Levomepromazina: para que serve, receita e como tomar
Medicamentos à base de levomepromazina são úteis em diversos contextos.
Geralmente, são indicados para tratamentos desde distúrbios psicóticos até no combate à dor.
Eles podem ser encontrados nas formas comprimidos de 25 e 100 mg, solução oral de 40 mg/mL e solução injetável de 25 mg/5 mL.
Neste texto, apresento o mecanismo de ação, mostro as indicações e explico como obter a receita digital para esse fármaco.
Você vai descobrir como a telemedicina facilita o acesso ao tratamento que precisa.
O que é levomepromazina?
Levomepromazina é um medicamento antipsicótico típico, pertencente à classe dos fenotiazínicos.
Suas propriedades sedativas promovem efeitos interessantes para diferentes quadros de saúde.
No entanto, vale lembrar que existe o risco de reações adversas graves, portanto, o remédio só deve ser administrado sob prescrição médica.
Para que serve levomepromazina
Levomepromazina serve para tratar transtornos psiquiátricos e quadros dolorosos em alguns pacientes.
Como mencionei acima, a substância proporciona relaxamento, porém sem rebaixar o estado de consciência do paciente.
Isso resulta da propriedade antidopaminérgica, que impede a estimulação excessiva do sistema nervoso central.
Principais indicações
Segundo descreve a bula, o maleato de levomepromazina é indicado para:
- Tratar a ansiedade em pacientes psicóticos
- Aliviar o delírio, agitação, inquietação, confusão, associados com a dor em pacientes terminais – como terapia adjuvante, ou seja, junto a outros medicamentos
- Promover analgesia pré e pós-cirúrgica.
Outras indicações dependem de avaliação médica.
Como tomar levomepromazina
A via de administração do medicamento por ser oral, intramuscular ou intravenosa, dependendo da forma farmacêutica usada.
Levomepromazina está disponível em comprimidos de 25 e 100 mg, solução oral de 40 mg/mL e solução injetável de 25 mg/5 mL.
Trago informações gerais sobre os esquemas terapêuticos mais comuns e instruções de uso a seguir.
Comprimidos
Tome a dose recomendada pelo médico por via oral, com um pouco d’água.
Considero importante ressaltar que os comprimidos são destinados a pacientes adultos, uma vez que as doses para crianças dificilmente são atingidas usando esse formato.
- Distúrbios psiquiátricos: iniciar com 25 a 50 mg divididos em 2 a 4 tomadas nas primeiras 24 horas; nos dias subsequentes, aumentar a dose de maneira lenta e progressiva até se atingir a dose diária útil (150 a 250 mg); no início do tratamento, o paciente que receber uma dose inicial elevada deverá permanecer deitado por uma hora após a administração de cada dose
- Terapia adjuvante da dor em pacientes terminais: administrar 50 mg, 2 a 5 vezes por dia; aumentar progressivamente a dose, se necessário, até 300 ou 500 mg; em seguida reduzir progressivamente até uma dose de, em média, 50 a 75 mg por dia.
Se tiver outras dúvidas, consulte a bula do remédio, o médico e o farmacêutico.
Solução oral (gotas)
A dosagem usual para adultos com doenças psiquiátricas e para terapia adjuvante da dor em pacientes terminais é a mesma indicada para levomepromazina em comprimido, bastando considerar que cada 1 mL corresponde a 40 gotas.
Outras condições são detalhadas abaixo:
- Neuroses e afecções psicossomáticas: a dose útil se situa, geralmente, entre 6 e 12 mg, sendo atingida progressivamente e dividida em 3 administrações diárias junto às refeições, deixando a maior dose para a noite
- Analgesia pós-operatória: no período pós-operatório imediato, é administrada uma dose inicial de 2,5 a 7,5 mg, desde que os efeitos residuais dos agentes anestésicos e outras medicações possam ser somados. Administrar em intervalos de 4 a 6 horas, se necessário
- Medicação pré-anestésica: 2 a 20 mg são administrados de 45 minutos a 3 horas antes da cirurgia. A dose de 10 mg costuma ser satisfatória, podendo ser complementada com 15 a 20 mg para se obter uma sedação maior
- Crianças de 2 a 15 anos de idade: 0,1 a 0,2 mg/kg em 24 horas. Dilua as gotas em água açucarada, sem nunca colocá-las diretamente na língua.
Reitero que a bula é sua aliada quanto ao uso seguro do medicamento.
Solução injetável
É preferencialmente administrada em ambiente hospitalar, por um profissional de saúde habilitado para evitar complicações.
As doses de solução injetável são as mesmas aplicadas para solução oral, e devem ser prescritas pelo médico.
É recomendado permanecer deitado por uma hora após as injeções.
Receita de levomepromazina
O fármaco só é dispensado mediante a apresentação da receita C1.
Falo da receita de controle especial, entregue em duas vias pelo médico para que a segunda permaneça com o paciente.
Nela, está a orientação médica a respeito do tratamento.
Já a primeira via fica retida na farmácia ou drogaria, servindo para o monitoramento da Anvisa.
Afinal, a levomepromazina pertence ao grupo C1 da Instrução Normativa SVS/MS nº 344/1998, junto a outros antipsicóticos, ansiolíticos, anticonvulsivantes e antiparkinsonianos.
São remédios controlados devido ao impacto sobre o sistema nervoso central, devendo obedecer a normas rígidas de prescrição.
Com validade de 30 dias, a receita branca C1 dá acesso ao fármaco em quantidade suficiente para até dois meses de tratamento.
Dúvidas frequentes sobre levomepromazina
Respondo neste espaço às questões corriqueiras sobre o uso do remédio.
Quais são os efeitos colaterais da levomepromazina?
Sonolência, boca seca, variação no estado de humor e pressão baixa (hipotensão) estão entre as possíveis reações adversas do fármaco.
Também podem ocorrer eventos graves como estados de confusão e delírio, tromboembolismo venoso (obstrução de uma veia causada por um coágulo de sangue) e enterocolite necrosante (inflamação do intestino com formação de úlceras e necrose).
Ao observar sintomas intensos ou severos, converse com seu médico.
Qual o melhor horário para tomar levomepromazina?
É recomendado que o fármaco seja tomado junto com as refeições.
Quando a dose diária é dividida, deve-se deixar a maior dosagem para o período noturno.
Quem não pode tomar levomepromazina?
O remédio possui as seguintes contraindicações:
- Pacientes com hipersensibilidade à levomepromazina e aos demais componentes do produto
- Histórico de hipersensibilidade às fenotiazinas
- Mulheres que estejam amamentando
- Risco de retenção urinária ligada a distúrbios uretroprostáticos (alterações na uretra e próstata)
- Risco de glaucoma (aumento da pressão intraocular) de ângulo-fechado
- Antecedentes de agranulocitose (diminuição de granulócitos no sangue)
- Pacientes que fazem uso de medicamentos que pertencem à classe agonistas dopaminérgicos ou capazes de induzir torsades de pointes
- Em associação com álcool, levodopa, agonistas dopaminérgicos em parkinsonianos.
Comunique seu médico caso se encaixe em alguma dessas condições.
Conclusão
Agora que está por dentro dos detalhes sobre a levomepromazina, você pode fazer uso seguro desse fármaco.
Evite a automedicação e jamais interrompa o tratamento sem recomendação do médico.
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