ECG mal executado gera danos morais

Por Dr. José Aldair Morsch, 21 de outubro de 2015
ecg e danos morais

ECG e danos morais, um tema pouco abordado até o momento em que a Clínica recebe uma intimação judicial para se defender de um processo gerado por um paciente prejudicado.

Todos os dias recebemos na Plataforma de Telemedicina exames de Eletrocardiograma mal executados e com alto risco de complicações para os pacientes que dependem de um resultado fiel para acompanhamento de sua saúde.

O Código Civil é claro sobre os direitos do paciente em receber o resultado do ECG e danos morais

Nos últimos anos, tem sido grande o número de processos por Danos Morais (previsto no Artigo 186 do Código Civil, sob a Lei 10406/02) solicitados por pacientes que foram prejudicados, de alguma forma, por resultados errôneos em exames de Eletrocardiograma.

Afinal, um erro desta dimensão pode prejudicar, e muito, por exemplo, um trabalhador que realizou o Eletrocardiograma como parte do teste de admissão na empresa e não foi aceito pela firma devido aos resultados que mostravam doença e estavam errados.

Principais erros cometidos ao realizar um ECG e danos morais

Os erros no exame de ECG e danos morais, por sua vez, podem ocorrer devido a uma série de motivos relacionados ao despreparo do responsável que realiza o exame.

Talvez os principais deles sejam a falta de preparo, treinamento e qualificação profissional de quem administra os equipamentos.

Infelizmente o administrador da Clínica não pensa em qualidade, quer faturar e para isso contrata gente despreparada.

O técnico em enfermagem deve ser o profissional responsável por realizar o Eletrocardiograma, no entanto, é necessário que esse técnico esteja habilitado para fazer os exames gerais, com treinamento específico feito pela empresa de Telemedicina.

Um Eletrocardiograma mal executado pode resultar em alterações que levam a um diagnóstico de doença em uma pessoa saudável.

E esse resultado errôneo pode causar diversos transtornos, além da perda de um emprego, como a pessoa achar que tem uma doença séria enquanto ela está com a saúde em dia, entre diversos outras possibilidades.

Valores cobrados do fornecedor de  ECG e danos morais

Fato é que o valor pedido pelos trabalhadores em processos de Danos Morais está em R$31.000,00 e as clínicas têm perdido muito dinheiro com isso.

O valor pode ser ainda maior, dependendo da profissão do paciente, das circunstâncias que geraram o prejuízo para o paciente.

É muito comum os especialistas que trabalham com Telemedicina orientarem para repetição do exame mal feito.

A irresponsabilidade do funcionário da Clínica é tão grande que não respeita a orientação e manda insistentemente o mesmo exame várias vezes por preguiça em repetir da forma correta.

O pior cenário que vemos, são administradores de Clínicas que ameaçam a empresa de Telemedicina.

Eles afirmam categoricamente que se o especialista não laudar, irá mudar de empresa.

A ignorância é tamanha que não consegue imaginar a bomba que tem na mão e o quanto vai se incomodar com exames ruins.

Tudo bem, mas porque descrever erros do ECG e danos morais junto com a Telemedicina?

As Clínicas Médicas vivem de exames e consultas em qualquer lugar que tenha sido aberta.

Existe 2 modelos de trabalho:

  1. A Clínica tem seu próprio especialista para interpretar os exames
  2. A Clínica está num local remoto e contrata o serviço de Telemedicina que entrega os laudos a distância, usando uma plataforma de Telemedicina

Principais causas de erros nos exames de ECG

A principal causa de erro na execução do Eletrocardiograma está na colocação dos eletrodos de forma errada no tórax do paciente, algo que pode ser evitado por meio do treinamento específico oferecido de forma gratuita pela empresa de Telemedicina.

Esse treinamento, quando não é seguido de maneira correta pelo profissional responsável, acaba registrando no traçado alterações como se fossem doença e, dessa forma, o médico que faz os laudos médicos à distância não tem como saber se o Eletrocardiograma foi executado corretamente ou não.

Mais uma vez, ressaltamos a importância da adequação profissional em relação aos técnicos de Enfermagem que realizam o Eletrocardiograma, bem como outros exames como Espirometria e Eletroencefalograma, que também precisam de treinamento.

As clínicas estão tendo que arcar com enormes prejuízos por perder causas judiciais em relação a erros em Eletrocardiograma e já é perceptível que o problema afeta outros tipos de exames, como os citados neste parágrafo.

A empresa de Telemedicina é a responsável por oferecer o treinamento específico para administração de equipamentos de Eletrocardiograma, Espirometria e Eletroencefalograma, proporcionando meios acessíveis de informação, como treinamento via Skype, vídeos e conteúdo em blog.

Ao técnico de enfermagem, basta empenhar-se nos estudos sobre como utilizar esses equipamentos, sendo que para cada tipo de aparelho existe um treinamento exclusivo, realizado por uma equipe especializada em cada área contratada pela clínica.

Conclusão

Em suma, os recursos de Telemedicina são uma novidade, tanto para a classe médica quanto para as clínicas.

Assim sendo, contar com uma boa empresa de Telemedicina ainda é a melhor forma de garantir a reputação do local, além de se preparar da melhor forma para não sofrer com os prejuízos de processos judiciais.

As Clínicas que desejam montar um serviço com exames, pode tanto comprar os equipamentos ou alugar em comodato.

É pago uma mensalidade e o cliente recebe 30 laudos médicos mensais de cortesia.

Isso vale principalmente para as clínicas que não dispõem de profissionais especializados, que podem contar com a redução de custos usando a Telemedicina como ferramenta de apoio.

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Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin