CID B20 – Doença pelo vírus da imunodeficiência humana [HIV], resultando em doenças infecciosas e parasitárias

Por Dr. José Aldair Morsch, 20 de outubro de 2023
CID B20

CID B20 é o código que indica doença pelo vírus da imunodeficiência humana [HIV], resultando em doenças infecciosas e parasitárias na Classificação Internacional de Doenças.

Apresento neste texto o significado do CID B20, além de destacar a conduta médica desejada para esses casos.

Acompanhando até o final, você fica por dentro de soluções de telemedicina para qualificar o atendimento médico.

CID B20: o que significa?

O CID B20  indica que o paciente tem doença pelo vírus da imunodeficiência humana [HIV], resultando em doenças infecciosas e parasitárias.

A condição está listada no Capítulo I – Algumas doenças infecciosas e parasitárias, representada na na seção que compreende doença pelo vírus da imunodeficiência humana [HIV], que vai de B20 a B24.

Segundo o DATASUS, o CID B20 possui nove subcategorias:

  • B20.0 – Doença pelo HIV resultando em infecções micobacterianas
  • B20.1 – Doença pelo HIV resultando em outras infecções bacterianas
  • B20.2 – Doença pelo HIV resultando em doença citomegálica
  • B20.3 – Doença pelo HIV resultando em outras infecções virais
  • B20.4 – Doença pelo HIV resultando em candidíase
  • B20.5 – Doença pelo HIV resultando em outras micoses
  • B20.6 – Doença pelo HIV resultando em pneumonia por Pneumocystis jirovecii
  • B20.7 – Doença pelo HIV resultando em infecções múltiplas
  • B20.8 – Doença pelo HIV resultando em outras doenças infecciosas e parasitárias
  • B20.9 – Doença pelo HIV resultando em doença infecciosa ou parasitária não especificada.

Ainda, o CID B20 exclui:

  • Estado de infecção assintomática pelo vírus da imunodeficiência humana [HIV] (CID Z21)
  • Síndrome aguda de infecção por HIV (CID B23.0).

Na sequência, esclareço qual a conduta médica adequada em casos de CID B20.

Conduta médica para o CID B20

Ao suspeitar de uma complicação infecciosa ou parasitária relacionada ao HIV, é necessário adotar um protocolo rigoroso de avaliação e intervenção.

Iniciando pela avaliação clínica, uma anamnese detalhada e exame físico completo são essenciais. 

Sinais sistêmicos como febre, sudorese noturna, astenia e perda de peso podem ser indicativos. 

Sintomas específicos, como tosse persistente, diarreia, cefaleia intensa ou alterações neurológicas podem apontar para infecções específicas.

Quanto a exames laboratoriais e de imagem, a contagem de CD4 é fundamental, pois valores baixos aumentam o risco de infecções oportunistas. 

Exames de sangue para detectar infecções específicas, como PCR para tuberculose ou sorologias para toxoplasmose, podem ser solicitados.

Já a tomografia ou ressonância pode identificar lesões cerebrais, pulmonares ou em outros órgãos, sendo um possível exame de escolha médica.

Quanto ao tratamento, além da TAR para controlar o HIV, é preciso dar atenção à infecção ou parasita específico. 

Por exemplo, a tuberculose exige uma combinação de antibióticos, enquanto a pneumocistose requer agentes antifúngicos.

Em alguns casos, é recomendada a profilaxia primária para prevenir infecções oportunistas, baseando-se na contagem de CD4 e riscos específicos.

Além disso, avaliações regulares e repetição de exames se fazem necessárias para monitorar a eficácia do tratamento e a evolução da doença de base.

Lembrando que o foco é duplo: controlar a replicação do HIV e tratar a doença infecciosa ou parasitária subjacente. 

Por isso, a abordagem requer uma colaboração interdisciplinar, envolvendo infectologistas, pneumologistas, neurologistas, entre outros, para garantir o cuidado integral do paciente.

Como material de referência, vale consultar o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Manejo da Infecção pelo HIV em Adultos, do Ministério da Saúde.

Serviços Morsch para o CID B20

Neste conteúdo, apresentei o significado do CID B20 e informações relacionadas à abordagem médica ao paciente na unidade de saúde.

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Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin