Equipamentos hospitalares: tudo sobre tipos, manutenção, gestão, compra e aluguel

Por Dr. José Aldair Morsch, 19 de setembro de 2018
equipamentos médicos hospitalares

Equipamentos hospitalares são essenciais para a oferta de cuidados ao paciente. 

Além de fazerem a diferença na qualificação dos serviços de saúde, pois a realização de muitas rotinas depende de aparelhos que funcionem adequadamente.

Isso requer investimento em manutenção constante e modernização das tecnologias disponíveis nas clínicas e hospitais.

Neste artigo, trago informações sobre legislação, tipos de equipamentos médico-hospitalares e o gerenciamento da manutenção.

Também vou explicar como a telemedicina auxilia na aquisição dos melhores aparelhos.

O que são equipamentos médicos hospitalares?

Equipamentos hospitalares são os aparelhos utilizados para fins médicos, odontológicos, laboratoriais ou fisioterápicos, assim como para diagnóstico, reabilitação, terapia, embelezamento, estética ou monitorização de seres humanos.

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é o órgão governamental responsável pela regulação dessas tecnologias.

Portanto, para encontrar os equipamentos disponíveis, basta fazer uma pesquisa no portal Anvisa, na categoria de produtos para a saúde, junto a materiais de uso em saúde e os produtos de diagnóstico de uso in vitro.

Embora o mais comum, quando se trata de aparelhos presentes em unidades de saúde, seja lembrar daqueles usados em exames como ultrassonografia, eletrocardiograma ou tomografia, é preciso pensar além.

Utensílios como cadeiras de rodas, mesas cirúrgicas, camas hospitalares e macas também são classificados como equipamentos médico-hospitalares.

Qual a importância dos equipamentos hospitalares?

Antes de mais nada, contar com os equipamentos hospitalares adequados é importante para que os profissionais de saúde consigam promover diagnósticos precisos, bem como direcionar melhor o tratamento.

Por meio deles, é possível oferecer serviços com mais qualidade, além de aumentar o número de atendimentos diários.

Isso porque, realizando apenas exames clínicos, nem sempre é possível determinar a causa dos sintomas e chegar ao diagnóstico correto.

Afinal, muitos desconfortos são comuns a mais de uma doença, sendo necessário realizar exames mais específicos.

Nesse cenário, os equipamentos médico-hospitalares reduzem as chances de ocorrerem erros de diagnóstico, uma vez que permitem uma análise minuciosa do organismo.

É preciso, porém, contar com aparelhagens modernas e que garantam as avaliações necessárias – conforme a área de atuação.

Dessa forma, é possível aumentar a produtividade, proporcionando segurança para o paciente, profissionais e estabelecimentos de saúde..

Tipos de equipamentos hospitalares

É importante conhecer as diferentes categorias de equipamentos médicos hospitalares quanto à finalidade de uso.

São elas:

Equipamento de diagnóstico

Os equipamentos de diagnóstico são ferramentas ou aparelhos empregados com o objetivo de diagnosticar as condições de saúde dos pacientes.

A partir dos sintomas descritos pelo indivíduo e avaliados pelo médico, esse tipo de recurso é empregado para investigar uma hipótese diagnóstica mais profundamente, buscando pelas anomalias no organismo possivelmente responsáveis pelos quadros observados.

Equipamento de tratamento

Já os equipamentos de tratamento são aqueles voltados a diferentes terapias.

Ou seja, são utilizados para restaurar a função dos tecidos ou órgãos afetados por certos quadros patológicos, ou ainda para dar auxílio a eventuais intervenções cirúrgicas.

Equipamento de suporte à vida

Por sua vez, os equipamentos de suporte à vida são aqueles utilizados quando o organismo do paciente é incapaz de desempenhar suas funções por conta própria.

Assim, como o próprio nome aponta, eles são os aparelhos voltados à manutenção da função corporal dos indivíduos comprometidos por algum quadro adverso de saúde.

Equipamento Médico Durável (DME)

Por fim, os equipamentos médicos hospitalares duráveis são aqueles empregados para uso contínuo contra determinadas doenças ou condições.

Seu uso é de longo prazo, pode ser empregado tanto no hospital quanto na própria casa do paciente, e visa fornecer todo o suporte, conforto e segurança necessários durante o tratamento de certos quadros complexos.

equipamentos médicos hospitalares

Monitor multiparamétrico para UTI

Exemplos de equipamentos hospitalares

Como expliquei acima, os equipamentos hospitalares não incluem apenas os aparelhos utilizados para exames, tratamentos e outros procedimentos. 

Eles também compreendem utensílios indispensáveis para as atividades nas unidades de saúde.

Quando falamos sobre esse assunto, precisamos pensar além dos aparelhos eletrônicos, incluindo também macas, cadeiras de rodas e mesas cirúrgicas, entre outros.

Tanto que a Anvisa estabeleceu regras para agrupar os aparelhos médicos conforme o risco que oferecem, considerando que eles envolvem uma infinidade de utensílios e equipamentos.

Como resultado, deu origem a 18 diferentes regras para enquadramento sanitário.

Na Regra 1, por exemplo, estão itens usados para imobilizar ou aplicar compressão em partes do corpo, como colares cervicais e mangueira de compressão.

Agulhas para seringas, lancetas, sugador, bisturis de uso único e luvas cirúrgicas estão na Regra 6 – Produtos cirurgicamente invasivos para uso transitório.

Outras regras tratam de produtos terapêuticos, para diagnóstico, bolsas de sangue, entre outros.

Para apoiar essa visão mais ampla, elaborei uma lista com alguns dos equipamentos médico-hospitalares mais comuns:

  • Desfibrilador
  • Oxímetro
  • Estetoscópio
  • Eletrocardiógrafo
  • Maca hospitalar
  • Hamper
  • Mesa auxiliar
  • Carrinho de curativo
  • Equipamento de raio-x
  • Carrinho de emergência
  • Cadeira para coleta de sangue
  • Cardioversor
  • Espirômetro
  • Aparelho de pressão
  • Balança antropométrica
  • Cama hospitalar
  • Autoclave.

Viu como o conceito é abrangente e pode se referir a diversas situações?

Em todos os casos, é imprescindível que esses itens sejam mantidos de forma correta.

Veja agora uma relação de equipamentos hospitalares com detalhes que ajudam a entender a diversidade de aparelhos e suas utilizações.

Berço aquecido

Utilizado em hospitais e maternidades, ajuda a manter a temperatura dos bebês, sejam recém-nascidos ou não, durante procedimentos de higienização, por exemplo.

Desfibriladores e cardioversores

São aparelhos eletrônicos portáteis que servem para aplicar pulsos elétricos na musculatura cardíaca, revertendo arritmias, que são alterações na frequência do coração.

Eletrocardiógrafo

Aparelho usado para a realização do eletrocardiograma, coleta informações sobre o ritmo cardíaco do paciente e as registra por meio de um traçado.

Monitor holter

É um dispositivo leve e portátil que estende os registros do ECG, monitorando a atividade elétrica do coração por 24 horas ou mais.

Tomógrafo

Aparelho para realização da tomografia computadorizada, exame que usa radiação ionizante para coletar imagens reconstruídas através de um software.

Para registrar as imagens, o aparelho de tomografia emite feixes de raio X e possui um tubo que gira em torno da estrutura a ser examinada.

Ventilador pulmonar

Usado para ventilação mecânica, ou seja, para ajudar os pacientes incapazes de respirar por conta própria.

Mamógrafo digital

Faz uso de radiação para capturar imagens durante a mamografia, as quais, em seguida, são enviadas para o computador.

Endoscópio

É um tubo fino utilizado junto ao monitor para realização da endoscopia – exame que serve para observar os órgãos do sistema digestivo.

Oxímetro de pulso

É um pequeno aparelho usado para medir quanto oxigênio o sangue está transportando, sem precisar de agulha.

Cuidados gerais com os equipamentos hospitalares

A maioria dos aparelhos usados para fins médicos ou odontológicos, hoje, é fruto de tecnologias avançadas, possuindo partes delicadas como monitores e chips.

Contudo, mesmo os equipamentos mais simples necessitam de alguns cuidados, que devem começar com uma análise da necessidade e infraestrutura requerida por ele.

A escolha do fabricante e outros detalhes da aquisição também são essenciais.

Vou detalhar esse assunto nos próximos tópicos.

Transporte

Se for realizado às pressas, sem uma avaliação prévia do melhor trajeto, altura das portas e corredores por onde o equipamento vai passar, inclinação e horário ideais, o transporte pode se transformar em uma grande dor de cabeça para as unidades de saúde.

Pior: um trajeto inadequado pode danificar ou até quebrar algumas peças.

Condições ideais de funcionamento

Em seguida, é preciso fazer uma avaliação do ambiente no qual o aparelho médico será instalado, pois os equipamentos exigem condições adequadas de funcionamento e uso.

Fique atento a detalhes como temperatura, umidade e luminosidade.

Consulte o manual do fabricante, sempre que necessário.

Manuseio

Por falar em condições adequadas de uso, lembre-se de que os equipamentos possuem características próprias e às vezes complexas, que exigem capacitação para que o manuseio ocorra corretamente.

Certifique-se de oferecer treinamento para sua equipe operar os aparelhos tomando as precauções necessárias, e sem provocar nenhum tipo de dano.

Manutenção e calibração

As manutenções preventivas são de suma importância para evitar problemas operacionais.

Elas devem ser feitas de acordo com o período recomendado pelo fabricante ou sempre que forem detectadas falhas no aparelho.

Lembre-se, ainda, de manter o equipamento calibrado, para que o desempenho atinja os padrões ideais de funcionamento.

Descontaminação

A higienização constante das máquinas é indispensável, não só para evitar contaminações e garantir a segurança necessária para os pacientes, mas também para aumentar a vida útil do aparelho.

Documentação

A Anvisa exige diversos tipos de informações sobre os equipamentos médicos, como instalação, manutenção e calibração.

Por isso, é necessário manter um registro de qualquer atividade executada.

Assim, além de estar em conformidade com a legislação, será possível rastrear ocorrências com os aparelhos, facilitando a detecção da origem de falhas e outros problemas.

Leitos de UTI devem ser individualizados e funcionais

Ambiente de UTI com várias macas vazias

Manutenção de equipamentos hospitalares

Além de garantir a calibração dos equipamentos hospitalares, também é importante gerenciar sua manutenção.

Isso porque o uso adequado e o bom desempenho desses itens estão diretamente ligados às condutas técnicas.

Essas manutenções podem ser preventivas ou corretivas.

Enquanto as manutenções preventivas visam antecipar falhas operacionais, as corretivas solucionam panes para que a função do item seja restabelecida.

Com isso em mente, os médicos e gestores devem ter parâmetros bem definidos para essas práticas.

Ou seja, estabelecer a periodicidade e as correções necessárias para a manutenção.

De acordo com a RDC nº 2/2010, que é outro regulamento da Anvisa, as clínicas, laboratórios, consultórios e hospitais precisam ter critérios definidos e padronizados para cada etapa do gerenciamento de tecnologias em saúde.

Descritas na resolução, as etapas envolvem atividades de manutenção, que devem ser detalhadas no Plano de Gerenciamento.

A grosso modo, o Plano de Gerenciamento é um documento que descreve as normas, rotinas e técnicas de procedimentos.

Esse documento envolve produtos para saúde (inclusive equipamentos), produtos de higiene e cosméticos, medicamentos e saneantes.

Um dos pontos mais importantes é o de gerenciamento da manutenção.

Um planejamento adequado é capaz de manter os equipamentos funcionando por mais tempo, exigindo um menor número de reparos ou medidas corretivas.

Para tanto, recomenda-se procedimentos operacionais padronizados (POPs), principalmente para os aparelhos de maior complexidade.

POPs são documentos construídos por especialistas que servem como diretrizes para a correta utilização e conservação dos equipamentos.

Além de observar suas indicações, vale apostar na manutenção preventiva dos aparelhos, antecipando problemas e reduzindo a manutenção corretiva.

Assim, dá para evitar gastos adicionais decorrentes da paralisação de equipamentos e consequentes atrasos nas rotinas da clínica ou hospital.

Calibração de equipamentos hospitalares

Calibrar um equipamento significa analisar seu desempenho, colhendo informações que serão comparadas com valores gerados por uma unidade de medição padrão.

Esses testes são importantes para manter ou prolongar a vida útil do equipamento, que deve operar de acordo com as recomendações do fabricante.

Assim como a falta de manutenção preventiva, a ausência de calibração pode resultar em transtornos diversos, como a necessidade de manutenção corretiva constantemente, o que gera atrasos e perda de investimentos.

Com os dados colhidos durante a calibração, é possível fazer ajustes para o melhor desempenho dos aparelhos médicos.

No entanto, dependendo do equipamento, a calibração poderá ser realizada por colaboradores da unidade de saúde, pelo fornecedor ou por um laboratório devidamente certificado.

Porém, em todos os casos, deve ser produzido um relatório de calibração, trazendo os registros das comparações e unidades utilizadas, além de especificidades do aparelho.

As diretrizes para um programa de gestão de equipamentos médicos hospitalares, que inclui a calibração, estão descritas em normas como a já citada RDC Nº 02/2010, da Anvisa, e a NBR 15943 da ABNT.

Higienização de equipamentos hospitalares

Outro cuidado essencial com equipamentos hospitalares é a sua descontaminação.

Essa prática é fundamental para atender aos requisitos dos órgãos regulamentadores – e, além disso, garantir a segurança dos profissionais e pacientes contra infecções e contaminações.

Muitos aparelhos hospitalares entram em contato com o corpo humano durante procedimentos diagnósticos, odontológicos e estéticos, entre outros.

Por isso, vale ressaltar a importância da higienização correta, tanto para a segurança das pessoas que manuseiam o item, quanto do próprio aparelho.

Vale esclarecer que a descontaminação é o processo de higienização desses equipamentos, resultando na eliminação dos microrganismos de forma parcial ou total.

Existem três formas diferentes de descontaminação: limpeza, desinfecção e esterilização.

Trago detalhes sobre cada uma delas a seguir.

Limpeza

Tipo de descontaminação mais comum, a limpeza remove sujeiras ao aplicar energia – seja ela térmica, mecânica ou química.

Em geral,é possível usar água e sabão neutro em quase todos os aparelhos médico-hospitalares.

No entanto, consulte o manual do fabricante para confirmar as substâncias indicadas e tornar a limpeza mais efetiva, sem danificar o aparelho médico.

Desinfecção

Já a desinfecção diminui a quantidade de bactérias e vírus até níveis seguros à saúde humana, sendo realizada com produtos específicos, aplicados sobre os equipamentos logo após a limpeza.

Esse processo é feito em nível alto, médio ou baixo, de acordo com o item a ser desinfeccionado.

Ele elimina quase todos os microrganismos que podem causar contaminação, menos os esporos bacterianos.

Isso porque os esporos bacterianos são estruturas minúsculas e leves, produzidas por bactérias quando estão em ambiente desfavorável à sobrevivência.

Esterilização

Mais potente, essa operação serve para remover completamente as formas de vida microbiana, inclusive esporos bacterianos.

A esterilização pode ser feita com certos produtos ou aquecimento em estufas, como é feito com itens cirúrgicos.

Como elaborar um plano de gestão de equipamentos médicos? 

Tão importante quanto os próprios equipamentos hospitalares e o gerenciamento de manutenção é adotar meios de controle para que seu uso seja sempre viável e benéfico para a clínica ou hospital. 

O Plano de Gerenciamento de Equipamentos Médico-Hospitalares, conhecido pela sigla PGEM, é indispensável para atender a essa necessidade.

Suas ações podem ser direcionadas tanto para os processos de auditoria, quanto para a viabilização das demandas da equipe técnica.

Por meio de um documento objetivo, atualizado e de fácil interpretação, o PGEM permite delimitar todos os recursos materiais e humanos fundamentais para o uso cotidiano dos aparelhos.

Dessa forma, as rotinas ocorrem sem impedimentos e de maneira alinhada às necessidades da unidade de saúde. 

Os processos de elaboração e de gestão do PGEM devem ser feitos a partir das seguintes etapas:

Inventário

Em primeiro lugar, um plano de gerenciamento de equipamentos hospitalares deve ser baseado no inventário dos aparelhos.

Isso significa que você precisa documentar a quantidade e os tipos de aparatos à disposição no seu estabelecimento.

É a partir dessa documentação que terá uma visão completa sobre os ativos disponíveis e poderá estruturar os meios para mantê-los da maneira adequada.

Classificação

Com o inventário feito, é fundamental dividir os equipamentos em grupos e classificá-los de uma forma lógica.

Isso pode ser feito, por exemplo, a partir da especialidade que os aparelhos atendem (como cardiologia, radiologia, neurologia, etc.) ou do sistema fisiológico a que a tecnologia se destina (pulmonar, cardiovascular, endócrino, etc).

A ideia é reunir os ativos em grupos distintos e os atrelar a classificações próprias, para facilitar a gestão dos recursos necessários para cada caso e também definir os times de profissionais responsáveis por cada grupo.

Organização de custos

O processo de gerenciamento serve para atender a inúmeras demandas.

Elas vão desde a identificação da necessidade de novas aquisições, até a definição dos parâmetros das propostas de compras, a organização das manutenções preventivas e corretivas dos equipamentos hospitalares e assim por diante.

Em todos os casos, realizar um inventário e classificar os aparelhos é indispensável para contextualizá-los na unidade e utilizar os recursos financeiros de modo inteligente.

Por exemplo, direcionando-os à elaboração de orçamentos, na aquisição de insumos, na compra de novas peças, na definição das manutenções, reposição de materiais etc.

Nesse sentido, é importante que o PGEM delimite os itens de custo fixo e variável relacionados às frentes de gerenciamento e manutenção dos equipamentos médicos.

Como exemplos de custos fixos, o documento pode prever salários e encargos dos profissionais de manutenção e depreciação do capital direcionado a aparatos de calibração.

Já os custos variáveis podem incluir peças de reposição em geral, gastos com treinamento de pessoal, entre outros.

Inúmeros aparelhos médicos são utilizados no bloco cirurgico

Sala cirúrgica com monitores multiparamétricos e ventilador

Como comprar equipamentos hospitalares?

Antes de comprar os equipamentos, vale comparar suas alternativas para entender se essa é a melhor decisão para a clínica ou hospital.

Obviamente, é necessário comprar os itens descartáveis, e também pode ser interessante adquirir os próprios produtos de menor custo.

A aquisição de aparelhos para exames complementares, por outro lado, deve ser avaliada, pois eles podem ser alugados de forma convencional ou em comodato, como explico mais à frente.

Uma vez que esteja certo de sua escolha, siga o passo a passo:

Prepare um comitê multidisciplinar

Sua unidade de saúde hospitalar precisa contar com um Comitê de Incorporação composto por uma equipe multidisciplinar.

Ela deve incluir médicos e enfermeiros, gestores, profissionais de qualidade, entre outros que apresentem as perspectivas financeiras, médicas e de engenharia da instituição.

Documentos para cotação

Para garantir um processo de cotação organizado, elabore a documentação por meio dos modelos RDP e RDI.

O RDP, ou Requisição de Proposta, descreve as condições e a especificação desejadas para o aparelho visado.

Por sua vez, o RDI consiste em uma planilha para o preenchimento dos fornecedores, que facilita comparações técnicas.

Compare os fornecedores

Faça uma pesquisa de mercado para identificar os possíveis fornecedores, e encaminhe as propostas em RDP – elas vão servir para atualizar as planilhas de comparação em RDI. 

Em seguida, basta comparar os fornecedores para determinar quais oferecem o melhor custo-benefício.

Envie cartas de equalização

Para favorecer o equilíbrio das propostas e facilitar o processo de comparação, elabore uma Carta de Equalização e encaminhe aos fornecedores concorrentes.

Assim, eles serão informados sobre eventuais acréscimos aos equipamentos, condições priorizadas, opcionais eliminados, entre outros pontos que dão mais alinhamento para as proposições.

Conclua a negociação

Com o fornecedor escolhido e a negociação fechada, compile todo o processo em um Relatório Técnico.

Por registrar as propostas feitas e os critérios de escolha para a compra, o documento garante mais transparência para a administração.

Aluguel de equipamentos hospitalares

Como mencionei acima, nem sempre a compra representa a alternativa mais benéfica para o estabelecimento de saúde.

No caso de equipamentos usados para exames complementares, essa operação exige o desembolso de altas quantias, que podem comprometer o orçamento.

Daí a necessidade de avaliar outras opções para aquisição de aparelhos de alto custo, como o aluguel convencional.

Nessa modalidade, cliente e fornecedor assinam um contrato, e o cliente paga mensalmente pelo uso do equipamento.

Tanto na compra como na locação, é preciso arcar com os custos de um profissional responsável pelos laudos dos exames, quando exigidos.

Vantagens do comodato de equipamentos hospitalares

Neste regime, o cliente contrata um serviço mais completo, composto pelo equipamento para exames complementares e pacotes de laudos mensais.

Assim, ele não paga pelo uso do aparelho, apenas pelos documentos expedidos.

Através de uma mensalidade única, o estabelecimento de saúde pode aproveitar dispositivos modernos sem qualquer custo adicional, enquanto durar a parceria.

Plataformas de telemedicina completas, como a Morsch, ainda fornecem suporte técnico para a instalação e manutenção dos aparelhos médicos.

Desse modo, dá para economizar na aquisição dessas tecnologias e com a contratação de especialistas qualificados para laudar os exames, pois essa tarefa será executada pelo time Morsch.

Como escolher o melhor fornecedor de equipamentos hospitalares?

É normal que os gestores tenham dúvidas na hora de selecionar o melhor fornecedor.

Afinal, há incontáveis propostas para equipamentos médicos hospitalares, e muitas delas são semelhantes.

Nesse contexto, cabe observar alguns diferenciais no processo de escolha, que dizem respeito à qualidade e ao compromisso do eventual parceiro com as necessidades e demandas da sua unidade hospitalar.

Ao comparar as propostas de fornecimento, dê prioridade às empresas que:

  • Fazem a demonstração dos produtos, para que você comprove, de maneira prática, as qualidades e padrões de funcionamento
  • Prezam por um detalhamento minucioso das informações técnicas, para que não existam dúvidas quanto às características do equipamento médico hospitalar
  • Ofereçam modelos diferenciados, com tecnologia de ponta, fabricação alinhada às principais inovações em saúde e marca de referência no mercado
  • Se comprometem com os prazos de entrega e outros detalhes relevantes do acordo contratual
  • Disponibilizam suporte rápido, qualificado e completo para eventuais falhas ou problemas técnicos
  • Possuem ampla disponibilidade de peças em casos de manutenção e trabalham com demais produtos, insumos ou acessórios da marca do equipamento para facilitar possíveis aquisições extras.

Ao priorizar os diferenciais mencionados na lista, aliados aos demais pontos que destaquei ao longo do artigo, certamente você terá mais tranquilidade, clareza e viabilidade na hora de adquirir os seus equipamentos hospitalares.

Equipamentos médico-hospitalares em comodato e a Telemedicina

Para reduzir os custos e agilizar a expedição dos resultados de exames, vale contratar uma empresa de telemedicina idônea.

Optando pela Morsch, você terá acesso ao comodato de equipamentos médicos, informações para treinamento de colaboradores disponíveis 24 horas por dia na plataforma e rápida interpretação dos exames.

Veja que a telemedicina não é apenas a solução para que a sua unidade de saúde possa oferecer exames, mas também resolve problemas ocasionados pela falta de profissionais, seja pelo custo de contratação, férias, feriados e plantões.

Acesse a nossa área de comodato e saiba mais!

Conclusão

Neste artigo, apresentei dicas importantes para a hora de utilizar e conservar equipamentos hospitalares.

Também mostrei as formas para adquirir esses aparelhos, com destaque para os benefícios do comodato, especialmente quando combinado à telemedicina.

Com a Telemedicina Morsch, o envio de laudos é feito em apenas 30 minutos, ou em tempo real para urgências.

Solicite já um orçamento e leve essa inovação para o seu negócio.

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Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin