Glibenclamida: para que serve, receita e como tomar

Por Dr. José Aldair Morsch, 23 de outubro de 2023
Glibenclamida

Procurando informações sobre a glibenclamida?

Disponível em comprimidos de 5 mg, esse medicamento tem papel importante no tratamento de diabetes tipo 2.

É o que explico neste texto.

A partir de agora, falo sobre o mecanismo de ação, cuidados durante o tratamento e como ter acesso à receita médica online de modo seguro.

Acompanhe a leitura até o final e fique bem informado.

O que é glibenclamida?

Glibenclamida é um medicamento antidiabético oral do grupo das sulfonilureias.

A substância possui ação hipoglicemiante (que promove a diminuição de açúcar no sangue) e boa tolerabilidade pela maioria dos pacientes.

Porém, vale ressaltar que, assim como todo fármaco, a glibenclamida pode desencadear reações adversas.

Por isso, só deve ser usada conforme a prescrição médica.

Para que serve glibenclamida

A glibenclamida serve para tratar quadros de hiperglicemia decorrentes da produção ou absorção insuficiente de insulina pelo organismo.

Seu efeito hipoglicemiante vem do aumento da produção de insulina pelo pâncreas, glândula localizada atrás do estômago.

Ao elevar a disponibilidade do hormônio insulina, o fármaco favorece a metabolização de mais moléculas de açúcar, que são transformadas em energia.

Nesse cenário, a taxa de glicemia diminui.

Principais indicações

Segundo informa a bula, a glibenclamida é indicada para tratar a diabetes mellitus tipo 2 (não insulino-dependente ou diabetes do adulto).

Sua prescrição é feita quando os níveis de glicose no sangue não podem ser controlados apenas por dieta, exercício físico e redução de peso.

Como tomar glibenclamida

Conforme mencionei na abertura do artigo, o fármaco está disponível em comprimidos de 5 mg.

Normalmente, o médico receita uma dose única diária do medicamento, ingerida pela manhã.

Tome o comprimido inteiro por via oral, sem mastigar, com a ajuda de um pouco de água.

A seguir, veja informações gerais sobre o esquema terapêutico com glibenclamida:

  • Dose inicial usual: meio a 1 comprimido de glibenclamida 5 mg uma vez ao dia. Se necessário, pode ser aumentada gradativamente, por meio de acréscimo de, no máximo, meio comprimido de glibenclamida 5 mg em intervalos de uma a duas semanas, e que este aumento seja guiado através do monitoramento da glicemia plasmática
  • Manutenção do tratamento para pacientes com diabetes bem controlada: Dose única usual de meio a 2 comprimidos. Dose diária usual de 1 ou 2 comprimidos. Exceder a dose diária total de 3 comprimidos não é recomendado, uma vez que doses diárias maiores, de até 4 comprimidos de glibenclamida 5 mg, são mais eficazes apenas em casos excepcionais.

Para mais detalhes, consulte o médico e leia a bula do remédio.

Receita de glibenclamida

Para comprar glibenclamida, você deve apresentar a receita branca comum.

Destinado à orientação médica, esse documento é emitido em uma via, devendo ser consultado pelo funcionário da farmácia ou drogaria e devolvido ao paciente ou cuidador.

Isso porque a prescrição contém recomendações imprescindíveis para usar o medicamento de maneira adequada, como a dosagem e horários para administração do fármaco.

Os principais campos da receita médica correspondem a:

  • Nome completo do paciente
  • Nome, endereço, telefone ou identificação da unidade de saúde
  • Nome do princípio ativo do medicamento
  • Forma farmacêutica e concentração / dosagem do medicamento (em sistema métrico)
  • Posologia – modo de usar o medicamento, via de administração e duração do tratamento
  • Data da prescrição
  • Identificação completa do prescritor, em carimbo ou manuscrito
  • Assinatura do médico prescritor.

Nessa prescrição, também podem constar dicas para aumentar a eficácia do tratamento do diabetes, tais como seguir uma dieta balanceada, praticar exercício físico regularmente e controlar o peso.

Dúvidas frequentes sobre glibenclamida

Neste espaço, trago respostas para questões comuns sobre o uso desse fármaco.

Precisa de receita para comprar glibenclamida?

Sim.

Inclusive, a glibenclamida tem a embalagem marcada com tarja vermelha acompanhada pela frase: “venda sob prescrição médica”.

É importante dizer que não se trata de um remédio controlado e, portanto, não possui prescrição especial (que seria emitida em duas vias para retenção pela farmácia).

Contudo, a glibenclamida só deve ser tomada conforme a recomendação e acompanhamento médico, a fim de evitar efeitos colaterais como a hipoglicemia.

Fique atento a sintomas que indicam a baixa taxa de glicose no sangue, como dor de cabeça, fome exagerada, enjoo, vômito, cansaço, sonolência, distúrbios do sono, inquietação, agressividade, incapacidade de concentração.

Se os sintomas forem intensos, procure ajuda médica.

Casos leves podem ter a hipoglicemia corrigida em casa, tomando um copo de suco de laranja ou de água com uma colher de açúcar.

O que é melhor: metformina ou glibenclamida?

Tanto a metformina quanto a glibenclamida são opções viáveis de tratamento para diabetes tipo 2, contudo, seu mecanismo de ação é diferente.

A metformina pertence à classe das biguanidas, que agem aumentando a absorção de glicose por tecidos como o muscular, ao mesmo tempo em que diminuem sua produção no fígado.

Já a glibenclamida faz parte do grupo das sulfonilureias, empregadas para aumentar a produção de insulina pelo pâncreas.

A escolha entre esses fármacos deve ser feita pelo médico, que vai avaliar sua condição clínica, tolerabilidade e outros fatores relevantes para o sucesso do tratamento e a segurança do paciente.

Por isso, o melhor é seguir a recomendação médica, ingerindo o fármaco receitado para você.

Quem não pode tomar glibenclamida?

O medicamento é contraindicado para:

  • Quem sofre de diabetes mellitus insulino-dependente (tipo 1 ou diabetes juvenil), por exemplo, diabéticos com histórico de cetoacidose
  • Pessoas em tratamento de cetoacidose diabética (altos níveis de açúcar sem presença suficiente de insulina para metabolizar)
  • Indivíduos em tratamento de pré-coma ou coma diabético
  • Quem tem disfunção dos rins e/ou do fígado graves
  • Alérgicos à glibenclamida ou a qualquer um dos componentes da fórmula
  • Mulheres grávidas ou amamentando
  • Pessoas que utilizam medicamentos à base de bosentana (substância usada no tratamento da pressão alta).

Comunique seu médico caso se enquadre em algum desses casos.

Conclusão

Ao longo do texto, apresentei as principais informações sobre glibenclamida.

Caso tenha mais dúvidas ou esteja com sintomas de diabetes, marque uma consulta com endocrinologista ou com o clínico geral.

Dá para fazer isso sem sair de casa, passando em teleconsulta na plataforma Morsch.

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Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin