser atendidos no ambulatório, consultório ou clínica.

O objetivo inicial é detectar a substância por trás do transtorno mental, a fim de realizar o tratamento necessário.

Diagnóstico

O diagnóstico parte do exame clínico aliado a exames laboratoriais para identificar substâncias nocivas na corrente sanguínea ou em outros líquidos corporais, como saliva e urina.

Vale considerar as fontes de informação disponíveis, a exemplo de:

  • Informações fornecidas e drogas encontradas junto ao paciente
  • Sintomas físicos e psicológicos característicos
  • Sinais e os comportamentos clínicos
  • Relatos de observadores confiáveis.

Confirmado o diagnóstico, é o momento de definir o tratamento adequado.

Tratamento

A abordagem terapêutica depende do tipo de transtorno detectado.

Caso haja dependência e/ou overdose, é necessário encaminhar o paciente a um programa de desintoxicação.

Geralmente, ele composto por fármacos e tratamento de suporte (psicoterapia).

Metadona, buprenorfina e naltrexona são opções de medicamentos que podem auxiliar na desintoxicação.

Serviços Morsch para o CID F11

Soluções de telemedicina ajudam nos cuidados relativos ao CID F11, do diagnóstico ao tratamento.

Usando a plataforma Morsch, sua equipe pode encaminhar o paciente a um especialista em saúde mental com poucos cliques.

Tanto psiquiatras quanto psicólogos estão disponíveis no sistema para fornecer suporte nesses casos, incluindo a necessidade de segunda opinião médica.

Se houver dúvidas quanto ao diagnóstico ou terapia, é possível solicitar uma teleconsultoria com especialista, qualificando a assistência.

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Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin