Fluvoxamina: para que serve, receita e como tomar

Por Dr. José Aldair Morsch, 23 de fevereiro de 2024
Fluvoxamina

Quer saber mais sobre a fluvoxamina?

Esse é um remédio usado para combater certas doenças mentais.

Pode ser comprado na forma comprimido revestido de 50 mg ou 100 mg, mediante a retenção de receita.

Apresento detalhes sobre o medicamento e como obter a receita médica online ao longo deste texto.

Acompanhe até o final para ter as informações que precisa sobre o fármaco.

O que é fluvoxamina?

Fluvoxamina é um fármaco antidepressivo inibidor seletivo de recaptação de serotonina (ISRS).

Embora o uso conforme a orientação médica seja seguro, é preciso cautela devido à ação sobre o sistema nervoso central (SNC).

Não é recomendado parar de tomar esse remédio por conta própria ou de maneira abrupta, mas sempre sob acompanhamento médico.

Para que serve fluvoxamina

O medicamento serve para tratar transtornos depressivos e ansiosos.

Seu mecanismo de ação leva ao bloqueio dos canais de recaptação da serotonina no cérebro, aumentando a disponibilidade desse neurotransmissor.

O efeito esperado é uma maior sensação de bem-estar para o paciente, além do combate a pensamentos obsessivos e comportamentos compulsivos.

Principais indicações

É possível encontrar produtos genéricos contendo o princípio ativo maleato de fluvoxamina nas farmácias e drogarias do Brasil.

Contudo, para este texto, levei em consideração a bula do Luvox®, fármaco de referência que tem o documento disponível no bulário da Anvisa.

O medicamento tem as seguintes indicações:

Sempre lembrando que a recomendação de uso de qualquer fármaco é uma decisão médica.

Como tomar maleato de fluvoxamina

Tome o comprimido revestido de 50 mg ou 100 mg por via oral, de acordo com a prescrição médica.

Se for preciso, você pode cortar o comprimido em duas partes iguais para ingerir a dose receitada.

Geralmente, o fármaco é tomado em uma ou duas doses diárias, sem ultrapassar o limite de 300 mg/dia.

Veja abaixo os esquemas terapêuticos usuais:

  • Depressão (para pacientes maiores de 18 anos): a dose inicial recomendada é de 50 mg ou 100 mg, dose única, ao anoitecer. Recomenda-se aumentar a dose gradualmente, até atingir a eficácia. A dose eficaz diária geralmente é de 100 mg, entretanto esta deve ser ajustada de acordo com a resposta individual do paciente. Recomenda-se que doses totais diárias acima de 150 mg sejam administradas em doses divididas. De acordo com as recomendações da OMS, o tratamento com medicamentos antidepressivos deve continuar por pelo menos 6 meses após a recuperação de um episódio depressivo. É recomendada uma dose única diária de 100 mg de fluvoxamina para prevenção de recorrência da depressão
  • Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC): dose inicial recomendada de 50 mg ao dia, por 3 a 4 dias, devendo ser aumentada até a obtenção da resposta clínica desejada. A dose máxima corresponde a 300 mg/dia (adultos) e 200 mg/dia (crianças acima de 8 anos e adolescentes). A dose eficaz diária geralmente varia entre 100 mg e 300 mg.

Para mais informações, fale com seu médico, farmacêutico e consulte a bula do remédio.

Receita de fluvoxamina

Para adquirir esse fármaco, você deve apresentar uma receita C1.

Que também é chamada receita de controle especial, emitida em duas vias para atender à necessidade de informar o paciente e registrar a venda desse remédio controlado.

A segunda via da prescrição é devolvida ao paciente ou cuidador, a fim de que ele tenha à mão as orientações sobre doses, horário em que devem ser tomadas e período de tratamento.

Já a primeira via fica retida na farmácia ou drogaria no momento da dispensação, pois serve para monitoramento por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Isso porque a fluvoxamina é um dos antidepressivos que integram o grupo C1 da Instrução Normativa SVS/MS nº 344/1998, que também é formado por antipsicóticos, ansiolíticos, anticonvulsivantes e antiparkinsonianos.

Cabe às autoridades de saúde coibir o uso indiscriminado desses fármacos, pois eles impactam no funcionamento do sistema nervoso central.

Daí as normas diferenciadas de prescrição para a receita branca tipo C1, que tem validade de 30 dias e pode liberar produto suficiente para até 60 dias de tratamento.

Dúvidas frequentes sobre fluvoxamina

Trago agora respostas breves para dúvidas comuns entre quem vai começar a usar ou está em tratamento com a fluvoxamina.

Siga acompanhando.

Qual o efeito colateral da fluvoxamina?

Todo medicamento tem risco de desencadear reações adversas em alguns pacientes.

No caso da fluvoxamina, os efeitos mais observados são:

  • Anorexia (falta de apetite)
  • Agitação (inquietação)
  • Nervosismo
  • Ansiedade
  • Insônia (falta de sono)
  • Sonolência
  • Tremor (músculos trêmulos)
  • Cefaleia (dor de cabeça)
  • Vertigem
  • Palpitação/taquicardia (aumento da frequência cardíaca)
  • Dor abdominal
  • Constipação
  • Diarreia
  • Boca seca
  • Dispepsia (dor de estômago)
  • Náusea
  • Vômito
  • Hiperidrose (transpiração intensa)
  • Astenia (fraqueza)
  • Indisposição (sensação de desconforto generalizado ou mal-estar).

Na maioria das vezes, as reações são leves e diminuem durante as primeiras duas semanas de tratamento.

Em casos mais raros, entretanto, podem ocorrer crises epilépticas, hemorragia gastrintestinal e ginecológica, alucinações e sintomas extrapiramidais (ocorrência de movimentos involuntários).

Se perceber manifestações intensas e/ou graves, procure ajuda médica.

Qual a diferença entre fluvoxamina e fluoxetina?

Ambos os remédios são inibidores seletivos de recaptação de serotonina, ou seja, pertencem à mesma classe: a dos antidepressivos ISRS.

No entanto, estamos falando de duas substâncias distintas, cada qual com seu impacto, reações adversas e indicações para certos distúrbios.

Como mencionei nos tópicos anteriores, a fluvoxamina é usada no tratamento de um transtorno ansioso (TOC), pois diminui a compulsividade.

Ao passo que a fluoxetina tem efeito ativador, com maiores chances de causar insônia.

Por que fluvoxamina emagrece?

Alguns pacientes podem ter perda de peso durante o tratamento com o fármaco.

Isso se deve, provavelmente, devido ao efeito estimulante, que leva à redução no apetite.

Conclusão

Espero que você tenha gostado de saber mais sobre a fluvoxamina.

Evite se automedicar ou modificar o tratamento sem prescrição do médico, pois isso aumenta o risco de efeitos colaterais graves.

Caso esteja com sintomas de depressão ou qualquer outra doença, marque uma teleconsulta na plataforma Morsch para receber o diagnóstico correto e, se necessário, a receita digital.

Se precisar apenas substituir uma prescrição que acaba de perder a validade, experimente renovar a receita online, sem complicação.

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Depois, é só aguardar pelo e-mail de confirmação com sua nova receita C1.

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Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin