O eletrocardiograma evoluiu muito em 100 anos de existência

Por Dr. José Aldair Morsch, 25 de setembro de 2017
eletrocardiograma

Conhecido também como ECG, o Eletrocardiograma faz parte da rotina de avaliação de doenças cardíacas desde o século passado e, por incrível que pareça, ainda mantém um papel importantíssimo no diagnóstico e na investigação das doenças utilizando tecnologia atual, mantendo a estrutura do registro desde seu desenvolvimento.

Entramos na era digital e o registro gráfico é o mesmo.

Ele é um exame complementar que auxilia o médico cardiologista na interpretação do ritmo cardíaco, bem como na detecção de isquemia do coração.

Também é de extrema importância para detecção de outras anormalidades, como doenças das válvulas cardíacas, pericardite, cardiomiopatia e sequelas cardíacas da hipertensão arterial e infarto agudo do miocárdio.

Aqui nessa matéria, nós iremos abordar a realização do ECG de repouso.

É possível que você tenha visto em filmes ou reportagens o ECG feito durante a prática de exercício físico, também conhecido como Teste de Esforço.

Esse é abordado, oportunamente, em outro artigo, basta clicar e seguir o endereço sobre TE

Mas afinal de contas, o que é o eletrocardiograma?

Ele é um exame que detecta toda e qualquer atividade elétrica do seu coração, quer seja problemas de ritmo cardíaco, distúrbios de condução intra-cardíacos entre outros.

Para ficar mais claro, podemos dizer que o coração é movido por eletricidade.

Cada um dos seus batimentos, ou seja, toda contração que o músculo sofre, acaba sendo comandada por pequenos impulsos elétricos que são gerados pelo próprio coração.

É graças ao exame de eletrocardiograma (ECG) que nós conseguimos identificar os padrões considerados normais e os padrões que indicam anomalias.

Como é feito o exame de eletrocardiograma?

O exame de ECG é feito de forma muito simples e rápida. O paciente deverá estar em repouso, deitado e despido no tronco corporal.

Para um exame mais certeiro, o ideal é que o mesmo não tenha feito qualquer tipo de atividade nos últimos 10 minutos, nem fumado nos últimos 30 minutos.

Ao todo, seis eletrodos serão fixados à pele, através de adesivos autocolantes e mais quatro clipes nos membros. Eles serão colocadas nos tornozelos e punhos.

Para melhor conforto e aumento da condução elétrica, usa-se álcool e algodão para limpar a pele e gel antes de fixá-los como ventosas.

Depois de colocados da forma correta, inicia-se o exame, que fará uma leitura da atividade cardíaca, lendo toda a corrente elétrica do seu coração.

Não fique com medo!

Não há a menor chance de você levar um choque durante o exame.

O exame é prático e rápido. Para se ter uma ideia, o resultado sai entre cinco e dez minutos, pronto para que o médico da consulta consiga identificá-lo a tempo.

Existe alguma recomendação após a realização do ECG?

Não. Depois da realização do exame, você pode fazer suas atividades normalmente, sem se preocupar com danos resultantes dele.

O ECG serve para tratar alguma doença?

Não! Ele é apenas um exame que serve para orientar o seu médico cardiologista.

Através dela, não é tratado nenhum sintoma, é apenas identificada a origem do dano.

O tratamento será feito pelo médico competente, que irá analisar o caso levando em consideração outros fatores externos, não identificados no ECG.

Há algum risco em fazer o eletrocardiograma?

Acredite, é um exame muito seguro e muito tranquilo de ser feito. Você sentirá um leve desconforto no momento de remoção das bandagens e, no local em que o eletrodo ficou fixado, poderá haver um pouco de irritação, mas nada que seja debilitante.

É importante ressaltar que não haverá qualquer risco de choque durante o procedimento de ECG.

Isso porque os eletrodos só estão ali para medir a corrente emitida pelo coração, e registrar tal corrente para análise médica posterior.

Assim sendo, eles não emitem corrente magnética nenhuma. Dessa forma, não precisa se preocupar, o exame é 100% seguro e tranquilo de ser feito.

Resultado do eletrocardiograma de repouso

Depois da aferição do ECG, chegou a hora de interpretar e analisar os resultados obtidos com o exame.

Os 3 resultados considerados normais são:

  1. Podemos chamar de regular as batidas que estão entre 60 e 100 por minutos (bpm).
  2. Quando o traçado se apresenta dentro de parâmetros gráficos matemáticos contabilizados numa média, aceitamos como normal.
  3. Exemplo, intervalo PR de até 0,20 segundos, eixo elétrico entre 0 e 90 graus.

4 situações consideradas como valores anormais quando:

  1. O seu coração está batendo de forma lenta, abaixo dos 60 bpm.
  2. Quando o seu coração está batendo em um ritmo muito acelerado, acima de 100 bpm.
  3. O ritmo de batidas do coração não é considerado regular ou sinusal.
  4. O traçado do exame mostra medidas de intervalos fora da média, descritos no laudo do exame, não aceitos normal.

10 Alterações mais comuns de ECG

Existem algumas alterações muito comuns, são elas:

  1. Bloqueio de ramo direito ou esquerdo de His.
  2. Desvio do eixo elétrico.
  3. Arritmia sinusal.
  4. Extrassístoles.
  5. Alteração na repolarização ventricular.
  6. Fibrilação atrial.
  7. Hipertrofia ventricular esquerda (HVE).
  8. Isquemia miocárdica.
  9. Taquicardia atrial.
  10. Distúrbio de condução pelo ramo direito do feixe de His.

Porque o meu médico pediu um eletrocardiograma?

Como falamos acima, devido ao alto poder abrangente desse exame, é muito comum que os médicos peçam o mesmo, principalmente se você teve um mal súbito recentemente, sente dores no peito ou está grávida.

Em sua grande maioria, os pedidos de ECG são feitos quando, em consulta, o médico identifica esses 11 sintomas:

  1. Arritmias (que nada mais são do que as irregularidades nos ritmos cardíacos, seja você apresentando um coração batendo rápido demais ou um batimento menos acelerado)
  2. Suspeita de sopro cardíacos;
  3. Problemas que você possa ter na válvula do coração;
  4. Artérias bloqueadas ou estreitas no coração;
  5. Infarto em situações de emergência;
  6. Infarto anterior;
  7. Inflamação da membrana que envolve o coração (conhecida como pericardite);
  8. Hipertrofia das câmeras cardíacas;
  9. Doenças de cunho genético; com wolf-Parkinson-White,
  10. Doenças transmissíveis, como a doença de Chagas;
  11. Doenças que isolam o coração, como pneumotórax.

As 9 doenças que afetam o coração:

  1. Batimentos cardíacos apresentados de forma irregular
  2. Tontura
  3. Falta de ar
  4. Desmaio
  5. Colesterol alto
  6. Pressão alta
  7. Diabetes
  8. Tabagismo
  9. Histórico familiar de doenças cardíacas

Além disso, ele também pode ser feito se você implantou algum dispositivo, marcapasso ou desfibrilador implantável, como forma de prevenir a rejeição ou deslocamento do mesmo.

Estou grávida, posso fazer o eletrocardiograma?

Sim! Inclusive, na gestação é muito comum que a pressão se eleve, principalmente no final dela.

Então, os médicos pedem o exame de forma preventiva, para verificar se há alguma irregularidade e assim possam tomar as medidas necessárias para preservação do feto e da mamãe.

Quais são as contraindicações do ECG?

Felizmente, são raras as contraindicações para realização do exame de ECG.

Contudo, caso a pessoa seja incapaz de permanecer em repouso, a realização do mesmo se tornará inviável.

Em grandes queimados onde não é possível encontrar um lugar sadio na pele do paciente para colocar os eletrodos.

Qual a periodicidade de realização do exame de eletrocardiogama?

Em geral, mulheres a partir dos 55 anos e homens com mais de 45 anos deverão fazer o exame de eletrocardiograma ao menos uma vez no ano.

A frequência com que você irá realizá-lo depende muito dos fatores de risco que você apresentar na consulta com o seu médico cardiologista.

O eletrocardiograma e o infarto do miocárdio

Um dos benefícios do eletrocardiograma é que ele pode ser de fácil acesso e barato de se fazer.

É, geralmente, o primeiro exame pedido para quem se queixa de dores no peito.

São vários os achados que podem induzir uma doença isquêmica, sendo um deles, a elevação do segmento ST, a redução do segmento ST, das ondas T invertidas ou ondas T apiculadas.

Os sinais mais clássicos, os mais comuns de aparecer é o supra-desnivelamento do segmento ST, que também recebe o nome de infarto com supra.

Porém, temos que deixar claro que nem sempre um infarto é apresentado num exame de ECG, o paciente pode ter dor no peito com eletrocardiograma normal e só confirmar que tem infarto com exame de sangue.

Um simples exame, muitas vezes, não é o suficiente para descartar um infarto! Se você apresentar dores no peito e, principalmente, apresentar fatores de risco.

Como por exemplo, ter mais de 50 anos de idade, diabetes, obesidade, tabagismo e outros, é comum pedir exames de sangue (geralmente medindo niveis da troponima I) complementares, pois são as melhores ferramentas para diagnosticar um possível quadro de infarto.

A tecnologia e a telemedicina em favor do eletrocardiograma

A Telemedicina Morsch está presente no mercado há mais de 15 anos satisfazendo as expectativas dos clientes, auxiliando e acelerando todo esse processo de laudo de exames.

Com comprometimento e qualidade, nosso lema é a agilidade e praticidade, disponibilizando esse sistema para todo o Brasil.

O sistema de telemedicina funciona de maneira muito rápida, segura e eficaz:

1- Primeiro há a realização do exame na Clínica onde o paciente consultou, cujo aparelho será disponibilizado em comodato. Se você já tiver o aparelho, você paga apenas pelos laudos a partir da contratação.

2- Envio do exame através de uma plataforma de telemedicina com  painel com senha e login.

Os dados irão aparecer no sistema de  Telemedicina e direcionado para o especialista que interpreta o exame e libera em tempo real, pronto para ser impresso e entregue para o paciente ir para a próxima consulta.

3- Laudo disponibilizado! Você verá que todos os registros estarão disponíveis no seu sistema de pesquisa, para que você tenha uma consulta muito mais prática!

Na área de cardiologia, o sistema da Telemedicina Morsch abrange 9 exames:

  1. Interpretação de eletrocardiograma;
  2. Cálculo do risco cirúrgico pré-operatório;
  3. MAPA de Pressão Arterial Sistêmica de 24 horas;
  4. Registros de Holter de ECG digital 24 horas;
  5. Interpretação de teste ergométrico em 30 minutos;
  6. Angiotomografia cardíaca.

Contudo, atendemos outras especialidades, como neurologia, pneumologia e radiologia geral.

Com exames online, aparelhos fornecidos em comodato, profissionais registrados, sistema pré-pago, treinamento e suporte, além de valores diferenciados, você consegue modernizar o seu consultório, tornando-o referência em diagnóstico!

Está esperando o que para modernizar a sua clínica?

Entre em contato conosco, tire todas as suas dúvidas e dê um passo adiante para a modernidade e segurança, sempre buscando melhor atender o seu paciente.

Lembre-se que esse será um diferencial para que o paciente decida ou não fazer o exame com você.

Aproveite a oportunidade e amplie os seus negócios!

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Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin