Duloxetina: para que serve, receita e como tomar
Quer saber mais sobre a duloxetina?
Conhecida pelo efeito antidepressivo, ela também ajuda no tratamento de dores crônicas.
A substância é comercializada em cápsulas de 30 mg ou 60 mg nas farmácias e drogarias,
Para tanto, exige a receita de controle especial.
Nos próximos tópicos, apresento os detalhes de uso, principais indicações e respostas para dúvidas sobre esse medicamento.
O que é duloxetina?
Duloxetina é um medicamento antidepressivo da classe dos inibidores da recaptação de serotonina e noradrenalina (IRSN).
Seu mecanismo de ação sobre o sistema nervoso central (SNC) colabora para o tratamento de doenças mentais, além de patologias que causam dores continuamente, como a fibromialgia.
Contudo, o uso seguro deve seguir estritamente a prescrição médica para evitar a dependência física e psíquica.
Para que serve a duloxetina
Disponível na forma cloridrato de duloxetina, o medicamento serve para tratar sintomas de transtornos depressivos, ansiosos e dores intensas.
Geralmente, a terapia tem meses de duração e deve ser monitorada pelo médico que fez a prescrição, a fim de prevenir reações adversas.
Ao inibir a recaptação de serotonina e noradrenalina, a duloxetina aumenta a oferta desses neurotransmissores no organismo, elevando a sensação de bem-estar.
Está aí a chave de seu efeito antidepressivo e analgésico sistêmico.
Principais indicações
Segundo a bula, o remédio é usado para tratar:
- Dor neuropática periférica diabética, proveniente de uma doença que provoca lesão dos nervos devido aos altos níveis de glicose no sangue
- Fibromialgia (FM) em pacientes com ou sem transtorno depressivo maior
- Estados de dor crônica associados à dor lombar crônica
- Estados de dor crônica associados à dor devido à osteoartrite de joelho (doença articular degenerativa) em pacientes com idade superior a 40 anos
- Transtorno de ansiedade generalizada (TAG).
Outras indicações dependem da avaliação médica.
Como tomar cloridrato de duloxetina
Encontrado em cápsulas de 30 mg ou 60 mg, o medicamento deve ser engolido de uma vez, com ou sem alimentos, nos horários prescritos pelo médico.
O tratamento pode ser diferente conforme a doença, se é inicial ou de manutenção (quando há uso contínuo da duloxetina).
Por isso, trago as orientações divididas de acordo com a patologia:
- Transtorno depressivo maior: geralmente, o tratamento inicial consiste em uma dose de 60 mg, administrada uma vez ao dia, ou de 30 mg/dia por uma semana, a fim de que o organismo se adapte. A dose máxima recomendada é de 120 mg/dia. Caso seja necessário manter o tratamento por meses, a dose recomendada é de 60 mg/dia
- Dor neuropática periférica diabética: a terapia medicamentosa com duloxetina também é iniciada com uma dose de 60 mg, administrada uma vez ao dia. O uso contínuo é recomendado pelo período máximo de 12 semanas
- Fibromialgia: a dose usual para o começo do tratamento fica em 60 mg/dia, ou 30 mg/dia para permitir a adaptação ao remédio. A opção por tratamento contínuo é individualizada, considerando a resposta de cada paciente. A eficácia da duloxetina nesses casos foi comprovada para períodos de até 3 meses
- Dor lombar crônica e dor devido à osteoartrite de joelho: a dose inicial pode ser de 60 mg ou 30 mg diários, conforme a prescrição médica. Depois de alguns dias, a dosagem se mantém em 60 mg, administrados uma vez ao dia, podendo ser aumentada para até 120 mg/dia, por até 13 semanas
- Transtorno de ansiedade generalizada (TAG): o tratamento deve ser iniciado com uma dose de 60 mg/dia, ou 30 mg durante a primeira semana. Caso seja preciso, a dose será aumentada gradualmente até o limite de 120 mg diários.
Você encontra mais detalhes na bula.
Receita de duloxetina
Como mencionei na introdução do artigo, a duloxetina só é adquirida mediante apresentação da receita branca do tipo C1.
Ela tem validade de 30 dias e pode liberar remédio para o tratamento durante um mês.
O documento é emitido em duas vias, sendo que uma fica retida na farmácia ou drogaria, enquanto a segunda se destina à orientação do paciente sobre o tratamento.
A via retida atende às exigências da Anvisa para remédios controlados, permitindo o rastreio das substâncias para coibir seu uso indiscriminado.
Para tanto, a agência governamental enquadra antidepressivos como a duloxetina no grupo C1, que também possui medicamentos anticonvulsivantes, antiparkinsonianos e antipsicóticos.
O objetivo é diminuir riscos relacionados à sua ação sobre o sistema nervoso central, como a tolerância, que faz o paciente ingerir doses cada vez maiores para conseguir o mesmo efeito.
Ou a dependência, que condiciona o funcionamento normal do organismo à presença do fármaco.
Dúvidas frequentes sobre duloxetina
Abaixo, esclareço algumas perguntas corriqueiras sobre o medicamento.
Quais os efeitos colaterais do cloridrato de duloxetina?
As reações adversas mais comuns incluem:
- Boca seca
- Náusea
- Dor de cabeça
- Fadiga (cansaço)
- Diminuição do apetite
- Tontura
- Sonolência
- Insônia
- Diarreia
- Constipação (intestino preso).
Caso observe sintomas mais graves, como batimentos cardíacos acelerados (taquicardia), garganta se fechando, febre e queimação nos olhos, procure ajuda médica imediatamente.
Pacientes em tratamento para depressão maior e TAG também devem ficar atentos a mudanças nos padrões de comportamento, alertando o psiquiatra se perceberem pensamentos suicidas, agressividade, impulsividade ou crises de pânico.
Quem tem ansiedade pode tomar duloxetina?
Mencionei acima a indicação de duloxetina para o tratamento do transtorno de ansiedade generalizada (TAG).
Porém, o remédio só deve ser usado sob prescrição médica, pois existem diferentes quadros de distúrbios ansiosos, e nem todos se beneficiam da substância.
Quem não pode tomar duloxetina?
O medicamento tem contraindicação para:
- Indivíduos que tenham alergia à duloxetina ou componentes da fórmula
- Pacientes menores de 18 anos
- Gestantes ou mulheres que estejam amamentando
- Pessoas que tenham utilizado remédios inibidores da monoamina oxidase (IMAO), como moclobemida e tranilcipromina, nos últimos 14 dias.
Converse com seu médico para o uso seguro da duloxetina.
Conclusão
Agora que sabe mais sobre a duloxetina, você pode fazer o uso consciente desse remédio, evitando a automedicação.
Caso desconfie de depressão, ansiedade e outras doenças mentais, marque uma consulta com o psiquiatra.
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