Saiba quando a pneumonia é contagiosa e o que fazer nesses casos

Por Dr. José Aldair Morsch, 7 de fevereiro de 2022
Pneumonia é contagiosa

Será que a pneumonia é contagiosa?

É comum ouvir sobre casos de contágio e disseminação de doenças como gripes e resfriados.

Mas já reparou que pouco se escuta sobre a transmissão da pneumonia?

Contudo, essa reação inflamatória nos pulmões também é causada por agentes infecciosos, a exemplo das bactérias, vírus e fungos.

Só que os diferentes tipos de pneumonia e sua predominância modificam as chances de contágio, como explico neste artigo.

Continue lendo para conhecer formas de prevenir a doença.

Saiba também como receber assistência médica sem sair de casa, marcando uma teleconsulta.

Pneumonia é contagiosa?

Na maioria das vezes, a pneumonia não é contagiosa.

Ou, pelo menos, não tem alto nível de transmissão.

Isso porque o contágio depende de dois fatores: o tipo de pneumonia e a condição de saúde do paciente.

As modalidades provocadas por bactérias e fungos dificilmente são transmitidas pelo ar.

Como a bactéria pneumococo causa cerca de 60% dos casos da doença, as chances de se infectar são raras.

No entanto, o cenário muda se a pessoa estiver vulnerável, ou seja, com o sistema imunológico comprometido ou pouco eficiente.

Ou se for exposta à pneumonia viral.

Qual tipo de pneumonia é contagiosa?

Quando a doença é consequência de infecções virais, podemos dizer que a pneumonia é contagiosa.

Nesse caso, vale lembrar que ela atinge primeiro as vias aéreas superiores (nariz, faringe e laringe, que ficam na garganta).

Significa que ela começa como uma gripe, e não como pneumonia.

Só depois é que o vírus alcança os pulmões, chegando às estruturas responsáveis pelas trocas gasosas na respiração – os alvéolos.

Aí, sim, a doença se torna pneumonia.

É por isso que se diz que a reação inflamatória nos pulmões pode ser fruto de uma gripe mal curada.

Nesse cenário, pessoas vulneráveis que tenham contato com o doente podem se tornar alvo do vírus e desenvolver pneumonia.

O grupo de risco é formado por:

  • Indivíduos imunossuprimidos
  • Pessoas desnutridas
  • Fumantes
  • Idosos
  • Crianças pequenas
  • Portadores de doenças crônicas.

Não podemos esquecer da Tuberculose que é um tipo de pneumonia contagiosa, mas que pode ser prevenida com vacinação.

Quando a pneumonia não é contagiosa?

Você acabou de descobrir quando a pneumonia é contagiosa.

E quando não é?

Normalmente, isso acontece nos casos de pneumonia bacteriana, uma vez que as bactérias são muito menos transmissíveis que os vírus.

Além do mais, a pneumonia bacteriana costuma ser provocada por bactérias naturalmente presentes nas vias aéreas superiores.

Enquanto o sistema imune estiver fortalecido, esses microrganismos não conseguem romper todas as barreiras para chegar aos pulmões.

Entretanto, quando há queda na imunidade, as barreiras ficam enfraquecidas, facilitando a migração das bactérias até alcançarem os alvéolos.

O que fazer para evitar o contágio por pneumonia

Existem medidas preventivas simples que diminuem as chances de contágio pela doença.

A seguir, confira ações que fazem a diferença.

Reforce a imunidade contra infecções respiratórias

Mais acima, comentei sobre a importância de manter um sistema imune fortalecido para impedir que patógenos cheguem até os pulmões.

Então, investir em hábitos saudáveis é uma dica de ouro para evitar não apenas a pneumonia, mas também outras doenças infecciosas.

Procure adotar uma alimentação balanceada, consumindo mais vegetais e menos itens industrializados, repletos de açúcar, condimentos e sal.

Tenha uma rotina de atividade física pelo menos três vezes por semana e procure ter boas noites de sono.

Não esqueça de beber cerca de 2 litros de água todos os dias.

Evite aglomerações, na dúvida, use máscara facial certificada

Ambientes fechados, mal ventilados e com muitas pessoas são propícios para a transmissão de agentes infecciosos.

É inteligente ficar longe deles para reduzir o risco de contágio pela pneumonia.

Se for usar máscara, use uma certificada e que proteja por mais de 4 horas.

Higienize as mãos com frequência

Substâncias presentes no sabonete e no álcool gel matam diversos microrganismos, incluindo os que causam pneumonia.

Nesse contexto, é inteligente lavar as mãos sempre que possível e, quando não for, aplicar álcool gel depois de ter contato com pessoas ou objetos.

Especialmente se estiver em um lugar público.

Pare de fumar

Não é novidade que componentes do cigarro prejudicam a capacidade pulmonar e inflamam tecidos do sistema respiratório.

Esse cenário eleva as chances de infecção por microrganismos, por isso, os fumantes têm maior risco de desenvolver pneumonia.

Reduza a ingestão de bebida alcoólica

Álcool em excesso tem o potencial de enfraquecer o aparelho imunológico, dando oportunidade a patógenos que podem chegar aos alvéolos.

Vacine-se contra a gripe e outras viroses

Como alguns casos de pneumonia são provocados pelo vírus Influenza, evitar a gripe é uma boa ideia.

É aí que entra a imunização.

Principalmente se você fizer parte do grupo mais sujeito a ter formas graves da doença, composto por:

  • Mulheres com até 45 dias após o parto
  • Bebês de 6 meses a 2 anos
  • Idosos
  • Profissionais de saúde
  • Doentes crônicos
  • Indivíduos privados de liberdade.
Contágio por pneumonia

Um dos sintomas da pneumonia é a febre, que pode chegar a 40ºC, sendo acompanhada de mal-estar generalizado

Mantenha as doenças crônicas sob controle

Se tiver diabetes, pressão alta, asma ou outros males crônicos, cuide para que estejam controlados.

Assim, você evita sofrer quedas na imunidade.

Sintomas de pneumonia? Procure um médico

Embora haja grupos de risco, pessoas de todas as idades podem ter pneumonia.

Daí a necessidade de prestar atenção nos sinais e buscar ajuda médica quando for preciso.

Os sintomas típicos da patologia são:

  • Febre alta, podendo chegar a 40°C
  • Falta de ar
  • Tosse
  • Dor no peito
  • Alterações da pressão sanguínea
  • Confusão mental
  • Mal-estar generalizado
  • Secreção de catarro de cor amarelada ou esverdeada
  • Fraqueza.

Diante de sintomas graves como falta de ar e febre alta, vá ao pronto-socorro mais próximo.

Já os casos brandos podem ser cuidados na consulta com o pneumologista, feita pessoalmente ou pela internet.

Consulte online com a Morsch

Sabia que você e sua família podem receber assistência médica sem sair de casa?

Usando a plataforma de telemedicina Morsch, bastam alguns cliques para se conectar com o pneumologista via videoconferência.

Veja como é fácil:

  1. Acesse a página de agendamentos
  2. Use o campo de buscas para selecionar a especialidade Pneumologia e escolha o profissional de sua preferência
  3. Defina um entre os horários de agendamento, ao lado da identificação do médico
  4. Você será redirecionado para uma página de login. Se não tiver cadastro, selecione “Criar conta”
  5. Preencha o formulário com informações de identificação e prossiga
  6. Crie uma senha e acesse o sistema
  7. Confirme o horário da teleconsulta e faça o pagamento
  8. Pronto! Meia hora antes do atendimento, você vai receber o link de acesso à sala virtual via WhatsApp ou SMS.

Conclusão

São raros os casos em que a pneumonia é contagiosa.

Mas vale a pena reforçar a imunidade e adotar medidas preventivas para diminuir o risco dessa infecção.

Além de fazer consultas e exames periodicamente.

Você pode contar com a plataforma de teleconsulta Morsch para esses e outros cuidados de saúde.

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Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin