Artigos hospitalares: conheça os tipos e entenda como fazer a gestão

Você sabe quais são os cuidados de escolha, compra e gestão de artigos hospitalares?
Essenciais para a assistência em saúde, eles devem passar por processos de limpeza adequados, a fim de reduzir as chances de infecção.
Daí a importância do correto gerenciamento desses itens, a fim de proteger os trabalhadores do hospital ou clínica e reforçar os protocolos de segurança do paciente.
Neste artigo, explico como fazer a classificação, armazenamento, higienização e descarte dos artigos hospitalares.
Também trago dicas para selecionar fornecedores e otimizar o gerenciamento das tecnologias de saúde com o apoio da telemedicina.

O que são artigos hospitalares?
Artigos hospitalares são todos os itens, equipamentos e utensílios utilizados em ambientes de saúde, especialmente em hospitais.
Servem para garantir a assistência adequada aos pacientes e a segurança dos profissionais.
Eles englobam os materiais hospitalares necessários para o atendimento ao paciente, desde acessórios de equipamentos hospitalares até itens usados para as refeições de doentes internados.
Incluem luvas, seringas, máscaras, aventais, lençóis, cadeiras de rodas, macas, bisturis, sondas, entre outros.
Esses artigos podem ser descartáveis ou reutilizáveis, e são fundamentais para procedimentos médicos, higiene, transporte e conforto dos pacientes.

Para que servem os artigos hospitalares?
Os artigos são especialmente destinados à assistência em saúde.
No entanto, podem compreender rotinas que fazem parte de:
- Processos de diagnóstico e observação contínua de pacientes, como o monitoramento dos sinais vitais
- Procedimentos terapêuticos invasivos e não invasivos
- Dinâmicas terapêuticas ativas, feitas com o objetivo de restabelecer funções ou estruturas biológicas
- Prestação de serviços básicos, como alimentação e higiene ao longo do período de internação hospitalar.
Entenda na sequência do texto como eles são classificados.

Materiais semicríticos entram em contato com mucosas, apresentando risco de infecção intermediário
Classificação de artigos hospitalares
Existem diferentes classificações para os dispositivos hospitalares, sendo uma das principais a que considera seu risco de infecção.
Conforme este artigo de Segunda Opinião Formativa, a divisão separa os materiais em críticos, semicríticos e não críticos.
Conheça cada um deles a seguir:
Críticos
Artigos hospitalares críticos são aqueles que entram em contato com tecidos cruentos, ou seja, com sangue ou tecidos internos.
Por penetrarem partes internas, apresentam nível de infecção alto.
Instrumentos cirúrgicos, cateteres, lâminas e agulhas são exemplos de artigos críticos.
Semicríticos
Materiais semicríticos entram em contato com mucosas, apresentando risco de infecção intermediário.

Nebulizadores, sondas de endoscopia e máscaras ventilatórias estão entre os itens que recebem essa classificação.
Não críticos
Dispositivos não críticos só entram em contato com a pele íntegra, sem ferimentos.
Portanto, têm risco de infecção baixo.
Esfigmomanômetro, termômetro, cubas e comadres são exemplos de artigos não críticos.
Como armazenar, higienizar e descartar artigos hospitalares?
O processamento de artigos hospitalares depende de sua classificação.
Contudo, existem etapas básicas que se aplicam a todos os materiais. São elas:
- Encaminhamento de todos os itens contaminados ao local adequado, como uma Central de Materiais Esterilizados (CME)
- Realização da limpeza e descontaminação: remoção de sujidades e resíduos de matéria orgânica por meio de processos mecânicos, físicos ou químicos. Geralmente, inclui a escovação com sabão. É indicada principalmente para materiais não críticos
- Enxágue e secagem: uso de líquidos como água para remover os produtos descontaminantes, seguido pela secagem dos artigos hospitalares
- Desinfecção e/ou esterilização: são dinâmicas de higienização mais profunda. Materiais críticos devem passar por esterilização, enquanto os semicríticos devem passar por desinfecção ou esterilização. Falo mais sobre cada um desses procedimentos abaixo
- Estocagem: uma vez higienizados, os itens devem ser armazenados conforme as recomendações do fabricante e da Anvisa. Nessa fase final, é preciso considerar a necessidade de refrigeração, ambiente seco e protegido da luz, entre outras especificidades.
Vale explicar que a esterilização emprega um processo químico ou físico para destruir todos os microrganismos acumulados em um material.
O aquecimento dos artigos em estufa ou autoclave, com ciclos e temperaturas variados, são processos físicos comuns de esterilização.
Já a desinfecção é a aplicação de um produto desinfetante aprovado pelo Ministério da Saúde para remover a maior parte dos agentes infecciosos.
No caso de superfícies, álcool e hipoclorito de sódio são indicados, enquanto a desinfecção de instrumentos é realizada comumente com ácido peracético.
O descarte adequado do lixo hospitalar também segue regras diferenciadas conforme o tipo de resíduo, tais como a segregação, acondicionamento, identificação e destinação final.
Veja detalhes sobre o protocolo de descarte neste outro artigo.

O descarte adequado do lixo hospitalar também segue regras diferenciadas conforme o tipo de resíduo
Como avaliar fornecedores de artigos hospitalares?
Outro ponto de interesse quando o assunto são artigos hospitalares é a seleção e avaliação de fornecedores.
Afinal, escolher e manter uma relação de confiança com parceiros estratégicos é fundamental para a aquisição de itens de qualidade, sem comprometer o planejamento financeiro e o fluxo de caixa.
Pensando nisso, reuni alguns critérios que ajudam na avaliação das empresas fornecedoras. Fique atento a:
- Regularidade da entrega: contar com os insumos adquiridos no prazo combinado e de forma regular é um dos quesitos mais relevantes para atender à demanda do serviço de saúde
- Qualidade técnica: a qualidade dos produtos é especialmente importante em uma clínica ou hospital, uma vez que eles serão destinados a intervenções que impactam no estado de saúde do paciente. Lembre-se de conferir se os artigos atendem aos requisitos da vigilância sanitária e outros órgãos
- Suporte pós-venda: as orientações não devem se encerrar após fechar negócio e, sim, se estender até o pós-venda. Dê preferência a fornecedores que disponibilizam suporte para esclarecer dúvidas referentes ao uso, armazenamento, descarte seguro dos itens, etc.
- Preço competitivo: compare os valores à média do mercado, negociando sempre que possível
- Opções de pagamento: modalidades de pagamento e parcelamento também devem ser considerados.
A seguir, comento sobre como a tecnologia ajuda o gestor hospitalar em suas demandas.
Telemedicina e o impacto na gestão de artigos hospitalares
Criada para conectar equipes de saúde em localidades diferentes, a telemedicina funciona a partir de um software intuitivo.
Nesse ambiente virtual, é possível fazer a gestão de estoque em poucos cliques, controlando a entrada, saída e outros detalhes referentes aos materiais hospitalares.
Com a vantagem de integração ao prontuário eletrônico, que vai além dos dados do histórico do paciente para oferecer uma série de funcionalidades aos gestores – de bulário até módulos de especialidades.
Completa, a plataforma de Telemedicina Morsch ainda disponibiliza o serviço de telediagnóstico, que permite a emissão de laudos a distância com agilidade para reforçar a equipe de especialistas.

E o aluguel em comodato, que viabiliza economizar na aquisição de equipamentos para exames complementares.
Ao contratar um pacote de laudos, dispositivos modernos podem ser usados a custo zero, com direito a suporte técnico e manutenção.
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Conclusão
O gerenciamento de artigos hospitalares requer o cumprimento de normas de segurança e a execução de processos específicos.
A telemedicina online apoia o controle dessas dinâmicas, apresentando as informações de modo organizado e atualizado em poucos cliques.
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