Propofol: para que serve, receita e como tomar

Por Dr. José Aldair Morsch, 16 de outubro de 2023
Propofol

Quer ficar bem informado sobre o propofol?

Esse é um anestésico de uso hospitalar, bastante útil quando o paciente precisa ser sedado.

Pode ser encontrado nas apresentações emulsão para injeção intravenosa 10 mg/mL (1%) e 20 mg/mL (2%).

Avance na leitura para conhecer as indicações e posologia para esse fármaco.

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O que é propofol?

Propofol é um medicamento anestésico geral, empregado diante da necessidade de manter o paciente sedado ou inconsciente.

Pode ser usado em adultos e crianças a partir dos três anos de idade, sempre em ambiente hospitalar.

Isso porque a forma de administração do fármaco exige conhecimentos específicos para diminuir riscos ao paciente e reverter qualquer complicação de saúde.

Para que serve propofol

Propofol serve para a indução e manutenção de anestesia geral em procedimentos cirúrgicos.

Classificado como agente anestésico intravenoso de curta ação, o fármaco tem rápido início de ação, levando apenas cerca de 30 segundos para fazer efeito.

Embora seu mecanismo de ação ainda não seja totalmente conhecido, sabe-se que há impacto sobre o neurotransmissor GABA.

Geralmente, a recuperação após a anestesia é rápida e sem reações adversas intensas.

Principais indicações

De acordo com a bula, a droga é indicada para:

  • Induzir ou manter anestesia geral em procedimentos cirúrgicos
  • Sedação de pacientes adultos ventilados que estejam recebendo cuidados de terapia intensiva
  • Sedação consciente para procedimentos cirúrgicos e de diagnóstico.

Outras indicações dependem de uma avaliação médica.

Como usar propofol

Como mencionei antes, o medicamento só deve ser aplicado por profissionais de saúde que dominem as técnicas de anestesia.

Ou por médicos qualificados nos cuidados a pacientes em terapia intensiva.

Primeiro, é feita uma punção venosa para dar acesso a um vaso sanguíneo, onde o anestésico será liberado.

Afinal, a emulsão de propofol deve ser administrada por via intravenosa, ou seja, injetada diretamente num vaso sanguíneo.

O profissional responsável utiliza itens como agulha e cânula (um tubo de plástico fino) nesse processo, e fará o cálculo da dose injetada conforme o nível de sedação esperado.

Doses maiores deixam o paciente inconsciente (adormecido), enquanto doses menores podem manter certo nível de consciência.

Fatores como idade e condição física também são considerados para a prescrição da dose ideal de propofol.

Jamais interrompa a administração do medicamento por conta própria ou sem recomendação médica.

Receita de propofol

O acesso a propofol requer a apresentação da receita C1.

E o motivo é simples, pois se trata de um remédio controlado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

Nesse contexto, a prescrição C1 também é conhecida como receita de controle especial, emitida em duas vias.

A primeira via fica retida pelo estabelecimento que realizou a venda, permitindo que a Anvisa monitore e coíba o uso indiscriminado de substâncias perigosas.

Além de anestésicos, a lista C1 (criada pela Instrução Normativa SVS/MS nº 344/1998) possui antipsicóticos, antidepressivos, anticonvulsivantes e antiparkinsonianos.

Esses medicamentos têm efeito sobre o sistema nervoso central, o que pede cautela e normas mais rígidas para a prescrição.

A receita branca C1 tem validade de 30 dias, contados a partir da data seguinte à emissão.

Dúvidas frequentes sobre propofol

Agora que você entende detalhes da administração desse medicamento, confira respostas para questões relacionadas ao propofol.

Quais os riscos do propofol?

Distúrbios vasculares, cardíacos, respiratórios e gastrointestinais estão entre as reações adversas comuns.

As principais são:

  • Dor local durante a indução do medicamento
  • Pressão baixa (hipotensão)
  • Ruborização em crianças
  • Redução da frequência cardíaca
  • Apneia transitória durante a indução
  • Náusea e vômito na fase de recuperação pós-cirúrgica
  • Dor de cabeça durante a fase de recuperação.

Mais raramente, pode haver efeitos colaterais graves como convulsões, edema pulmonar e inconsciência pós-operatória.

Quem não pode usar propofol?

O fármaco é contraindicado para:

  • Crianças menores de 3 anos
  • Mulheres grávidas, a não ser que haja prescrição médica
  • Pacientes com hipersensibilidade (alergia) conhecida ao propofol ou a qualquer componente de sua fórmula
  • Sedação em crianças menores de 3 anos de idade com infecção grave do trato respiratório, recebendo tratamento intensivo
  • Sedação de crianças de todas as idades com difteria ou epiglotite recebendo tratamento intensivo.

Caso se encaixe em um desses casos, avise seu médico.

Tem propofol em comprimido?

O remédio não está disponível em comprimidos, afinal, não é destinado à utilização fora do ambiente hospitalar.

Seu uso seguro deve ter supervisão médica.

Qual é a diferença entre propofol e midazolam?

Enquanto o propofol é usado apenas como anestésico e sedativo, o midazolam é um benzodiazepínico também empregado para induzir o sono em pacientes adultos.

Ao contrário do propofol, o midazolam possui versões em comprimidos, pois pode ser prescrito para tratamento de curta duração da insônia grave e incapacitante.

Contudo, é contraindicado para pacientes pediátricos de todas as idades.

O midazolam também possui apresentação em solução injetável para o uso em hospitais e clínicas, seja para procedimentos cirúrgicos ou diagnósticos (como um exame de colonoscopia).

Está aí a principal semelhança entre os medicamentos, pois ambos são aplicados para induzir a sedação do paciente antes de uma cirurgia ou procedimento invasivo.

Conclusão

Como você descobriu ao longo do texto, o propofol tem um papel importante na anestesia pré-operatória e para exames invasivos.

No entanto, deve ser manipulado apenas por profissionais de saúde treinados, que conhecem os efeitos adversos, e em local com capacidade para atender emergências.

Desse modo, o fármaco é empregado com segurança, afastando os riscos da automedicação.

Importante ressaltar que este conteúdo é informativo, porque apenas médicos podem realizar o diagnóstico e a prescrição médica.

Se estiver precisando de orientação ou assistência, o caminho mais inteligente é marcar uma consulta médica online ou presencialmente.

Durante o atendimento, o profissional poderá investigar anormalidades e esclarecer dúvidas de saúde.

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Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin