Dexmedetomidina: para que serve, receita e como tomar
Quer saber mais sobre a dexmedetomidina?
Trago neste artigo as principais informações sobre o medicamento.
Comercializado sob a forma de solução injetável de 100 mcg/mL, ele deve ser manipulado em ambiente hospitalar.
Nos próximos tópicos, apresento as indicações, posologia e regras de prescrição, além de explicar como você pode receber aconselhamento médico com agilidade via teleconsulta.
Acompanhe até o final.
O que é dexmedetomidina?
Dexmedetomidina é um fármaco sedativo-hipnótico classificado como agonista a2-adrenérgico.
Seu uso requer treinamento especializado.
Portanto, só deve ser feito por profissionais de saúde, em ambiente controlado.
Para que serve dexmedetomidina
O medicamento serve para promover sedação, ou seja, induzir o doente a um estado de redução da consciência, além de ter efeito analgésico (que combate a dor).
Uma das vantagens dessa droga é que ela não causa diminuição da frequência respiratória, o que contribui para maior segurança do paciente.
Principais indicações
Conforme a bula, o medicamento é indicado para sedação em pacientes durante o tratamento intensivo, com e sem ventilação mecânica, na Unidade de Terapia Intensiva, salas de cirurgia ou para procedimentos diagnósticos.
Estudos também mostram que a dexmedetomidina é útil em:
- Unidade de tratamento intensivo – UTI (adulta e pediátrica)
- Departamento de emergência
- Anestesia regional e geral
- Neurocirurgia
- Sedação para procedimentos pediátricos
- Intubação por fibra ótica em doentes acordados
- Cirurgia cardíaca
- Cirurgia bariátrica.
Lembrando que a indicação de um medicamento é uma decisão médica.
Como tomar cloridrato de dexmedetomidina
Pacientes não devem administrar o medicamento, deixando essa tarefa para profissionais capacitados no cuidado de doentes que necessitam de tratamento intensivo ou em sala de operação.
O doente será monitorado durante o tempo de sedação, que costuma durar até 24 horas.
O profissional fará o preparo da infusão, retirando 2 ml de cloridrato de dexmedetomidina solução para diluição injetável e adicionando 48 ml de cloreto de sódio a 0,9% para totalizar 50 ml.
Para misturar de modo correto, deve-se agitar o conteúdo suavemente.
Em seguida, o profissional de saúde utiliza um equipamento de infusão controlada para administrar cloridrato de dexmedetomidina por via intravenosa, conforme a prescrição médica.
Confira a dose usual abaixo, de acordo com a bula do remédio.
O cloridrato de dexmedetomidina deve ser individualizado e titulado segundo o efeito clínico desejado.
Para pacientes adultos, é recomendável iniciar cloridrato de dexmedetomidina com uma dose de 1,0 mcg/kg por dez minutos, seguida por uma infusão de manutenção que pode variar de 0,2 a 0,7 mcg/kg/h.
A taxa de infusão de manutenção pode ser ajustada para se obter o efeito clínico desejado.
Receita de dexmedetomidina
Para adquirir o fármaco, deve-se apresentar a receita C1.
Vale destacar que, como a dexmedetomidina é de uso restrito a hospitais, apenas o gestor em saúde ou representante do estabelecimento pode efetuar a compra.
Também conhecida como receita de controle especial, a prescrição tipo C1 é emitida em duas vias, a fim de que a primeira via fique retida para rastreamento da Anvisa.
Enquanto a segunda é devolvida ao comprador para conferência das recomendações médicas.
As normas mais rígidas existem para evitar o uso inadequado da dexmedetomidina e demais remédios controlados que fazem parte da lista C1, instituída pela Portaria SVS/MS nº 344/1998.
Além de sedativos, o grupo é formado por antidepressivos, ansiolíticos, antidemenciais, anticonvulsivantes, antiparkinsonianos e antipsicóticos.
A receita branca C1 tem validade de 30 dias e pode liberar a quantidade de medicamento para até 60 dias de tratamento ou 5 ampolas, no caso de fármacos injetáveis.
Dúvidas frequentes sobre dexmedetomidina
Reuni abaixo explicações simples para dúvidas corriqueiras sobre o uso desse fármaco.
Acompanhe!
Qual o cuidado para administração segura da dexmedetomidina?
Além da administração através de equipamento de infusão controlada, é preciso usar técnicas estritamente assépticas para evitar contaminações e infecções.
Cada ampola deve ser utilizada em apenas um paciente e, após o conteúdo ser diluído, deve ser injetado imediatamente.
Se houver sobras do medicamento, a solução deve ser refrigerada entre 2 e 8ºC, por não mais de 24 horas, para reduzir o risco microbiológico.
Quais os efeitos adversos da dexmedetomidina?
As reações adversas mais comuns incluem:
- Hipotensão
- Hipertensão
- Bradicardia
- Febre
- Vômitos
- Hipoxemia (níveis baixos de oxigênio no sangue)
- Taquicardia (rapidez excessiva no funcionamento do coração)
- Anemia
- Boca seca
- Náusea
- Sonolência.
No entanto, também podem ocorrer efeitos colaterais graves, como hemorragia, depressão respiratória, infarto do miocárdio, arritmias e convulsões.
Daí a necessidade de monitorização durante o tratamento com dexmedetomidina, bem como a restrição de uso a unidades de saúde com estrutura para atender emergências.
Quem não deve receber dexmedetomidina?
A droga é contraindicada para:
- Pacientes com alergia conhecida à dexmedetomidina ou qualquer componente da fórmula
- Menores de 18 anos
- Mulheres grávidas ou amamentando, salvo sob indicação do obstetra.
Cabe ter cautela na administração de dexmedetomidina em doentes com bloqueio cardíaco avançado e/ou disfunção ventricular grave.
Doentes com hipovolemia (quando há pouco líquido dentro dos vasos sanguíneos), diabetes mellitus ou hipertensão (pressão arterial alta) crônica e pacientes idosos podem sofrer com hipotensão e/ou bradicardia durante o tratamento.
Conclusão
Ao final do texto, você está por dentro dos usos e cuidados relacionados à dexmedetomidina, que deve ser administrada apenas no hospital.
Caso esteja com dores e outros sintomas incômodos após ter alta hospitalar, consulte um médico para identificar o problema e receber o tratamento adequado.
Evite a automedicação, que pode piorar o quadro de saúde e atrasar sua recuperação.
Escolhendo o atendimento médico online, você consegue uma avaliação rápida e sem sair de casa.
Basta seguir o passo a passo para marcar sua teleconsulta via plataforma Morsch:
- Acesse a página de agendamentos
- Use o filtro de especialidades ou digite o nome do profissional buscado
- Selecione o profissional, dia e hora desejados
- Faça login no sistema. Se não tiver cadastro, clique em “Criar conta” e preencha os dados solicitados
- Prossiga para selecionar a forma de pagamento e finalize o agendamento
- Um e-mail de confirmação será enviado para você, contendo o link de acesso à sala virtual onde será realizada a consulta por videoconferência. Clique sobre ele na data e horário marcados.
Se precisar conversar com um médico agora, nosso sistema também disponibiliza o plantão clínico 24 horas.
Clique aqui e informe alguns dados para iniciar o teleatendimento!