Pramipexol: para que serve, receita e como tomar

Por Dr. José Aldair Morsch, 1 de abril de 2024
Pramipexol

Buscando informações sobre o pramipexol?

Então, este texto vai ajudar, esclarecendo tudo o que precisa saber sobre o remédio.

Esse medicamento pode ser encontrado sob a forma de comprimidos de 0,125, 0,25, 1,0 e 1,5mg.

Nas próximas linhas, apresento mais detalhes, explico as principais indicações e mostro como solicitar a receita médica online de um jeito simples.

Continue lendo!

O que é pramipexol?

Pramipexol é um fármaco antiparkinsoniano classificado como agonista da dopamina – um importante neurotransmissor.

Ou seja, a substância estimula diretamente os receptores pós-sinápticos da dopamina, aumentando sua disponibilidade no cérebro.

Para que o uso seja seguro e vantajoso, é fundamental seguir a prescrição médica, sem alterar a dose ou descontinuar o tratamento por conta própria.

Para que serve pramipexol

O medicamento serve para combater sintomas da doença de Parkinson e síndrome das pernas inquietas.

Pode ser usado tanto como única medicação (em monoterapia) quanto combinado à levodopa – outra substância empregada no tratamento dessa patologia.

Quando usado isoladamente, mostrou melhora em aproximadamente 30% nas atividades diárias, conforme estudos.

Também ajuda a retardar o início da terapia com levodopa e seus efeitos colaterais frequentes, a exemplo de flutuações motoras, discinesias e distúrbios neuropsiquiátricos.

Em associação com levodopa, o pramipexol segue diminuindo as reações adversas e contribuindo para a qualidade de vida do paciente.

Principais indicações

Segundo informa a bula, o remédio é indicado para:

  • Tratar sinais e sintomas da doença de Parkinson sem causa conhecida, podendo ser usado isoladamente ou em associação com levodopa
  • Tratamento sintomático da Síndrome das Pernas Inquietas (SPI) idiopática (sem causa conhecida).

Outras indicações dependem de avaliação médica.

Como tomar dicloridrato de pramipexol

O produto está disponível em comprimidos de 0,125, 0,25, 1,0 e 1,5mg, ou comprimidos de ação prolongada.

Ambos devem ser tomados por via oral, de acordo com a recomendação médica.

Não mastigue, corte ou esmague os comprimidos.

A seguir, apresento os esquemas terapêuticos sugeridos na bula do remédio:

  • Tratamento inicial para Parkinson: a dose inicial é de 0,375 mg/dia e deve ser aumentada a cada 5 a 7 dias. Se houver necessidade de aumento da dose, o seu médico poderá acrescentar semanalmente 0,75 mg à dose diária até atingir a dose máxima de 4,5 mg/dia. Se você já toma dicloridrato de pramipexol comprimidos seu médico poderá alterar sua terapia para dicloridrato de pramipexol comprimidos de liberação prolongada de um dia para o outro, com a mesma dose diária
  • Tratamento de manutenção para Parkinson: a dose individual deve situar-se no intervalo entre 0,375 mg/dia e a dose máxima de 4,5 mg/dia
  • Descontinuação do tratamento para Parkinson: a dose deve ser diminuída em 0,75 mg por dia até que atinja 0,75 mg. Depois disso, a dose deve ser reduzida em 0,375 mg por dia
  • Síndrome das pernas inquietas: a dose inicial recomendada é 0,125 mg uma vez ao dia, 2 a 3 horas antes de dormir. Para pacientes com sintomatologia adicional a dose pode ser aumentada ou ajustada a cada 4 a 7 dias, até no máximo de 0,75 mg por dia.

Para mais esclarecimentos, leia a bula ou consulte o médico e o farmacêutico.

Receita de pramipexol

O documento que permite a comercialização desse medicamento é a receita C1.

Também chamada receita de controle especial, é emitida em duas vias iguais para possibilitar o rastreio por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

Desse modo, a primeira via fica retida na farmácia ou drogaria no momento da compra, sendo destinada à Anvisa.

Afinal, o pramipexol e outras substâncias constantes no grupo C1 da Instrução Normativa SVS/MS nº 344/1998 são remédios controlados devido ao impacto sobre o sistema nervoso central.

Daí a necessidade de que sigam regras de prescrição diferenciadas, a fim de coibir o uso indiscriminado e consequentes perigos à saúde.

Sua receita é branca e tem validade de 30 dias, contados a partir da data seguinte à emissão.

Através dela, o médico pode dar acesso ao fármaco em quantidade suficiente para até 60 dias de tratamento.

Já a segunda via da receita de pramipexol é devolvida ao paciente ou cuidador, possibilitando a consulta à orientação médica sempre que necessário.

Ela contém a descrição detalhada de doses, horários, vias de administração e período de uso.

Além de outras informações importantes para o sucesso do tratamento com pramipexol.

Dúvidas frequentes sobre pramipexol

Neste tópico, trago respostas rápidas para questões corriqueiras em relação ao uso dessa substância.

Siga acompanhando.

Quais são os efeitos colaterais do remédio pramipexol?

As reações adversas comuns dependem do objetivo da terapia medicamentosa.

No tratamento da doença de Parkinson, podem ocorrer:

  • Tontura
  • Movimentos repetitivos involuntários
  • Sonolência
  • Enjoo
  • Comportamentos anormais (refletindo sintomas de transtornos do controle dos impulsos e comportamento compulsivo)
  • Sonhos anormais
  • Confusão
  • Alucinações
  • Insônia
  • Dor de cabeça
  • Distúrbios visuais, incluindo visão dupla, visão embaçada e redução da visão
  • Pressão baixa
  • Prisão de ventre
  • Vômito
  • Fraqueza
  • Inchaço nas pernas e pés
  • Perda de peso, incluindo perda de apetite.

Já quem está tratando a SPI pode vivenciar com frequência:

  • Náusea
  • Aumento dos sintomas da síndrome das pernas inquietas
  • Sonhos anormais
  • Insônia
  • Tontura
  • Dor de cabeça
  • Sonolência
  • Constipação
  • Vômito
  • Fadiga.

Diante de sintomas de maior gravidade, como falta de ar e desmaio, procure ajuda médica.

Qual o melhor horário para tomar o pramipexol?

O melhor horário é aquele determinado pelo médico.

Em caso de tratamento da síndrome das pernas inquietas, costuma ser recomendada a ingestão do comprimido de 2 a 3 horas antes de dormir.

Quanto tempo leva para o pramipexol fazer efeito?

Geralmente, o efeito é sentido após algumas semanas, quando os sintomas de Parkinson ou síndrome das pernas inquietas diminuem.

Portanto, siga com o tratamento enquanto houver indicação médica.

Conclusão

Gostou de saber mais sobre o pramipexol?

Então, siga as instruções do médico e evite os riscos da automedicação.

Caso esteja sofrendo com sintomas de doenças do sistema nervoso, marque uma consulta com neurologista para conhecer o diagnóstico correto.

Dá para receber atendimento médico online com toda a comodidade, escolhendo a teleconsulta na plataforma Morsch.

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Simples assim!

Para mais informações úteis sobre medicina e telemedicina, leia mais artigos que publico aqui no blog.

Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin