Fluoroscopia: para que serve e como é feito o exame
A fluoroscopia oferece apoio a uma série de procedimentos médicos, melhorando sua acurácia.
Essa técnica possibilita a obtenção de imagens dinâmicas em tempo real, bem como a avaliação dos movimentos de órgãos e líquidos pelo corpo.
Biópsia, angiografia e cateterismo são exemplos de exames que se beneficiam da combinação a um fluoroscópio.
Quer aprofundar os conhecimentos sobre o assunto?
Então, continue lendo este artigo.
Você vai acompanhar as principais informações sobre a fluoroscopia, suas indicações e inovações do teste digital.
Boa leitura!
Fluoroscopia: o que é?
Fluoroscopia é um exame que emprega radiação ionizante para obter imagens contínuas de uma parte do corpo.
Também chamado de radioscopia, o teste emite os raios X aos poucos, possibilitando a observação das imagens em tempo real.
Visto em sequência, o conjunto de radiografias parece um filme.
Esse procedimento permite a avaliação dos movimentos de órgãos e tecidos e confere maior assertividade a incisões com instrumentos cirúrgicos.
Viabiliza, ainda, o estudo do fluxo sanguíneo, por meio da inserção de contraste para verificar o entupimento de artérias, por exemplo.
Lembrando que o contraste é uma substância usada para evidenciar uma área durante testes de imagem.
Para que serve a fluoroscopia?
A fluoroscopia serve para visualizar movimentos realizados em áreas internas do organismo, sejam naturais ou executados por profissionais de saúde.
Graças à versatilidade, esse exame é utilizado com diversas finalidades, por exemplo:
- Para guiar o médico durante o cateterismo, usando contraste para visualizar o local que será corrigido
- Dar suporte à colocação de marcapasso
- Para auxiliar em cirurgias de implantes ortopédicos
- Como apoio à punção lombar, que capta líquido cefalorraquidiano para análise
- Para monitoramento durante a angiografia, teste que introduz cateteres nas artérias para avaliar sua anatomia e a circulação nos vasos sanguíneos
- Conduzir a biópsia, permitindo a visualização da estrutura que terá uma pequena parte removida para análise
- Coletar imagens durante a histerossalpingografia – teste que possibilita a identificação de anormalidades nas trompas e no útero
- Para dar suporte à urografia excretora, procedimento que usa contraste para estudar a anatomia interna das vias excretoras dos rins
- Complementar os dados obtidos por testes não invasivos, como raio X e tomografia, revelando detalhes do funcionamento dos pulmões, intestino e outros órgãos.
Como é feito o exame de fluoroscopia?
A fluoroscopia utiliza um equipamento especial de raio X, que possui um monitor acoplado.
Conhecido como fluoroscópio, o aparelho emite feixes de radiação ionizante que atravessam os tecidos do corpo, formando as imagens exibidas na tela do monitor.
Para que isso seja possível, o paciente deve ser posicionado entre a fonte de raios X e a tela, de modo que a parte examinada fique na mesma altura do equipamento.
Caso haja necessidade de usar contraste, ele deverá ser administrado momentos antes de ligar o fluoroscópio.
Assim, as imagens serão captadas desde o instante em que o líquido chegar na área estudada.
Dependendo do objetivo do teste, a radioscopia pode durar de minutos até algumas horas, a exemplo do que ocorre em exames complexos como a angiografia cerebral.
Como funciona o equipamento de fluoroscopia
Existem diferentes tipos de fluoroscópio, desde os mais básicos até aparelhos em arco em C – empregados para dar suporte durante cirurgias e outros procedimentos delicados.
O equipamento com arco possui intensificadores de imagem e design que confere maior mobilidade.
Ele permite deslocamentos verticais, horizontais, transversais e em bloco, além de rotações.
Mesmo o fluoroscópio básico já possibilita movimentos diferenciados, na horizontal e na vertical e vários graus de inclinação.
Ambos os equipamentos são controlados por meio de consoles e geram imagens em preto, branco e tons de cinza.
Isso porque, ao atravessar as estruturas anatômicas, parte da radiação é absorvida, enquanto o restante forma um tipo de fotografia interna.
Partes densas captam muita radiação, aparecendo em branco nas imagens – por exemplo, os ossos.
Tecidos moles e órgãos aparecem em tonalidades escuras de cinza, pois absorvem pouca radiação.
Fluoroscopia digital e convencional
Em geral, o sistema para aquisição de imagens com a fluoroscopia convencional ou digital contém os mesmos acessórios.
Ele é formado por tubo, mesa, intensificador e sistema de vídeo.
Porém, enquanto o convencional conta apenas com sinal de vídeo e gravação analógicos, o digital converte esse sinal para dados.
Esse detalhe faz toda a diferença, pois permite a realização de diversas técnicas modernas, como as citadas neste artigo:
- Congelamento da última imagem
- Processamento da escala de cinzas
- Média temporal de imagens
- Intensificação de bordas
- Subtração de imagens em tempo real
- Medições de tamanhos de vasos sanguíneos, volumes, etc.
O formato digital também facilita o compartilhamento dos arquivos pela internet, além do arquivamento na nuvem.
Dessa forma, os resultados da radioscopia ficam salvos pelo tempo necessário, junto ao prontuário eletrônico do paciente, livres de danos pelo manuseio.
Telemedicina no diagnóstico por imagens
Na esteira das inovações radiológicas, a combinação entre exames com registros digitais e plataformas de telemedicina deu origem à telerradiologia.
Essa especialidade agrega vantagens aos consultórios, clínicas e hospitais ao fornecer laudos online em minutos.
Sistemas modernos como o da Telemedicina Morsch são simples e intuitivos, viabilizando o envio automático de imagens digitais para que sejam interpretadas por um time de radiologistas.
Os especialistas ficam disponíveis 24 horas por dia, 7 dias por semana, conferindo agilidade à entrega dos resultados de testes radiológicos.
Assim, sua unidade de saúde não precisa manter toda uma equipe de radiologistas de plantão para dar conta da elaboração dos laudos.
Os exames laudados via telerradiologia são:
- Radiologia geral
- Raio X de tórax padrão OIT
- Mamografia digital
- Tomografia Computadorizada (TC)
- Ressonância Magnética (RM)
- Densitometria óssea.
Conclusão
Ao longo deste texto, falei sobre as aplicações, importância e diferença entre a fluoroscopia digital e convencional.
Esse procedimento requer o acompanhamento de um radiologista, contudo, testes não invasivos podem se beneficiam da telerradiologia.
Após serem conduzidos por um técnico em radiologia, esses exames podem ser interpretados e laudados a distância por um especialista, via telemedicina.
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