Quais normas estão valendo para Teleconsulta e CFM?
Precisamos estar atentos nas normas publicadas sobre teleconsulta e CFM, pois é uma das grandes tendências quando o assunto é atendimento clínico.
Regulamentada no final de 2018 pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), ela consiste em oferecer consulta médica aos pacientes à distância.
Essa modalidade vem se popularizando ainda mais nos últimos tempos, especialmente por conta do COVID-19.
Os médicos brasileiros foram autorizados pelo CFM a realizar não apenas teleconsultas, como telecirurgias e telediagnósticos – entre outras formas de atendimento à distância.
Para isso, o CFM criou uma resolução específica, que terá duração enquanto a pandemia persistir.
Com isso, os pacientes não precisam sair de casa para receberem um diagnóstico especializado.
Isso é ainda mais importante se avaliarmos a quantidade de pessoas pertencentes ao grupo de risco.
Nesse conteúdo, eu vou mostrar o que o CFM determina em relação a teleconsulta.
Abordarei as regras estabelecidas na Resolução nº 2.227/18 e na Portaria nº 1.643/2002, com destaque para as mudanças realizadas em 2020 devido ao avanço do Coronavírus.
Falarei também sobre a teleconsulta em si, como ela funciona, seus benefícios e que recursos os médicos e pacientes precisam ter para que ela seja colocada em prática.
Além disso, você irá conhecer um pouco mais sobre a minha clínica, a Telemedicina Morsch, considerada por todos como uma referência no assunto.
Boa leitura!
Qual norma do CFM se aplica à telemedicina e teleconsulta?
Os atendimentos online passaram a ser legalmente aceitas a partir da publicação da Resolução do CFM nº 2.227/2018.
Ela foi estabelecida após longos debates entre especialistas, baseando-se em parâmetros éticos, técnicos e legais da profissão.
Através dela, houve a definição do termo telemedicina.
De acordo com o artigo 1º, trata-se do “exercício da medicina mediado por tecnologias para fins de assistência, educação, pesquisa, prevenção de doenças e lesões e promoção da saúde”.
A teleconsulta também foi esclarecida em seu artigo 4º da resolução do CFM. Sua definição é a de “consulta médica remota, mediada por tecnologias, com médico e paciente localizados em diferentes espaços geográficos”.
A lei traz como premissa, neste caso, que é obrigatório o estabelecimento prévio de uma relação presencial entre médico e paciente.
Caso não seja possível, a consulta pode ser virtual, desde que a pessoa seja acompanhada de perto por um agente de saúde.
O fator-chave para a Resolução do CFM está justamente na necessidade de sintonizar a assistência médica aos avanços de novas tecnologias de informação e comunicação.
Afinal, essa é a realidade de boa parte dos brasileiros que utilizam celulares e computadores no cotidiano.
Teleconsulta e CFM: Principais regras a serem seguidas
Porém, não basta simplesmente oferecer esse serviço. Ela determina que é preciso seguir algumas regras, incluindo:
- Todos os atendimentos devem ser gravados e guardados, sendo enviado um relatório ao paciente. Essas informações não devem ser vazadas, garantindo a manutenção da confidencialidade dos dados pessoais;
- O paciente ou seu representante legal precisam concordar e autorizar – mediante consentimento escrito e assinado – a transmissão ou gravação dos seus dados e imagens;
- As informações sobre o paciente identificado apenas podem ser compartilhadas com outro profissional caso haja sua prévia autorização.
Entre os benefícios que a Resolução do CFM traz sobre telemedicina está o de proporcionar mais alcance.
O objetivo é que moradores de cidades menores do Brasil, que não possuem acesso a um médico, possam realizar consultas com especialistas.
Em cidades grandes ela também foi essencial, tendo em vista a grande demanda dos hospitais, ocasionada em sua maioria devido a migração de pacientes em busca de tratamentos.
Portaria nº 467
Devido ao avanço da pandemia no país e no mundo em 2020, o CFM viu a necessidade de expandir a telemedicina no país e, assim, oferecer um atendimento diferenciado a uma quantidade maior de pessoas.
Através da Portaria nº 467, enviado e aprovada pelo Governo Federal, estabeleceu que a telemedicina passa a ser exercida nos seguintes moldes:
- Teleorientação, permitindo que os médicos orientem e encaminhem, à distância, o paciente em isolamento;
- Telemonitoramento, que consiste no monitoramento à distância dos parâmetros de saúde e/ou doença;
- Teleinterconsulta, garantindo a possibilidade de troca de informações e opiniões entre médicos, visando auxílio diagnóstico ou terapêutico..
Essa normatização possui caráter de excepcionalidade, perdurando enquanto o Brasil estiver lutando e combatendo o COVID-19.
Na prática, essas atualizações aumentaram a abrangência da telemedicina.
Com isso, as pessoas conseguem se consultar com mais facilidade, tendo a garantia de que, do outro lado, há um profissional de saúde capacitado para realizar o manejo clínico adequado.
Em um contexto de pandemia, isso evita que pessoas contaminadas busquem atendimento nos postos de saúde e hospitais.
À distância, o paciente já pode receber um diagnóstico e ser orientado a seguir a quarentena, diminuindo o risco de contaminação e aumentando o controle.
Agora que você conheceu a Resolução e a Portaria do CFM a respeito da telemedicina, irei abordar mais especificamente sobre uma das suas frentes: a teleconsulta. Acompanhe!
Como funciona a teleconsulta e direcionais do CFM
Como expliquei acima, a teleconsulta nada mais é do que uma consulta médica realizada de forma remota, utilizando-se de meios de tecnologias de comunicação online, como videoconferência e aplicativos de vídeo-chamada.
A teleconsulta pode ser realizada das seguintes formas:
Entre médicos
É comum que clínicos gerais procurem assistência de um especialista para conseguirem realizar um diagnóstico preciso dos seus pacientes.
Eles podem solicitar, por exemplo, uma segunda opinião sobre exame, sugestão sobre o medicamento mais indicado ou mesmo obter orientação sobre um procedimento específico.
Neste caso, o paciente pode ou não estar presente na conversa.
Entre médico e paciente
É a comunicação direta, em que não há mediação de outro médico ou profissional da saúde. Ou seja: o paciente procura o especialista para que ele realize a consulta clínica e acompanhe o seu caso.
Além disso, as consultas podem ser iniciais (primeiro atendimento), de acompanhamento, urgência ou supervisão.
Este último caso se refere à troca de experiências entre profissionais de distintas áreas, incluindo:
- Cardiologia;
- Pneumologia;
- Radiologia;
- Dermatologia;
- Neurologia.
Esse trabalho multidisciplinar permite que o paciente seja acompanhada de forma integral, garantindo o diagnóstico e tratamento mais adequado.
Segundo o CFM, na teleconsulta, o primeiro contato deve ser presencial.
Ou seja: o paciente deve ter contato com o especialista. Inclusive, quando o atendimento ocorre por um longo período, a recomendação é que essa consulta presencial ocorra em intervalos menores a 120 dias.
Porém, há exceções, como no caso das comunidades remotas, que não contam com esse serviço próximo. Aqui, o atendimento pode ser virtual desde o início, desde que ele seja acompanhado por algum agente de saúde da sua cidade.
Para se ter uma ideia, com a tecnologia atual, é possível realizar exames de garganta, olhos e ouvido à distância.
Isso não elimina, porém, o papel essencial de um profissional de saúde para auxiliar o paciente presencialmente.
Quais recursos são necessários para realizar a teleconsulta?
A clínica médica que trabalha com a teleconsulta precisa contar com um sistema de ponta. Isso porque é ele que garante a segurança dos dados repassados entre paciente e médico e entre profissionais de saúde. Também permite o armazenamento seguro dessas informações, assim como o rápido acesso a elas.
Para todos os envolvidos na teleconsulta (profissionais e pacientes), a infraestrutura adequada é composta por:
- Computador;
- Acesso à internet;
- Dispositivos móveis com câmera.
É importante destacar que os sistemas de teleassistência médica precisam atender os padrões de segurança e possibilitar o Sistema de Registro Eletrônico/Digital para cada paciente.
Ele deve registrar, armazenar, disponibilizar e transmitir todas as informações relacionadas ao portuário do indivíduo.
Como é realizada a consulta em si?
A teleconsulta pode ser resumida em 8 passos principais. São eles:
- O paciente marca a teleconsulta de acordo com a agenda do especialista pela internet ou direto com a secretária;
- Após a confirmação do pagamento, ele pode anexar no sistema os exames já realizados, as receitas e também preencher um questionário que irá fornecer as informações iniciais sobre o que está sentindo;
- O médico e o paciente recebem previamente um link da sala de videoconferência por WhatsApp ou SMS e, na data e hora agendados, iniciam a teleconsulta;
- Durante a consulta, o médico tem acesso aos dados enviados pelo paciente e pode anotar outras informações de acompanhamento no prontuário eletrônico;
- No sistema de teleconsulta, o especialista pode anotar sintomas, fazer diagnóstico presuntivo, solicitar novos exames, emitir atestados e prescrever medicamentos. Tudo com assinatura digital;
- Os documentos criados ficam armazenados na pasta do cliente e podem ser enviados por WhatsApp para que sejam impressos. No caso dos medicamentos, é possível mandar o receituário diretamente para as farmácias, tendo em vista que há integração entre os sistemas.
- Em caso de necessidade de telemonitoramento, o médico escolhe e seleciona a enfermagem de plantão diretamente na Plataforma de Telemedicina, permitindo seguir o acompanhamento do paciente. Ele possibilita, ainda, escolher data e a regularidade desse telemonitoramento.
- Por fim, o paciente pode marcar quantos retornos achar necessário para restabelecer sua saúde.
Quais os principais benefícios da teleconsulta?
Entre as principais vantagens da teleconsulta está o fato de estender o serviço médico a pacientes que moram em regiões de difícil acesso ou que possuem dificuldade de locomoção.
Junto a isso, pode-se dizer que o diagnóstico é realizado com maior precisão. Afinal os casos podem ser discutidos entre vários especialistas – o que é um grande aliado para aqueles hospitais que não possuem em seu quadro clínico profissionais especialistas em neurologia e cardiologia, por exemplo.
Nesse período de pandemia, os pacientes estão conseguindo conversar com pneumologistas e infectologistas para certificar-se de que seus sintomas são ou não relacionados ao Coronavírus.
Outro ponto que merece destaque é a otimização de tempo e custos que a teleconsulta gera, seja para os médicos ou para os pacientes. Isso porque, para realizar o atendimento, não requer deslocamento.
A segurança das informações é outra vantagem. As informações ficam todas armazenadas dentro das normas estabelecidas pelo CFM e possuem um grau de privacidade superior aos portuários tradicionais e físicos.
A teleconsulta oferece, ainda, os seguintes benefícios:
- Portabilidade, em que os dados são importados facilmente de outros bancos;
- Controle financeiro pleno e on-line da clínica;
- Mantém os profissionais próximos, mas ao mesmo tempo distantes, dos pacientes, evitando contágios;
- Evita deslocamentos desnecessários;
- Agiliza o atendimento a pacientes com doenças crônicas;
- O paciente pode ser atendido por diversos profissionais de forma simultânea;
- A clínica pode oferecer mais especialidades, além daquelas que oferece fisicamente;
- A agenda dos médicos pode ser mais flexível, já que não precisa perder tempo com deslocamento;
- O médico pode gerar atestados e receitas digitais e enviá-los diretamente para o paciente.
Para concluir, escolha uma empresa de Telemedicina de confiança!
Para garantir todos os benefícios que a telemedicina oferece, bem como certificar-se que a teleconsulta está sendo realizada dentro do que determina o CFM, é essencial escolher uma empresa experiente e respeitada no mercado.
A Telemedicina Morsch é referência no assunto. Ela iniciou os trabalhos com telemedicina em 2005, visando auxiliar no atendimento dos moradores de municípios vizinhos a Erechim, no Rio Grande do Sul.
Com crescimento rápido e grande aceitação do formato de trabalho, precisou expandir seu atendimento. Criando, assim, uma Plataforma completa de Telemedicina, que integra ferramentas como:
- Teleconsulta com telemonitoramento;
- Telediagnóstico e laudo a distância;
- Prontuário eletrônico do paciente disposto na nuvem.
Desde então, os números da Telemedicina Morsch surpreendem. Atualmente, conta com 20 especialistas de todas as áreas da medicina e entrega mais de 20 mil laudos médicos por mês.
Além disso, atende mais de 700 clínicas em todo o país e contabiliza cerca de 1 milhão de exames interpretados.
Se você procura por um atendimento em tempo real, não importando a cidade que você mora, conte com a gente.
Assine nosso blog e receba conteúdos novos toda semana no seu e-mail.
Compartilhe tudo com seus amigos, eles vão adorar.