Crise de ausência: sintomas, tratamento e médico online
Você já presenciou uma crise de ausência?
Durante esse episódio, o paciente se desliga do mundo exterior por alguns segundos.
Em seguida, ele retoma a atividade anterior, sem nem notar os momentos em que ficou “fora do ar”.
Somadas ao fato de essa condição ser mais comum em crianças, suas características dificultam a identificação pelas pessoas próximas.
Daí a necessidade de saber mais para procurar ajuda médica, recebendo o diagnóstico e o tratamento adequados.
Nas próximas linhas, trago as principais informações sobre as crises de ausência, sintomas e opções de consulta online com o neurologista.
Confira!
O que é uma crise de ausência?
Crise de ausência é um episódio em que há alienação completa em relação ao ambiente exterior.
Também chamada de “desligamento”, ela faz com que o paciente fique “fora do ar”, incapaz de responder a qualquer estímulo externo.
Em geral, esse tipo de crise convulsiva dura poucos segundos e tende a passar despercebida pelas pessoas ao redor.
Crise de ausência e epilepsia: qual a relação?
Primeiro, cabe esclarecer que a epilepsia é uma doença neurológica que nem sempre tem causa conhecida.
O Ministério da Saúde a define como:
“Uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro, que não tenha sido causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos e se expressa por crises epilépticas repetidas.”
Está aí a relação entre essas duas condições: a epilepsia pode se manifestar por crises de ausência e outras crises epilépticas.
Desde que haja mais de um episódio.
Vale lembrar que, além da crise de ausência, existem várias outras modalidades de crise convulsiva, a exemplo da tônico-clônica e mioclônica.
A crise tônico-clônica é mais simples de identificar, combinando membros rígidos, movimentos descontrolados, salivação e gemidos.
Já a mioclônica provoca uma sensação de choque e movimentos não intencionais na vítima.
Tanto as crises epilépticas quanto a epilepsia têm origem em perturbações no processo de comunicação entre os neurônios.
A diferença entre elas é que, na epilepsia, as crises ocorrem mais de uma vez.
Sintomas de crise de ausência
Os sintomas típicos de uma crise de ausência são:
- Perda da consciência
- Pausa imediata na atividade que estiver fazendo, seja um movimento, uma conversa ou qualquer outra coisa
- Olhar perdido ou vago
- Olhos virados para cima
- Ausência de resposta a estímulos
- Repentino retorno à atividade anterior depois de segundos, sem recordações sobre a crise.
Embora o mais comum seja ficar parado durante a crise, há casos em que o paciente realiza movimentos repetitivos.
Piscar sem parar e ficar mastigando são alguns exemplos.
De qualquer forma, os demais sinais de desligamento sempre estarão presentes.
É possível ter crise de ausência dormindo?
Sim, dá para ter uma crise de ausência dormindo, contudo, será complicado diagnosticar essa condição.
Isso porque a crise de ausência se enquadra no grupo de convulsões que levam à perda da consciência.
Por consequência, o paciente não se lembra de ter sofrido uma crise, mesmo quando é tônico-clônica e causa movimentos bruscos.
Notar uma crise de ausência durante o sono será ainda mais difícil, pois sua manifestação é discreta, ainda que o paciente esteja acordado.
Tratamentos para crise de ausência
Ao observar sintomas de crises de ausência, procure auxílio médico para confirmar ou afastar essa suspeita.
O diagnóstico é feito com base na entrevista com o paciente ou responsável (anamnese), combinada a um eletroencefalograma (EEG).
Esse teste registra a atividade elétrica cerebral, evidenciando anormalidades que possam estar por trás da convulsão.
Uma vez confirmada a crise convulsiva, o especialista indica o melhor tratamento, de acordo com fatores como a idade e a gravidade dos episódios.
Uma das terapias mais comuns é feita com base em antiepilépticos – medicamentos capazes de prevenir as descargas elétricas alteradas e, como resultado, de acabar com as crises.
Outras vezes, as crises podem sumir sem qualquer tratamento.
E, em casos raros, é recomendada cirurgia para corrigir a dinâmica de comunicação entre as células do cérebro.
Crise de ausência tem cura?
Depende do caso.
Na maioria das vezes, a crise de ausência surge em crianças entre os 6 e 7 anos, permanece por algum tempo e desaparece de maneira espontânea.
Nessas situações, não é preciso tratar o paciente.
No entanto, há casos em que a quantidade de crises aumenta quando a pessoa cresce.
Ou evolui para formas mais graves de crise convulsiva, incluindo movimentos involuntários e quedas.
Crise de ausência infantil
Meninos e meninas em idade escolar podem enfrentar a crise de ausência infantil.
Como tem alta probabilidade de cura espontânea, essa condição é considerada benigna por especialistas.
No entanto, requer acompanhamento médico para evitar complicações.
O diagnóstico também ajuda a diferenciar a crise convulsiva de desatenção ou desinteresse por parte da criança.
Afinal, um dos sinais que acendem a luz de alerta para os pais é a queda no rendimento escolar e na participação em sala de aula.
Qual médico atende esse tipo de crise?
O médico capacitado para diagnosticar e tratar a crise de ausência é o neurologista.
Ou o neuropediatra, especialista no acompanhamento de males neurológicos durante a infância.
Consulta online com neurologista
Episódios convulsivos como as crises de ausência têm impacto negativo na rotina do paciente, exigindo uma avaliação médica.
Graças à plataforma de telemedicina, as consultas podem ser feitas a distância, no conforto da sua casa.
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Conclusão
Identificar uma crise de ausência é importante para buscar o suporte de um neurologista rapidamente.
Neste texto, comentei os sintomas dessa condição, que pode ser passageira ou se repetir por anos.
De qualquer forma, o paciente pode ter mais qualidade de vida quando recebe tratamento.
E a plataforma de teleconsulta Morsch está pronta para ajudar você nessa rotina de cuidados.
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