Fluvoxamina: para que serve, receita e como tomar
Quer saber mais sobre a fluvoxamina?
Esse é um remédio usado para combater certas doenças mentais.
Pode ser comprado na forma comprimido revestido de 50 mg ou 100 mg, mediante a retenção de receita.
Apresento detalhes sobre o medicamento e como obter a receita médica online ao longo deste texto.
Acompanhe até o final para ter as informações que precisa sobre o fármaco.
O que é fluvoxamina?
Fluvoxamina é um fármaco antidepressivo inibidor seletivo de recaptação de serotonina (ISRS).
Embora o uso conforme a orientação médica seja seguro, é preciso cautela devido à ação sobre o sistema nervoso central (SNC).
Não é recomendado parar de tomar esse remédio por conta própria ou de maneira abrupta, mas sempre sob acompanhamento médico.
Para que serve fluvoxamina
O medicamento serve para tratar transtornos depressivos e ansiosos.
Seu mecanismo de ação leva ao bloqueio dos canais de recaptação da serotonina no cérebro, aumentando a disponibilidade desse neurotransmissor.
O efeito esperado é uma maior sensação de bem-estar para o paciente, além do combate a pensamentos obsessivos e comportamentos compulsivos.
Principais indicações
É possível encontrar produtos genéricos contendo o princípio ativo maleato de fluvoxamina nas farmácias e drogarias do Brasil.
Contudo, para este texto, levei em consideração a bula do Luvox®, fármaco de referência que tem o documento disponível no bulário da Anvisa.
O medicamento tem as seguintes indicações:
- Tratamento da depressão
- Tratamento do transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).
Sempre lembrando que a recomendação de uso de qualquer fármaco é uma decisão médica.
Como tomar maleato de fluvoxamina
Tome o comprimido revestido de 50 mg ou 100 mg por via oral, de acordo com a prescrição médica.
Se for preciso, você pode cortar o comprimido em duas partes iguais para ingerir a dose receitada.
Geralmente, o fármaco é tomado em uma ou duas doses diárias, sem ultrapassar o limite de 300 mg/dia.
Veja abaixo os esquemas terapêuticos usuais:
- Depressão (para pacientes maiores de 18 anos): a dose inicial recomendada é de 50 mg ou 100 mg, dose única, ao anoitecer. Recomenda-se aumentar a dose gradualmente, até atingir a eficácia. A dose eficaz diária geralmente é de 100 mg, entretanto esta deve ser ajustada de acordo com a resposta individual do paciente. Recomenda-se que doses totais diárias acima de 150 mg sejam administradas em doses divididas. De acordo com as recomendações da OMS, o tratamento com medicamentos antidepressivos deve continuar por pelo menos 6 meses após a recuperação de um episódio depressivo. É recomendada uma dose única diária de 100 mg de fluvoxamina para prevenção de recorrência da depressão
- Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC): dose inicial recomendada de 50 mg ao dia, por 3 a 4 dias, devendo ser aumentada até a obtenção da resposta clínica desejada. A dose máxima corresponde a 300 mg/dia (adultos) e 200 mg/dia (crianças acima de 8 anos e adolescentes). A dose eficaz diária geralmente varia entre 100 mg e 300 mg.
Para mais informações, fale com seu médico, farmacêutico e consulte a bula do remédio.
Receita de fluvoxamina
Para adquirir esse fármaco, você deve apresentar uma receita C1.
Que também é chamada receita de controle especial, emitida em duas vias para atender à necessidade de informar o paciente e registrar a venda desse remédio controlado.
A segunda via da prescrição é devolvida ao paciente ou cuidador, a fim de que ele tenha à mão as orientações sobre doses, horário em que devem ser tomadas e período de tratamento.
Já a primeira via fica retida na farmácia ou drogaria no momento da dispensação, pois serve para monitoramento por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Isso porque a fluvoxamina é um dos antidepressivos que integram o grupo C1 da Instrução Normativa SVS/MS nº 344/1998, que também é formado por antipsicóticos, ansiolíticos, anticonvulsivantes e antiparkinsonianos.
Cabe às autoridades de saúde coibir o uso indiscriminado desses fármacos, pois eles impactam no funcionamento do sistema nervoso central.
Daí as normas diferenciadas de prescrição para a receita branca tipo C1, que tem validade de 30 dias e pode liberar produto suficiente para até 60 dias de tratamento.
Dúvidas frequentes sobre fluvoxamina
Trago agora respostas breves para dúvidas comuns entre quem vai começar a usar ou está em tratamento com a fluvoxamina.
Siga acompanhando.
Qual o efeito colateral da fluvoxamina?
Todo medicamento tem risco de desencadear reações adversas em alguns pacientes.
No caso da fluvoxamina, os efeitos mais observados são:
- Anorexia (falta de apetite)
- Agitação (inquietação)
- Nervosismo
- Ansiedade
- Insônia (falta de sono)
- Sonolência
- Tremor (músculos trêmulos)
- Cefaleia (dor de cabeça)
- Vertigem
- Palpitação/taquicardia (aumento da frequência cardíaca)
- Dor abdominal
- Constipação
- Diarreia
- Boca seca
- Dispepsia (dor de estômago)
- Náusea
- Vômito
- Hiperidrose (transpiração intensa)
- Astenia (fraqueza)
- Indisposição (sensação de desconforto generalizado ou mal-estar).
Na maioria das vezes, as reações são leves e diminuem durante as primeiras duas semanas de tratamento.
Em casos mais raros, entretanto, podem ocorrer crises epilépticas, hemorragia gastrintestinal e ginecológica, alucinações e sintomas extrapiramidais (ocorrência de movimentos involuntários).
Se perceber manifestações intensas e/ou graves, procure ajuda médica.
Qual a diferença entre fluvoxamina e fluoxetina?
Ambos os remédios são inibidores seletivos de recaptação de serotonina, ou seja, pertencem à mesma classe: a dos antidepressivos ISRS.
No entanto, estamos falando de duas substâncias distintas, cada qual com seu impacto, reações adversas e indicações para certos distúrbios.
Como mencionei nos tópicos anteriores, a fluvoxamina é usada no tratamento de um transtorno ansioso (TOC), pois diminui a compulsividade.
Ao passo que a fluoxetina tem efeito ativador, com maiores chances de causar insônia.
Por que fluvoxamina emagrece?
Alguns pacientes podem ter perda de peso durante o tratamento com o fármaco.
Isso se deve, provavelmente, devido ao efeito estimulante, que leva à redução no apetite.
Conclusão
Espero que você tenha gostado de saber mais sobre a fluvoxamina.
Evite se automedicar ou modificar o tratamento sem prescrição do médico, pois isso aumenta o risco de efeitos colaterais graves.
Caso esteja com sintomas de depressão ou qualquer outra doença, marque uma teleconsulta na plataforma Morsch para receber o diagnóstico correto e, se necessário, a receita digital.
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