CID H65 – Otite média não-supurativa (doença do ouvido médio)
CID H65 é o código para Otite média não-supurativa na Classificação Internacional de Doenças.
Continue lendo este artigo em que apresento detalhes sobre o significado, detecção e tratamento dessas patologias.
Também mostro soluções tecnológicas para dar mais agilidade à rotina no consultório.
CID H65: o que significa?
O CID H65 designa os diferentes tipos de otite média não-supurativa dentro do capítulo sobre doenças do ouvido médio e da mastoide na CID.
Otites com secreção, muco, sangue e resultantes de alergias podem ser diagnosticadas através desse código.
Seis subcategorias fazem parte do CID H65:
- H65.0: Otite média aguda serosa
- H65.1: Outras otites médias agudas não-supurativas
- H65.2: Otite média serosa crônica
- H65.3: Otite média mucoide crônica
- H65.4: Outras otites médias crônicas não-supurativas
- H65.9: Otite média não-supurativa, não especificada.
Registros do DATASUS apontam as condições excluídas deste código:
- Barotrauma otítico (T70.0)
- Otite média (aguda) SOE (H66.9)
- Doença adesiva do ouvido médio (H74.1).
A seguir, trago detalhes sobre a conduta médica nesses casos.
Conduta médica para o CID H65
Geralmente, bastam anamnese e exame físico para diagnosticar a otite média não-supurativa.
Aparecem os seguintes sinais durante a otoscopia, como detalha este manual da Prefeitura de Belo Horizonte:
- Abaulamento moderado a grave da membrana timpânica
- Novo início de otorreia não decorrente de otite externa aguda
- Leve abaulamento da membrana timpânica e início recente (<48 horas) de dor de ouvido (segurando, puxando ou esfregando a orelha em criança não verbal).
Também podem surgir manifestações clínicas, especialmente em pacientes pediátricos.
As mais comuns são:
Outros sintomas podem ser observados pelo médico responsável pelo atendimento.
Exames complementares
Nem sempre é necessário realizar procedimentos complementares, pois a observação durante a otoscopia e o acúmulo de líquido na orelha média são suficientes para o diagnóstico.
Contudo, certos casos se beneficiam da aspiração do líquido do ouvido médio para cultura e estudos microbiológicos (timpanocentese), cultura de nasofaringe ou timpanometria.
Tratamento
Casos leves podem se resolver de forma espontânea, principalmente se a causa for uma infecção viral.
Já a otite de origem bacteriana ou complicada pedem o uso de antibióticos e analgésicos.
São exemplos: dipirona, paracetamol ou ibuprofeno.
Cabe ao médico ficar atento aos seguintes critérios de uso imediato de antibiótico:
- Crianças menores de 6 meses
- Otorreia
- Sintomas graves (otalgia persistente, febre alta, toxemia)
- Dificuldade de acesso ao serviço de saúde
- Risco aumentado de complicações (malformações craniofaciais, imunossuprimidos)
- Pacientes com idade entre 6 e 24 meses com otite bilateral.
Quando o antibiótico está indicado, amoxicilina, amoxicilina + clavulanato, cefuroxima e azitromicina estão entre os fármacos comumente prescritos.
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O diagnóstico do CID G47 faz parte da rotina de médicos generalistas e especialistas como o otorrinolaringologista.
Embora tenha um manejo simples, é essencial monitorar o paciente para evitar complicações como perdas auditivas permanentes.
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