Como funciona a integração de sistemas na Saúde com a Telemedicina Morsch?

Por Dr. José Aldair Morsch, 4 de junho de 2021
Como funciona a integração de sistemas na Saúde com a Telemedicina Morsch?

A integração de sistemas na saúde se tornou indispensável para uma atuação efetiva nas unidades de atendimento, e tem especial relevância nos diagnósticos.

Isso porque a jornada de um paciente conta com consultas, análises e intervenções, e é importante que todas atuem de maneira conjunta. 

Afinal, o foco da Medicina deve estar nos indivíduos. E todas as informações registradas sobre os mesmos são indispensáveis para a sua devida recuperação. 

Assim, caso os softwares presentes na atenção primária à saúde não conversem entre si, certos gargalos podem comprometer a investigação dos casos e seus tratamentos. 

A seguir, abordo o funcionamento e os benefícios, requisitos e detalhes mais importantes da integração diagnóstica, bem como os diferenciais da Telemedicina Morsch na área.

Qual é a importância da integração de sistemas na Saúde?

Como mencionei na introdução, o fluxo de atendimento dos pacientes, bem como o trabalho dos profissionais de saúde, se divide em partes.

Primeiramente, o médico analisa o histórico do indivíduo atendido e compreende as suas queixas. 

A partir disso, há a solicitação de exames para determinar o que causa os sintomas, que dão base para a conduta de tratamento.

Nesse sentido, todas as etapas trazem informações importantes para guiar a atuação do especialista.

Além disso, o levantamento de dados é importante para nortear o caso em outros atendimentos ao paciente.

Tanto no atendimento atual quanto nas demais consultas, você pode usar diversas ferramentas para coleta e armazenamento de informações.

Por exemplo, quando alguém vai até uma unidade ambulatorial e é internado, se insere seus dados em um sistema de gestão hospitalar.

Já no pronto atendimento, as informações são reunidas e armazenadas em um software com prontuário eletrônico do paciente (PEP).

Nessas e em outras situações, caso os dados sejam descentralizados, toda a conduta médica pode ter carência de informações.

Com isso, há o comprometimento da tomada de decisões ou o desperdício de tempo para levantar questões já descobertas em atendimentos anteriores.

Em contrapartida, com a integração de sistemas na saúde, esse fluxo de informações é conjunto. Com diferentes softwares compartilhando dados dos pacientes entre si para proporcionar uma experiência unificada aos médicos, bem como um diagnóstico preciso.

Como funciona a integração de sistemas na Saúde?

Como funciona a integração de sistemas na Saúde?

Quando tratamos sobre integração diagnóstica, as tecnologias empregadas se baseiam em sistemas RIS e PACS.

Em resumo, RIS significa Radiology Information System, que se refere às soluções integradas de gerenciamento para centros diagnósticos.

Já o PACS é sigla para Picture Archiving and Communication System, que consiste em um sistema de arquivamento e comunicação de imagens.

Nesse contexto, o RIS organiza toda a unidade responsável pelos exames, com a gestão dos laudos, do histórico dos pacientes e do controle de horários da agenda.

Por sua vez, o PACS atua na geração, no armazenamento e no compartilhamento das imagens coletadas nos procedimentos de diagnóstico.

A partir da atuação integrada dessas tecnologias, os médicos podem verificar os registros das pessoas atendidas em uma interface, enquanto analisam as imagens em outra tela.

Além de viabilizar uma emissão mais célere de exames de imagem, a integração de sistemas na saúde evita falhas humanas, agrega mais segurança aos diagnósticos e otimiza a visualização das imagens coletadas.  

Como aplicar a integração de sistemas na Saúde? 

Para implementar a lógica de integração diagnóstica na sua clínica, não basta contratar sistemas RIS e PACS apenas.

Na verdade, isso demanda toda uma mudança na atuação da unidade, bem como um planejamento preciso para que isso seja viável.

Sendo assim, é preciso seguir alguns passos fundamentais para uma integração de sistemas de saúde eficiente, que incluem:

  1. Investimentos em uma infraestrutura adequada para o compartilhamento de informações e imagens, que dependem de uma boa conexão de internet;
  2. Aquisição de aparelhos e computadores de ponta para o processamento de dados, que devem estar em pleno funcionamento e ter a configuração adequada;
  3. Definição de um planejamento integrado em toda a unidade para que nenhum departamento fique isolado, comprometendo o fluxo conjunto de informações;
  4. Análise dos softwares já presentes na instituição e da viabilidade de sua integração diagnóstica;
  5. Se for o caso, investimentos em sistemas de gestão para centros de diagnóstico RIS e em softwares de arquivamento e comunicação de imagens PACS;
  6. Treinamento de todos os times, para que estejam preparados para o uso das tecnologias em sua plena capacidade

Além de seguir esses passos, alguns cuidados também são importantes para viabilizar uma integração diagnóstica efetiva. Descubra quais são eles, logo abaixo!

Principais cuidados ao implementar a integração diagnóstica

Principais cuidados ao implementar a integração diagnóstica

Conforme citei no item anterior, para que a integração de sistemas na saúde gere os resultados esperados, você deve repensar  os procedimentos adotados na unidade.

Sendo assim, durante as etapas de integração de diagnósticos descritas acima, alguns cuidados imprescindíveis são observados. Conheça os principais:

Emprego de sistemas de ponta

Em primeiro lugar, é preciso certificar-se de que as soluções em PACS e RIS contratadas sejam eficientes, seguras e não suscetíveis a erros.

Afinal, elas são diretamente responsáveis pelo ganho de produtividade, assertividade, agilidade e integração. E inclusive, pela redução de custos com filmes radiográficos, tempo de espera pelo diagnóstico e limitações na quantidade de laudos.

Nesse sentido, além de pesquisar por softwares de referência no mercado, é fundamental certificar-se de que sua integração é viável com os demais sistemas. 

Além disso, é importante que o fornecedor ofereça suporte completo e especializado, garanta escalabilidade das ferramentas e personalização quanto à realidade da unidade.

Por fim, é imprescindível que o PACS e RIS sejam homologados pela Anvisa e ofereçam excelente performance para os procedimentos internos. 

Definição de política de segurança de dados

Outro cuidado indispensável durante a contratação dos sistemas é a observação dos seus protocolos de segurança.

Em geral, esse tipo de software tem apoio na criptografia de ponta e em meios sólidos de autenticação, para que pessoas não autorizadas não acessem os dados.

Inclusive, recomenda-se que o sistema seja baseado em nuvem para que extravios e acidentes não gerem perda das informações. E, além disso, para que seja possível a portabilidade dos processos.

Nesse ponto, a tecnologia deve fazer backups periódicos e automáticos, e garantir que não haja a perda de relatórios, laudos ou anamneses por falhas operacionais.

Vale mencionar que a segurança das informações não depende apenas de sistemas PACS e RIS robustos e um bom suporte.

Isso porque, sem uma política interna, erros humanos favorecem a ação de hackers, malwares e outros agentes mal intencionados.

Portanto, é importante conscientizar a todos sobre a adoção dos parâmetros de segurança durante o uso dos softwares.

Por exemplo, downloads suspeitos no computador da unidade, acesso a sites não confiáveis e não fazer logout ao sair da estação de atendimento são atitudes repreendidas. Isso porque facilitam vazamentos, roubos e extravios de dados.

Uso de indicadores de desempenho

A integração de sistemas na saúde não se limita apenas à frente diagnóstica, mas abrange todos os procedimentos gerenciais da instituição.

Quando tratamos sobre softwares integrados, incluímos as plataformas utilizadas para a gestão da unidade.

Por meio da tecnologia de Business Intelligence, todos os dados coletados na clínica são cruzados automaticamente, transformando-se em informações valiosas e estratégicas.

Assim, elas são transmitidas para relatórios, gráficos e dashboards intuitivos, com insights completos para apoiar a tomada de decisões.

Entre os indicadores obtidos estão a ocupação dos aparelhos de exames, a taxa de distribuição de tarefas, índices financeiros, desempenho dos colaboradores e muito mais. 

Ou seja, além de dar apoio diagnóstico, os dados são processados e trabalhados para melhorar a clínica como um todo. Assim reconhecendo gargalos, pontos passíveis de melhorias e oportunidades para que o negócio cresça e se desenvolva assertivamente. 

Quais são as vantagens da integração de sistemas na Saúde? 

Quando a integração diagnóstica é feita corretamente, uma série de benefícios são garantidos para a clínica, seus profissionais e pacientes.

Para você ter uma ideia da importância dessa otimização, dados da OMS divulgados pela Agência Brasil apontam que quase 40% dos pacientes sofrem com erros de diagnóstico nas unidades ambulatoriais. Nos hospitais, o percentual é de 10%.

Além disso, uma pesquisa realizada nos Estados Unidos revelou que de 10% a 15% dos diagnósticos podem estar equivocados, o que seria evitado com a integração de tecnologias de armazenamento de dados.

Assim, entenda melhor os fatores que tornam a integração diagnóstica tão relevante: 

Ganho de precisão

Os recursos usados antes da tecnologia, como os filmes de raio-X, eram muito menos detalhados do que as imagens vistas digitalmente em tela.

Além disso, sem a integração no sistema entre exames de imagem e laudos, muitas digitações são necessárias, o que gera mais trabalho e erros.

Na integração diagnóstica, a mesma plataforma inclui o prontuário eletrônico, o laudo e os exames feitos anteriormente pelo paciente, bem como seus dados clínicos.

Assim, além de ter as informações necessárias para laudar no mesmo sistema, tudo o que for preciso para o diagnóstico também está presente nele.

A partir disso, o resultado é a melhoria na tomada de decisões do médico, o aumento da produtividade, o ganho de tempo, a precisão e a assertividade.

Diminuição de erros

Sem a integração de sistemas na saúde, as mesmas informações de um mesmo paciente eram transmitidas manualmente entre diferentes softwares.

Dessa maneira, erros de digitação, incompatibilidades de nomenclaturas e até confusões com pacientes de mesmo nome eram comuns.

Além de favorecer falhas de comunicação, todo o processo era trabalhoso e demandava muito tempo dos profissionais.

Já na integração diagnóstica, o sistema identifica o paciente por um código e compartilha seus dados com diversas áreas de forma automática.

Assim, o médico requerente e o radiologista responsável, por exemplo, têm acesso compartilhado às mesmas informações em tempo real.

A partir disso, não só as falhas são reduzidas, como os ganhos são reforçados.

Melhor base para as análises

Além de agregar as informações de diferentes etapas em tempo real, como citei acima, a integração diagnóstica permite a consulta de exames antigos via sistema.

Dessa maneira, o médico pode correlacionar o quadro atual a patologias anteriores, ou ainda conferir as evoluções do paciente e possíveis agravamentos.

No mesmo sentido, o profissional de saúde pode consultar laudos diversos do mesmo quadro analisado para ter uma base comparativa. 

Com isso, é possível ter informações mais completas sobre o caso, tirar dúvidas com base em exemplos anteriores e até mesmo manter o padrão em seus laudos.

Segurança dos dados

Nos itens dedicados às etapas e aos cuidados com a integração diagnóstica, ressaltei que os sistemas PACS e RIS devem ser apoiados por sólidos protocolos de segurança.

Isso significa que, quando políticas de proteção, criptografia, autenticação e backups em nuvem são adotados, nenhum tipo de vazamento ou perda acontece.

Além de preservar o sigilo médico, isso garante que todos os dados relevantes da unidade sejam preservados, dando mais segurança aos profissionais.

Otimização operacional

Para finalizar, reforço que a integração de sistemas na saúde torna a gestão clínica mais precisa e otimizada.

Isso porque o ganho de tempo e produtividade aumenta a capacidade produtiva da unidade, o que impulsiona seus lucros.

Além disso, a eliminação de recursos físicos para análise de imagens e dados também representa uma redução de custos.

Inclusive, com BI e sistemas gerenciais integrados, há o aprimoramento de todas as demandas da clínica – desde o financeiro até o operacional.

Assim, o fluxo de pacientes é mais previsível e bem definido, a organização de horários e de funções mais organizada, e a tomada de decisões mais eficiente.

Por que a integração diagnóstica é um diferencial da Telemedicina Morsch?

Por que a integração diagnóstica é um diferencial da Telemedicina Morsch?

A Telemedicina Morsch é uma empresa de tecnologia em saúde que, desde 2005, oferece o que há de melhor em termos de inovação para médicos e clínicas.

Por meio de um sistema completo, atuamos na integração diagnóstica desde a coleta de exames até o compartilhamento de laudos e prontuários eletrônicos.

Além disso, nossa plataforma inclui todas as demandas gerenciais para que o seu negócio seja mais eficaz. Isso com integração financeira, agenda online, emissão de relatórios e gráficos que tornam a gestão mais prática e assertiva.

Inclusive, aliamos as possibilidades da integração de sistemas na saúde às vantagens da Telemedicina. 

Nesse sentido, além das funcionalidades ligadas a atendimentos online, com PEPs apoiados por assinaturas digitais, também oferecemos serviços de telelaudos.

Neles, a integração diagnóstica gera mais agilidade e economia para as unidades.

Isso porque não é necessário investir em um corpo de especialistas para laudar. Basta realizar os procedimentos e enviar os dados automaticamente para a central via sistema.

Nossa central conta com mais de 50 médicos de todas as áreas da Medicina, que elaboram laudos com total precisão e qualidade e os enviam em poucos minutos.

Assim, são mais de 20.000 laudos entregues todos os meses, em uma média de mais de 1 milhão de exames interpretados. Dessa forma, levamos as vantagens da integração diagnóstica a um outro patamar.

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Conclusão

A integração diagnóstica torna a Medicina mais eficiente. Isso porque o uso de todos os softwares para atendimento ao paciente é feito de maneira conjunta, viabilizando diagnósticos e tratamentos mais ágeis.

Para que isso seja possível, é preciso que o uso de sistemas gerenciais, PACS e RIS respeite em uma lógica integrada. Ou seja, com apoio de protocolos de segurança, serviços unificados na unidade de atendimento e profissionais devidamente qualificados.

A partir disso, os pacientes ganham em termos de qualidade, enquanto os médicos se tornam mais produtivos e têm todas as suas frentes de atuação favorecidas. Assim como as clínicas ampliam sua excelência e oportunidades de negócios.

Se você quer saber ainda mais sobre integração de sistemas na saúde, não perca os próximos artigos da Telemedicina Morsch sobre tecnologia.

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Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin