O infarto é decorrente da aterosclerose, entenda como acontece
Quem já ouviu falar de aterosclerose, vulgarmente chamado de entupimento das artérias? A resposta é todo mundo, mas você sabe como isso acontece?
A aterosclerose é uma condição degenerativa de endurecimento e espessamento das paredes arteriais que costuma ocorrer pela idade somada a fatores genéticos, pressão alta, diabetes e depósito de colesterol.
Algum grau de aterosclerose está presente em praticamente todas as pessoas acima de 50 anos, sendo um fenômeno normal do envelhecimento. Ela predomina no sexo masculino, sendo a principal causa de morte no mundo ocidental. Nestes casos não sentimos nada e morremos de forma natural.
O que é aterosclerose?
Em resumo, a resposta para o que é aterosclerose é simples. Ou seja, é o acúmulo de placas de gordura, cálcio e outros tipos de substância nas artérias.
Além do coração, a doença também pode atingir outras áreas do organismo (de forma localizada ou difusa). Isso inclui os membros inferiores, o cérebro, entre outros.
Por conta dos depósitos acumulados nos vasos sanguíneos, a passagem de sangue fica dificultada. No processo, as artérias se tornam mais estreitas e se enrijecem.
A patologia evolui gradualmente. Com o passar dos anos, as placas crescem e os estreitamentos se agravam.
Como resultado desse processo, pode ocorrer uma obstrução completa, que restringe o fluxo de sangue da região afetada.
Dessa forma, a parte do corpo atingida recebe menos nutrientes e oxigênio, o que faz suas funções serem comprometidas.
Dependendo da evolução, o quadro pode desencadear infartos, derrames, AVC e até a morte súbita.
Por conta dessa variabilidade, os tratamentos também mudam de acordo com cada paciente. Eles vão desde mudanças nos hábitos cotidianos, até o consumo de remédios e cirurgias.
Para entender melhor o que é aterosclerose e quais seus impactos, veja abaixo mais detalhes sobre a importância do seu diagnóstico.
Por que é importante diagnosticar a aterosclerose?
Primeiramente, vale ressaltar que, a aterosclerose é uma condição degenerativa que leva ao endurecimento e espessamento das paredes arteriais
Quando ocorre essa mudança estrutural, a passagem do sangue pelos vasos não consegue ocorrer normalmente.
Ou seja, o fluxo sanguíneo fica prejudicado, fazendo com que os órgãos não recebam a quantidade ideal de sangue e oxigênio.
Em seguida, podem ocorrer uma série de problemas de saúde, dependendo de onde a circulação foi comprometida. Os mais comuns são:
- Infarto;
- AVC isquêmico;
- Derrame cerebral;
- Angina (dor no peito).
E mais: a falta de tratamento adequado pode levar a pessoa à óbito.
Logo, é essencial entender o que é aterosclerose e realizar exames de rotina – especialmente se a pessoa fizer parte do grupo de risco.
Com isso, é possível promover o diagnóstico precoce, permitindo realizar as manobras necessárias para evitar que os sintomas e o quadro clínico piorem a ponto de se tornar algo ainda mais grave.
Quais são os tipos de aterosclerose?
Senil: há alterações das fibras elásticas que se tornam tecido fibroso e atrofia das células musculares, o que provoca perda de elasticidade das artérias e aumento da pressão arterial.
De Monckberg: é caracterizada pela necrose e calcificação da camada média muscular, lesões que podem existir sem ocasionar alteração circulatória, por não provocar nenhuma obstrução nem a formação de aneurismas.
Aterosclerose clássica: é acompanhada de alterações nas paredes internas das artérias, que se tornam mais rugosas e irregulares, dificultando a circulação e favorecendo a formação de placas (principalmente depósitos de gordura, colesterol e cálcio) que as obstruem total ou parcialmente.
Algum desses trombos podem se desprender das paredes arteriais, viajarem pelos vasos mais calibrosos e obstruírem os de menor calibre, causando sobretudo, infarto do miocárdio, acidentes vasculares cerebrais isquêmicos, gangrena de membros inferiores, etc.
Ou então essas placas crescem lentamente e acabam por causar uma obstrução arterial total.
Quais são as causas de aterosclerose?
Em suma, há fatores hereditários que tornam uma pessoa mais propensa à aterosclerose que outras, mas alguns outros fatores são reconhecidamente favorecedores:
- Sedentarismo;
- Tabagismo;
- Ingestão excessiva de gorduras;
- Colesterol elevado no sangue;
- Diabetes tipo I e II.
Por exemplo, o cigarro faz as paredes das artérias ficarem ásperas e facilita a adesão de colesterol.
Quais são os sinais e sintomas da aterosclerose?
A aterosclerose gera sinais ou sintomas de acordo com o local afetado.
Ela é uma doença sistêmica, portanto atinge todo o organismo, mas os órgãos mais afetados são o coração, o cérebro e os membros inferiores.
Nestes casos leva ao desenvolvimento de infarto agudo do miocárdio, AVC e trombose das pernas ou nas grandes artérias do corpo.
Os sintomas principais gerados pela aterosclerose são consequência da diminuição do fluxo sanguíneo nesses órgãos:
Angina pectoris, infarto do miocárdio, relacionados a entupimento das coronárias.
AVC ou derrame cerebral, relacionados a entupimento de artérias no cérebro.
Claudicação ou dor nas panturrilhas ao caminhar pequenas distâncias quando relacionados a entupimentos das pernas.
Fatores de risco da aterosclerose
Agora que você já sabe o que é aterosclerose e quais são as suas principais características, é importante manter-se atento aos seus fatores de risco mais importantes.
Normalmente, a doença é desencadeada pelo excesso de colesterol no sangue. Isso porque, sua presença gera uma reação inflamatória no endotélio. Ele é a capa de células responsável por revestir as paredes internas das artérias.
Quando isso ocorre, as placas começam a surgir. Com o passar do tempo, mais camadas vão sendo formadas, o que congestiona a circulação até que sua interrupção ocorra.
Todas as pessoas devem saber o que é aterosclerose, pois ela atinge praticamente todo perfil de indivíduo.
Em contrapartida, apesar de ser uma patologia mais percebida com o avanço da idade, vale relembrar que seu processo é lento. Inclusive, o surgimento começa por volta dos 20 anos de idade e dificilmente é detectado por exames de rotina.
Contudo, certos fatores de risco podem fazer com que a condição e seus agravamentos sejam acelerados. Somado a isso, as chances de surgimento também são maiores.
Esses fatores incluem as causas que já citei acima, como o ato de fumar, uma rotina sedentária, consumo excessivo de gorduras, colesterol alto e diabetes.
Além disso, também entram nessa lista condições como o sobrepeso e a obesidade, a pressão alta e a predisposição genética ligada ao histórico familiar.
Como se diagnostica a aterosclerose?
Em primeiro lugar, o diagnóstico começa na consulta onde o paciente se queixa de dor no peito, dor nas pernas quando caminha uma certa distância.
Por palpação das artérias superficiais o médico pode sentir o estado de endurecimento e a irregularidade das formas das artérias.
Dessa forma, esses dados podem ser complementados pelo eletrocardiograma, que transmite uma ideia indireta da circulação nas artérias cardíacas, pela arteriografia e pelo Doppler, um exame que permite visualizar mais diretamente a circulação nas artérias.
Fiz um ecg e deu normal, então estou bem?
Infelizmente não. Entretanto, a aterosclerose é uma doença silenciosa.
Na maioria das vezes não aparece no eletrocardiograma pois está nos estágios iniciais.
Em outras palavras, para que apareça a aterosclerose no eletrocardiograma, deve haver pelo menos 70% ou mais de entupimento numa coronárias principal. Percebe que o diagnóstico é bem tardio com o ecg.
Para o diagnóstico precoce da aterosclerose, devemos realizar anualmente um teste de esforço em esteira.
É um exame que se mostra positivo nos estágios iniciais da doença.
O que um médico pode fazer?
Como você verá no item seguinte, outro ponto importante sobre o que é aterosclerose é a variabilidade dos tratamentos. As dúvidas sobre as possibilidades podem causar verdadeiras dores de cabeça entre os pacientes, o que torna relevante ter as alternativas bem claras.
Depois do diagnóstico, o médico pode recomendar mudanças no estilo de vida do paciente. Contudo, isso só é efetivo se a doença estiver em estágios iniciais e o indivíduo sem riscos imediatos.
Portanto, a primeira intervenção de fato é a medicamentosa. Apesar de não existirem medicamentos específicos para a patologia, diversas alternativas podem ser empregadas para melhorar as condições dos pacientes e minimizar riscos de agravamentos.
Agora, vale citar que os remédios devem ser determinados pelo cardiologista. Ele considera os resultados dos exames e o perfil da pessoa atendida para escolher a opção mais eficaz. A automedicação nunca deve ser considerada, pois além de ineficiente, pode gerar efeitos adversos e riscos ainda maiores.
Confira alguns exemplos de medicamentos usados contra a aterosclerose:
- Betabloqueadores: servem para diminuir os batimentos cardíacos e para baixar a pressão;
- Inibidores da enzima conversora da angiotensina: também atuam para diminuir a pressão arterial, o que protege especialmente os rins e o coração;
- Bloqueadores de canais de cálcio: além de baixar a pressão, eles relaxam as artérias e minimizam as tensões na região cardíaca;
- Diuréticos: reduzem a pressão e eliminam água do organismo;
- Antiplaquetários: correspondem à popular aspirina. Sua função é prevenir o desenvolvimento de coágulos nas artérias;
- Estatinas: contribuem para a diminuição do colesterol;
- Nitratos: otimizam o fluxo sanguíneo para o coração e aliviam a dor no peito sentida pelo paciente.
Junto dos remédios, é imprescindível que o paciente preze por um estilo de vida mais saudável. Nos casos mais severos, intervenções cirúrgicas podem ser necessárias. Saiba mais sobre elas nos itens seguintes.
Como é o tratamento da aterosclerose?
A aterosclerose não tem cura, mas sua progressão pode ser diminuída por um acompanhamento médico constante, mudanças no estilo de vida, remédios para reduzir o colesterol, modificações nos hábitos alimentares, perda de peso, suspensão do vicio de fumar e aumento da atividade física.
Nesse sentido, num estágio em que o entupimento arterial já esteja avançado, há a utilização de medicações vasodilatadoras.
Em estados mais avançados ainda, pode ser necessário fazer cateterismo cardíaco, angioplastia e até ponte de safena.
Aterosclerose se resolve com cirurgia?
Um dos pontos que mais geram dúvidas entre quem procura saber o que é aterosclerose é a possibilidade de realizar cirurgia.
As intervenções cirúrgicas só são recomendadas quando o uso de medicamentos não é mais eficaz na diminuição das placas de gordura nas paredes das artérias.
Assim, essa alternativa mais severa, sendo o último recurso para que a retirada da gordura e as demais substâncias em excesso do local.
Afinal, como nos casos anteriores, as técnicas escolhidas variam. O tipo de intervenção é definido pelo especialista de acordo com a gravidade da doença e as necessidades do paciente.
Entre os tipos de cirurgias para aterosclerose, destacam-se:
- Cateterismo: serve para facilitar a passagem de sangue na artéria. Para isso, a parte obstruída abre-se com o auxílio de um tubo, inserido no paciente e movido até a área do vaso comprometido;
- Angioplastia com balão: nesta cirurgia, o cateter inserido tem uma espécie de balão em sua extremidade. Geralmente há a inserção do tubo na artéria da virilha e guiado até o estreitamento. Quando ele chega na área, o balão é insuflado e dilata o vaso atingido;
- Ponte de safena: trata-se de um procedimento em que substitui-se a artéria entupida do coração por outra. Geralmente, utiliza-se uma artéria retirada da perna;
- Endarterectomia: por fim, há a opção de remover a placa diretamente da artéria. Isso é feito por meio de sua abertura e remoção cirúrgica. Geralmente, realiza-se o procedimento quando a área afetada tem localização nas artérias carótidas.
Ciente sobre o que é aterosclerose e suas possibilidades de tratamento, você certamente concorda que o melhor caminho contra a doença é a prevenção.
Em seguida, confira mais detalhes sobre as práticas preventivas mais recomendadas contra a patologia.
Como prevenir a aterosclerose?
- Evitar os alimentos gordurosos, cigarro e bebidas alcoólicas.
- Afastar-se da obesidade.
- Manter controle da pressão arterial.
- Ingerir frutas e verduras regularmente
- Manter o controle do colesterol no sangue.
- Manter controle do diabetes mellitus, se houver.
- Praticar atividade física, regularmente.
Como posso me curar dessa doença?
A aterosclerose é uma doença evolutiva que não tem cura, embora possa ter diminuída a velocidade de sua progressão.
Nesse contexto, sob sua forma mais grave (e mais frequente), de aterosclerose, pode levar a complicações importantes e até fatais, como infarto do miocárdio, a isquemia cerebral, AVC e o aneurisma da aorta, entre outras.
Quais são os benefícios de um acompanhamento adequado?
Por se tratar de uma doença degenerativa e que não possui cura, o paciente precisa de um acompanhamento especial.
No caso, avalie as mudanças de hábito e se o tratamento está de acordo com o recomendado.
No caso do tratamento medicamentoso, observe se ele está oferecendo os resultados esperados ou se há a necessidade de promover alguma modificação.
Além disso, o acompanhamento adequado envolve a realização de exames periódicos, para avaliar se o quadro piorou ou se estabilizou, pensando sempre nas consequências mais graves que a condição pode causar.
Logo, os principais benefícios desse acompanhamento são:
- Estabilização ou melhora do quadro clínico;
- Possibilidade de modificar o tratamento rapidamente, quando necessário;
- Redução dos sintomas que podem surgir conforme a condição avança;
- Promoção de bem-estar e qualidade de vida, apesar da condição existente;
- Prevenção de doenças mais graves relacionadas à circulação sanguínea baixa ou ineficiente.
Como a Telemedicina Morsch pode contribuir no diagnóstico da aterosclerose?
A Telemedicina Morsch é uma empresa de telemedicina que oferece a modalidade de laudo à distância.
Ela disponibiliza uma plataforma de telemedicina em nuvem que permite que clínicas e hospitais encaminhem exames pela internet para que sejam interpretados por especialistas das principais áreas de atuação.
No caso da aterosclerose, quem recebe as imagens a serem analisadas é o Cardiologista, que analisa os dados e libera os resultados na forma de laudo médico online em até 30 minutos.
Isso elimina a necessidade de clínicas e hospitais contarem com especialistas fisicamente presentes.
Afinal, a execução do exame ocorre por um técnico, que encaminha as imagens obtidas diretamente através da plataforma de telemedicina.
Isso é igualmente benéfico para os pacientes, especialmente aqueles que não moram nos grandes centros e, portanto, não têm acesso a hospitais e clínicas completas e com ampla infraestrutura.
Basta procurar uma instituição próxima que possua os aparelhos para realizar os exames, pois os laudos acontecem totalmente online.
Outra vantagem é a possibilidade de clínicas dispostas em regiões distantes receberem os aparelhos de eletrocardiograma em comodato – pagando apenas um aluguel e recebendo os laudos gratuitos mensalmente.
Assim, além de não precisarem desembolsar um valor alto para adquirir com os principais equipamentos para realizar exames especializados, ainda contam com laudos online ilimitados.
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