A importância da densitometria óssea na terceira idade

Por Dr. José Aldair Morsch, 7 de junho de 2018
densitometria óssea

Com o envelhecimento da população e o aumento da expectativa de vida, a densitometria na osteoporose se torna um exame fundamental tanto para homens como mulheres na terceira idade para a prevenção de fraturas espontâneas e melhora na qualidade de vida.

A densitometria na osteoporose avalia a densidade óssea no idoso

Foi-se o tempo de diagnosticar osteoporose com um Rx de tórax, coluna ou de fêmur. Muito antes de aparecer em laudos de RX com redução da densidade mineral óssea. já temos a osteoporose instalada e trazendo sérios riscos para a qualidade de vida do idoso.

A doença atinge os dois sexos na mesma proporção e pode ser evitada ou corrigida com um diagnóstico precoce, principalmente na fase de osteopenia.

Mas o que é densitometria óssea?

Aproveitando técnicas modernas de detecção de baixa radiação, como o método DXA que trocando em miúdos, capta a radiação focada em partes escolhidas do corpo como coluna, fêmur e radio, consegue trazer informações mais precoces sobre a condição mineral óssea no idoso sem os riscos da radiação convencional como num RX de tórax.

Osteopenia e osteoporose vistas pela densitometria óssea na terceira idade

Através do exame de densitometria óssea é possível classificar o grau de perda da densidade óssea e acompanhar a saúde do idoso na intenção de evitar fraturas.

A osteopenia corresponde á perda de até 30% da densidade óssea, porém, mesmo nesta fase já é possível ter um risco aumentado para fraturas em locais como coluna vertebral, colo do fêmur ou o rádio no pulso do homem ou mulher.

Esta é a fase em que o Rx convencional aparece normal mas não exclui o diagnóstico de perda óssea.

Na osteoporose temos uma perda ainda maior da densidade mineral óssea, ou seja, mais de 30% da matriz óssea está comprometida e aparece em todos os exames de RX comuns realizados para investigar outras doenças.

A densitometria na osteoporose evita fraturas na terceira idade

Tenho uma pergunta interessante pra te fazer:

Na sua opinião o idoso cai e quebra um osso como rádio ou fêmur ou primeiro quebra com o peso do corpo, desequilibra e cai?

A maioria da população acha que o idoso cai e se quebra, porém, é exatamente o oposto.

O colo do fêmur fica muito fino, fragilizado com a osteoporose e não aguenta o peso do corpo, quebrando e fazendo com que o idoso caia.

O ortopedista corrige com uma prótese, pois sabe que não tem volta.

Imagine quantos idosos nesta situação que não podem operar, que morrem na cirurgia por infecção, etc…

Tudo isso pode se prevenido.

Na osteopenia é possível reverter os riscos de fratura com combinações de tratamentos adequados indicados pelo médico e mudanças no estilo de vida.

Já na osteoporose todos os cuidados estão voltados para a não progressão da doença, visto que mesmo incluindo todo o arsenal terapêutico atual é impossível reverter o processo da doença.

Portanto, vamos prevenir porque depois de instalada a osteoporose, não tem como se curar!

Será que a osteoporose atinge a população do norte e sul do País na mesma proporção?

Nosso País é composto de regiões e climas diferentes ao longo do ano. Isso interfere com nosso metabolismo.

No nordeste e norte é calor o ano inteiro e no sul, o clima segue suas estações distintas, levando as pessoas a usarem roupa de frio por meses, acarretando pouca exposição aos raios solares.

Não adianta pensar que alguns minutos de sol por dia é suficiente para prevenir a osteoporose. Precisamos de exposição aos raios mais fortes e por mais de 1 hora e isso acarreta risco de câncer de pele para populações de cor clara.

Certamente quem vive no extremo norte e nordeste tem mais vantagens neste quesito e tem menor incidência da doença.

A realidade dos exames de densitometria na osteoporse no Brasil

Sabemos que o acesso ao exame de densitometria óssea é difícil no sistema público de saúde, mesmo com os direitos garantidos na constituição.

Infelizmente a maioria dos diagnósticos é feita com o RX antigo e os exames específicos de densitometria óssea ficam a disposição de uma pequena parcela da população que tem convênio ou condições de pagar pelo exame.

O mais intigrante é que se trata de um exame barato, onde usa um aparelho que custa o mesmo valor de um ultrassom e não é necessário ter um especialista presencial para interpretar os exames, ou seja, os exames podem ser interpretados usando uma plataforma de telemedicina em nuvem.

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A Telemedicina Morsch disponibiliza interpretação de densitometria óssea com laudo a distância

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Basta adquirir o aparelho, contratar a Telemedicina Morsch que disponibiliza uma plataforma em nuvem que recebe os arquivos dos exames e os especialistas liberam os laudos interpretados em 30 minutos.

Em resumo, utilizar a densitometria óssea na terceira idade traz um diagnóstico precoce de osteopenia e osteoporose e previne fraturas espontâneas ósseas principalmente de colo de fêmur que influi diretamente na qualidade de vida do idoso.

É possível prevenir a osteoporose com o exame de densitometria óssea feita no idoso e acompanhar anualmente com medidas de mudança de qualidade de vida e medicamentos indicados pelo seu médico.

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Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin