CID F91.3 – Distúrbio desafiador e de oposição (transtorno do comportamento)
O CID F91.3 se refere ao Distúrbio desafiador e de oposição dentro da Classificação Internacional de Doenças.
Apresento detalhes do conceito e explico a conduta médica nesses casos ao longo deste texto.
Você ainda vai entender como a telemedicina simplifica a rotina das equipes de saúde.
CID F91.3: o que significa?
CID F91.3 é o código para distúrbio desafiador e de oposição.
Trata-se de uma subcategoria do CID F91, que reúne os distúrbios de conduta e faz parte da seção Transtornos do comportamento e transtornos emocionais que aparecem habitualmente durante a infância ou a adolescência (CIDs F90-F98).
O trecho, por sua vez, integra o Capítulo V – Transtornos mentais e comportamentais (CIDs F00-F99).
Segundo define o DATASUS, o CID F91.3 corresponde a:
“Transtorno de conduta manifestando-se habitualmente em crianças jovens, caracterizado essencialmente por um comportamento provocador, desobediente ou perturbador e não acompanhado de comportamentos delituosos ou de condutas agressivas ou dissociais graves. Para que um diagnóstico positivo possa ser feito, o transtorno deve responder aos critérios gerais citados em F91.-; mesmo a ocorrência de travessuras ou de desobediência sérias não justifica, por si próprio, este diagnóstico”.
Ainda de acordo com a base de dados do SUS, o CID F91.3 exclui:
- Esquizofrenia (F20.-)
- Transtornos globais do desenvolvimento (F84.-)
- Transtornos do humor [afetivos] (F30-F39).
A seguir, falo sobre a conduta médica para casos de CID F91.3.
Conduta médica para o CID F91.3
Muitas vezes, esse é um diagnóstico diferencial, pois outros transtornos mais comuns apresentam sintomas semelhantes ao distúrbio desafiador e de oposição.
Depressão, ansiedade e transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) são algumas doenças geralmente cogitadas no início da avaliação médica.
Uma anamnese completa (com o apoio dos pais ou responsáveis) permite identificar padrões de comportamento desafiador, irritável, impulsivo e vingativo, que se mantêm por pelo menos seis meses consecutivos.
Teimosia e dificuldade para lidar com frustrações são outros sintomas característicos.
Essas manifestações clínicas devem ser severas o bastante para impactar no funcionamento normal da criança e se repetir em vários ambientes – escola, casa, lugares públicos etc.
O tratamento deve combinar acompanhamento psicológico e psiquiátrico, utilizando ferramentas como psicoterapia e terapia em grupo.
Medicamentos ansiolíticos podem ser prescritos para casos graves.
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