CID A46 – Erisipela (condição inflamatória)

Por Dr. José Aldair Morsch, 14 de abril de 2023
CID A46

O CID A46 é usado para indicar o diagnóstico de Erisipela na Classificação Internacional de Doenças.

Esse quadro infeccioso requer agilidade na detecção e tratamento, a fim de evitar complicações como a septicemia.

Explico mais sobre o conceito e manejo do paciente com erisipela nos próximos tópicos e apresento soluções de telemedicina para otimizar a rotina no consultório, clínica ou hospital.

CID A46: o que significa?

CID A46 se refere à erisipela.

Esse código se encontra no trecho sobre “Outras doenças bacterianas”, que compreende os CIDs A30 até A49.

Conforme descreve o DATASUS, o CID A46 exclui erisipela pós-parto ou puerperal, designada pelo código CID O86.8.

Segundo a definição da Sociedade Brasileira de Dermatologia,

“A erisipela é uma condição inflamatória que atinge a derme e o panículo adiposo (tecido celular subcutâneo) da nossa pele, com grande envolvimento dos vasos linfáticos. Representa uma forma superficial da celulite, pois atinge predominantemente a derme e a parte superior da gordura subcutânea”.

Geralmente, a doença acomete pacientes idosos, diabéticos e obesos.

Também se manifesta em portadores de patologias que comprometem a circulação sanguínea nos membros inferiores.

Conduta médica para o CID A46

O diagnóstico é clínico, sendo necessário diferenciar a erisipela de outras patologias que alteram o aspecto da pele, como dermatite de contato e herpes-zoster.

Pele lisa e avermelhada, dor, inchaço e aumento da temperatura estão entre os sintomas mais frequentes.

Contudo, também podem surgir manifestações típicas de quadros infecciosos, como mal-estar geral, fadiga, febre e calafrios.

Diante desses sinais, cabe ao médico avaliar a história clínica por meio da anamnese para identificar possíveis lesões que tenham servido como porta de entrada para a bactéria estreptococo ou similar.

Ferimentos traumáticos, micoses, úlcera venosa crônica e picada de insetos são condições que facilitam a entrada de bactérias no tecido subcutâneo.

A abordagem terapêutica tende a combinar repouso com elevação do membro afetado e uso de antibióticos, em especial a penicilina procaína ou cristalina, por pelo menos sete dias.

Analgésicos, antitérmicos e anti-inflamatórios também podem ser prescritos para aliviar os sintomas, que costumam melhorar ainda nos primeiros dias de tratamento.

Simultaneamente, as lesões que serviram como porta de entrada devem ser higienizadas e fechadas.

Isso evita novas infecções.

Casos graves podem necessitar de tratamento cirúrgico para a remoção de áreas necróticas e com pus.

Serviços Morsch para o CID A46

A telemedicina vem revolucionando o diagnóstico e tratamento de diversas doenças graças à conexão entre pacientes e profissionais de saúde.

Na suspeita de erisipela, a investigação pode ser iniciada por meio da teleconsulta na plataforma Morsch, que permite a realização de anamnese detalhada e observação da área afetada.

Essa possibilidade acelera o atendimento ao doente, evitando complicações devido ao avanço da infecção.

Afinal, ao verificar sinais de CID A46, o médico online fará o encaminhamento para consulta presencial com dermatologista ou infectologista.

Profissionais generalistas ainda podem contar com o suporte da teleconsultoria, que facilita o acesso a esses especialistas a partir de alguns cliques.

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Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin