Entenda o que é API e como usar no seu serviço de saúde
Nos dias atuais, entender o que é API é de suma importância para praticamente todos os profissionais de saúde!
Afinal, trata-se de uma tecnologia cada vez mais presente nas rotinas médicas e que está ditando a forma com que os dados dos pacientes e das unidades de atendimento são administrados.
Para que você domine seu uso e suas possibilidades, conheça o conceito de APIs, sua importância, utilidade, principais componentes, produtos e vantagens, nos próximos itens!
O que é API?
Para entender o que é API, primeiro é importante esclarecer o que a sua sigla significa.
API se refere ao termo em inglês “Application Programming Interface”, que pode ser traduzido como “Interface de Programação de Aplicativos”.
Trata-se de um conjunto de técnicas e práticas que permitem que diferentes sistemas possam ser integrados.
Na área da saúde, os APIs podem englobar, por exemplo, softwares de:
- Gestão de pacientes;
- Financeiros;
- De operações;
- Exames, e assim por diante.
Ou seja, por meio da implementação de uma interface API, é possível ter todos os processos, que antes seriam feitos em sistemas separados, integrados entre si.
Com isso, é possível tornar o acesso às informações muito mais prático e funcional, Logo, melhorando a produtividade da clínica, consultório ou hospital e garantindo que suas tarefas sejam mais estratégicas.
Qual é a importância de APIs na área da Saúde?
Um dos grandes desafios relacionados aos serviços de saúde ainda é a falta de integração entre suas diferentes etapas.
Ou seja, sistemas e profissionais não se comunicam adequadamente entre as diversas camadas de atendimento e de gestão, gerando perda de produtividade, de tempo e de recursos.
Ao compreender o que é API, é fácil perceber como essa tecnologia pode sanar esse problema e agregar mais eficiência às unidades médicas.
Afinal, eles servem justamente para comunicar sistemas e alinhar dados. Sendo assim, cada vez mais indispensáveis para o bom andamento e para a eficiência das atividades realizadas entre os profissionais e junto aos pacientes.
Com eles, diversas frentes podem ser beneficiadas, seja na:
- Organização e obtenção de dados de históricos clínicos, que facilitam e aceleram novos diagnósticos;
- União entre softwares financeiros e de gestão, que dão melhor fluência aos processos internos, no cruzamento de informações para otimizar triagens;
- Integração entre sistemas de teleconsultas e de prontuário eletrônico, entre muitos outros exemplos semelhantes.
Para que servem os APIs, afinal?
De forma resumida, um API trabalha como um tipo de base para sistemas e aplicativos. É como se ele fosse uma interface que atua “por trás” de cada programa.
Por exemplo, sempre que utilizamos um site, um API funciona em tempo real para garantir que o mesmo possa se conectar com outras aplicações e softwares necessários para o seu funcionamento.
Esse é o caso quando você está em um e-commerce, ou mesmo em um marketplace médico, e uma janela de chat abre para você conversar com um atendente. O chat conta com um sistema próprio, mas graças ao API ele fica integrado ao site.
Ou seja, trata-se de um recurso capaz de integrar diferentes funcionalidades de sistemas em um único local.
Isso se dá por meio de códigos predefinidos, que interagem entre si e garantem a experiência unificada aos usuários.
Principais motivos para utilizar a tecnologia na gestão médica
Utilizar as mais avançadas tecnologias e o que há de melhor em termos de inovação é imprescindível para favorecer os pacientes e a atuação dos profissionais de saúde.
Quando os processos clínicos ou hospitalares são integrados aos softwares, as rotinas das unidades médicas são aprimoradas e significativamente facilitadas.
Além disso, essas ferramentas podem fazer parte de todo o ciclo de atendimentos, conferindo mais segurança aos pacientes, tanto em termos de qualidade em saúde, quanto em relação à proteção de seus dados sensíveis.
Para entender melhor o que é API e quais os motivos para utilizá-lo na gestão médica, é importante se familiarizar com seus componentes e principais produtos relacionados. Saiba mais abaixo.
Quais são os principais componentes da gestão de APIs?
API Gateway e Security
O ponto de entrada para uma plataforma de gestão em saúde é o API Gateway, que conecta – se ao backend (ou parte de trás) dos sistemas de saúde e os integra ao API Security, que é a camada de segurança que protege o seu uso por meio de tokens, autenticações e políticas de segurança.
API Governance
Sempre que tratamos sobre sistemas de saúde, a natureza dos dados é muito sensível. Afinal, são informações pessoais e diretamente ligadas à intimidade dos pacientes.
Por conta disso, é imprescindível que a plataforma de APIs não só disponha de gateways de segurança, como também tenha uma sólida governança ligada ao desenvolvimento, manutenção e ciclo de vida de seus APIs ou ferramentas.
Dessa maneira, as características operacionais dos APIs podem ser guiadas por um padrão pré-definido, em uma camada que inclu:
- Gestão das políticas de privacidade;
- Análise de dependências entre aplicações;
- Entre outros recursos que conferem mais segurança ao seu uso.
API Designing & Publishing
Para que, cada vez mais, novas e mais avançadas ferramentas sejam adicionadas à plataforma de APIs, atualizando e enriquecendo o seu uso, é importante que ela tenha uma camada voltada a desenvolvedores.
Ela deve funcionar como um portal, que apresenta novos APIs para consumo e incentiva outros desenvolvedores a operarem sobre os dados disponíveis. Assim, todos os sistemas de saúde podem ter suas APIs indexadas em um provedor central, que podem ser adicionadas e compartilhadas sem que isso comprometa os dados dos pacientes.
API Analytics
Depois que os desenvolvedores publicam as novas APIs, eles devem monitorar, averiguar e gerenciar essas ferramentas.
Para que isso seja possível, existe a camada de Analytics, que traz métricas e alertas sobre seu desempenho.
Por exemplo, caso um API da plataforma tenha falhas de comunicação com outras aplicações, aumento de tempo de resposta ou troca de padrões na sua governança, o desenvolvedor pode ser avisado e analisar os parâmetros de funcionamento para efetuar eventuais correções.
Quais são os produtos de APIs de saúde?
Sendo assim, no segmento da saúde, alguns produtos comuns incluem ferramentas para:
APIs Auxiliares
Os APIs auxiliares são aqueles que lidam com as informações dos sistemas que não fazem parte das funções centrais das clínicas ou dos hospitais. Esse é o caso dos sistemas de laboratório, radiologia, farmácia, entre outros semelhantes.
Por exemplo, uma plataforma com APIs pode permitir que o sistema utilizado pelo médico se comunique com farmácias externas para autorizar prescrições. No mesmo sentido, a troca de dados pode ser autorizada para exames entre laboratórios e consultórios. São nesses pontos que os APIs auxiliares devem entrar em ação.
Sua principal finalidade é a conexão com sistemas externos, geridos por terceiros, que deve ser feita através de canais seguros e apoiados por protocolos sólidos e integrados de segurança, como é o caso do SAML, OIDC e OAuth2.
APIs de Agendamento
Como o próprio nome indica, um API de agendamento é aquele que oferece ferramentas para:
- Marcar consultas;
- Criar lembretes;
- Checar a disponibilidade de horários;
- Atualizar a agenda;
- Reagendar ou cancelar atendimentos.
No lado do paciente, a camada de Gateway integra os agendamentos a aplicativos de pagamento, de notificações e de trocas de mensagens para proporcionar uma experiência ainda mais completa, prática e segura na hora de agendar um horário.
APIs de Dados Clínicos
Por sua vez, os APIs de dados clínicos são aqueles que gerenciam a troca de informações entre diferentes sistemas de saúde.
Uma boa plataforma de saúde é capaz de mudar a formatação dos dados e conectar múltiplas aplicações para prover serviços ligados às informações eventualmente solicitadas pelos médicos ou pacientes.
São sistemas que incluem fluxos de dados relacionados a:
- Medicamentos;
- Imunização;
- Planos de prevenção e de tratamentos;
- Históricos de saúde, entre muitos outros.
Os profissionais de saúde utilizam essas informações para tomar decisões e orientar as pessoas atendidas.
Nos modelos em API, com ferramentas centradas nos pacientes, é possível garantir um acesso mais completo ao histórico médico dos indivíduos, às medicações que eles já tomam, seus diagnósticos anteriores, entre outras informações que complementam o atendimento.
Ou seja, os APIs de dados clínicos garantem um uso inteligente e integrado de informações, permitindo que as pessoas se envolvam mais no processo de tratamento.
APIs de Registro
Já os APIs de registro são aqueles ligados às ferramentas de registros médicos, como prontuários eletrônicos e receituários digitais dos pacientes.
Assim como os demais casos, esses sistemas também precisam interagir entre si para gerenciais os dados específicos das pessoas atendidas.
Inclusive, os requisitos para seu funcionamento são as autorizações e as autenticações das informações, para que o seguimento das atividades subsequentes ao seu uso seja feita com a devida conformidade e segurança.
APIs Financeiros
Os APIs financeiros são aqueles que gerenciam as transações de dinheiro entre as clínicas ou hospitais e seus respectivos pacientes e parceiros.
Eles podem incluir APIs de faturamento, de pagamento, de declarações fiscais e similares.
Um bom exemplo de sua integração são os sistemas de planos de saúde, que permitem consulta de status, automação dos pagamentos dos atendimentos, etc.
Entre os requisitos mais importantes, obviamente está a segurança. Por isso, é fundamental que a plataforma de APIs tenha excelentes processos de autenticação, para que possa interagir com provedores de identidade externos e fornecer mais proteção durante as movimentações.
APIs Públicos
São APIs que permitem o uso de dados fundamentais para o monitoramento da saúde pública.
Sua função é disponibilizar relatórios de saúde para os governos, para o público ou para profissionais de saúde.
Os dados devem ser transacionados de forma que garantam a privacidade dos pacientes, através da captura de informações clínicas nos APIs de registro e retirada automática das informações de identificação dos pacientes, tornando-os anônimos.
Monitores de atividade API
Nos últimos anos, o uso de gadgets eletrônicos e monitores pessoais de atividades cresceu significativamente.
Eles permitem a coleta de dados em um nível superior para o monitoramento pessoal de saúde.
Essas informações também podem ser gerenciadas e integradas nas plataformas de APIs, por meio de aplicações específicas para esse tipo de acessório.
Quais são as vantagens de APIs para clínicas?
Agora que você já sabe o que é API, confira algumas de suas vantagens mais significativas para as unidades de saúde:
Aumento de segurança
Por meio de uma plataforma com APIs integrados, todas as informações da unidade de saúde, dos médicos e dos pacientes são controladas em um só ambiente seguro, para evitar qualquer tipo de paciente.
Isso é de suma importância para não expor o negócio, as pessoas envolvidas nele e também para respeitar as exigências do CFM em relação à proteção de dados dos pacientes, bem como da nova LGPD.
Diminuição de trabalhos manuais
Com aplicações e sistemas integrados via APIs, diversas tarefas podem ser automatizadas.
Isso vai desde trabalhos operacionais, até funções analíticas, que demandam tempo de análise e poder de tomada de decisão.
Ganho de agilidade
A diminuição dos esforços manuais torna as tarefas e processos cotidianos mais simples, ágeis e eficientes.
Isso aumenta significativamente a qualidade dos serviços prestados e a experiência dos pacientes.
Menor volume de dados
Quanto maior e melhor é a integração dos sistemas, mais eficiente será a performance da plataforma e dos seus dados.
Ou seja, como todas as informações estão em um só ambiente, elas são melhor aproveitadas e seu armazenamento é otimizado para que cumpra apenas as finalidades pretendidas, sem redundâncias entre diferentes softwares.
O futuro da saúde com o auxílio de APIs
Atualmente, o uso de APIs já otimiza muito as rotinas médicas. Contudo, a tendência é que as informações dos pacientes sejam aproveitadas em sua máxima capacidade, em diversas camadas de atenção em saúde.
Por exemplo, quando uma ambulância precisa fazer um atendimento de emergência, é importante que os profissionais tenham acesso a informações básicas dos pacientes, como:
- Suas alergias;
- Eventual uso de marca-passo;
- Dados para doação de órgãos.
Além disso, tudo é consultado com total segurança, graças aos protocolos de proteção inerentes aos APIs integrados, e pode se estender às mais diversas possibilidades de atendimentos médicos.
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Conclusão
Por meio de linguagens integradas de programação, os APIs permitem que diferentes sistemas e aplicativos de saúde sejam utilizados em uma única plataforma médica.
Com os dados centralizados em um só lugar, eles contemplam ferramentas de agendamento, de gestão de dados clínicos, de registros de informações dos pacientes, de operações financeiras, de obtenção de levantamentos públicos, entre muitas outras capazes de otimizar os processos das clínicas e dos hospitais.
O resultado é muito mais segurança para lidar com os dados, a automatização de diversas tarefas operacionais e estratégicas, ganho de agilidade, economia de recursos e a melhoria no armazenamento das informações.
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