Densitometria óssea para diagnóstico de osteoporose

Por Dr. José Aldair Morsch, 16 de outubro de 2019
imagem de um fêmur visto na densitometria óssea

Você sabe como é feito densitometria óssea?

Simples e rápido, esse é o principal exame para a detecção precoce da perda de massa óssea, possibilitando a prevenção e combate à osteoporose, doença que aumenta o risco de fraturas.

De acordo com o Ministério da Saúde, a densitometria ganha maior relevância para pacientes a partir dos 50 anos, quando 30% das mulheres e 13% dos homens poderão sofrer fraturas por osteoporose.

Ao longo deste artigo, vou apresentar um panorama completo sobre a densitometria óssea, como é feita, que resultados aponta e sua relação com a osteoporose.

Acompanhando até o fim, você também vai conhecer ferramentas modernas para potencializar o atendimento a esse e outros exames radiológicos, como a telemedicina.

Densitometria óssea: conceito

O mecanismo por trás de uma densitometria óssea é simples, já que o exame emprega radiação ionizante para obter imagens dos ossos.

No entanto, a densitometria utiliza uma quantidade bem menor de raios X que uma radiografia comum, devido à tecnologia embutida no equipamento que viabiliza o teste.

A técnica, de nome DXA (Dual-Energy X-Ray Absorptiometry), permite a observação detalhada do tecido ósseo, evidenciando se uma área está fraca ou muito porosa.

Apesar de ser útil para o estudo de diversas partes do organismo, a densitometria se concentra em três regiões mais suscetíveis a fraturas: colo do fêmur, vértebras e o rádio distal.

Como é feito o exame de densitometria óssea?

Depois de entender como feito densitometria óssea, o paciente se apresenta na clínica ou hospital onde marcou o exame, sem nenhum preparo, ou seja, nada de jejum, nada de suspender medicamentos.

Então, um radiologista, médico geral ou técnico em radiologia conduz o paciente até uma sala onde fica uma mesa de exame semelhante à de um raio X, na qual o paciente se deita.

Após ser ligado, o aparelho de densitometria percorre a parte superior do corpo, emitindo radiação ionizante.

Na parte de baixo da mesa, ocorre a captação dos registros do exame e a transferência dos dados para o computador, geralmente de modo automático.

Esse exame fornece dados para a análise específica da perda de cálcio nos ossos, feita por um especialista local ou através da telemedicina.

Os avanços da densitometria óssea no diagnóstico da osteoporose

A densitometria óssea trouxe segurança no diagnóstico e acompanhamento da osteoporose, sendo paralelamente utilizada por frequentadores de academia para medir a composição corporal.

Isso faz sentido, uma vez que o teste mostra a quantidade de cálcio presente nos ossos, citada nos resultados como densidade mineral óssea.

Os avanços foram impulsionados pelo emprego da tecnologia DXA, que viabiliza que o aparelho de densitometria emita radiação ionizante utilizando tubos de raio X especiais.

Isso significa que precisamos entender o momento de como feito densitometria óssea com o equipamento que possui múltiplos detectores de imagens e softwares com algoritmos inovadores, que transformam o corpo em compartimentos para serem avaliados de forma separada, como é o caso do osso, gordura e massa muscular.

A própria sigla DXA está relacionada com os múltiplos tubos de raio X, que captam imagens em vários ângulos, favorecendo a identificação da osteoporose.

Começando com o que significa osteoporose

cabeça do fêmur cortada com osteoporose

Começando com o que significa osteoporose

Osteoporose é uma doença sistêmica que se manifesta, majoritariamente, em mulheres acima dos 40 anos (ou no período da menopausa).

Ocorre quando o organismo deixa de produzir, pouco a pouco, material ósseo suficiente e, como o próprio nome indica, os ossos tornam-se porosos.

À medida em que se tornam fragilizados, os ossos ficam mais suscetíveis a sofrer fraturas.

Uma simples queda em casa, que não seria nada grave, pode se tornar motivo de preocupação nesses casos, pois podem provocar fraturas.

Osteoporose vista no Raio X

Apesar de partir de um princípio semelhante para captação das imagens, a radiografia simples não é indicada para o rastreio da osteoporose, já que não prioriza a visualização em detalhes do tecido ósseo.

Quando observamos a presença de osteoporose em um raio X, isso indica que houve perda de pelo menos 30% da massa óssea.

Nesse cenário, cabe ao médico simplesmente determinar um tratamento para que a doença não avance, mas é extremamente difícil reverter o quadro.

Já a densitometria permite maior acurácia, revelando pequenas perdas de massa óssea.

Osteopenia e osteoporose, quais as diferenças?

Médico mostrando na tela do computador um rx de articulação coxofemural

Osteopenia e osteoporose, quais as diferenças?

A grande vantagem de saber como é feito densitometria óssea, está jusstamente em mostrar a perda óssea no início, antes mesmo de aparecer no raio X.

Essa perda inicial de cálcio nos ossos, inferior a 30%, é chamada de osteopenia.

Ao contrário da osteoporose, a osteopenia é reversível.

Normalmente, médico trata esses casos recomendando atividade física regular, banhos de sol em horários específicos, alimentação rica em cálcio e alguns medicamentos.

Já a osteoporose implica em uma perda muito maior de cálcio, que vai além de 30%.

Assim, se torna comum, por exemplo, que o paciente idoso não suporte o peso do próprio esqueleto e sofra fratura espontânea do fêmur, levando a quedas.

Parte da população acredita que a fratura tenha sido causada pela queda, quando, na verdade, é o contrário.

Ocorre a fratura e, depois, a queda por instabilidade.

Que outros exames são usados para a diagnosticar osteoporose?

Conforme expliquei antes, além de entender como é feito densitometria óssea, é importante focar na radiografia que mostra quando há perda acentuada de massa óssea – ou seja, osteoporose.

Desenvolvido a partir do equipamento de raio X, o tomógrafo também utiliza radiação, mas produz registros superiores, com imagens do organismo em seções transversais, permitindo resultados mais precisos.

Depois da tomografia, foi criada a ressonância magnética, que produz imagens em qualquer plano e é a mais completa para verificar tumores, fraturas ou lesões.

Além de ter resolução em alta definição, a ressonância capta a parte do corpo a ser analisada sem utilizar radiação.

Mas, para diagnosticar problemas como a osteoporose e osteopenia, nenhum desses exames supera a densitometria óssea.

Ela é capaz de sinalizar a redução da massa óssea com muita precisão e precocemente, pois o aparelho utilizado analisa a densidade mineral dos ossos.

Principais locais que desenvolvem osteoporose no corpo

O aparelho utilizado para a densitometria óssea é extremamente moderno, por isso, o exame é rápido e não provoca dores ou desconforto para o paciente.

Para potencializar o rastreamento, a técnica DXA se concentra nas zonas que podem sofrer fraturas com maior facilidade:

  • Coluna lombar
  • Região proximal do fêmur
  • Terço distal do rádio
  • Quadril

Outra vantagem é que, durante o exame, o paciente fica exposto a uma quantidade muito pequena de radiação, menor que de um raio X simples.

Portanto, é recomendável que todas as mulheres, após a menopausa, realizem a densitometria óssea uma vez ao ano.

Para aquelas que têm histórico de osteoporose ou osteopenia na família, é possível começar a se prevenir antes mesmo da menopausa.

A importância da densitometria óssea na terceira idade

Com o envelhecimento da população e o aumento da expectativa de vida, a densitometria óssea se torna um exame fundamental, tanto para homens como mulheres na terceira idade.

Isso porque, após os 50 anos, aumentam as chances de fraturas espontâneas e a perda de massa óssea é acentuada.

A osteoporose atinge ambos os sexos e pode ser evitada ou corrigida a partir de um diagnóstico precoce, principalmente na fase de osteopenia.

Através do exame de densitometria óssea, é possível classificar o grau de perda da densidade óssea e acompanhar a saúde do idoso, evitando fraturas.

Quem precisa fazer o exame de densitometria óssea?

Os principais beneficiados com o exame de densitometria óssea para prevenção da osteoporose são:

  • Mulheres com mais de 65 anos
  • Mulheres com menos de 65 anos, com fatores de risco para desenvolver osteoporose
  • Aquelas que tiveram menopausa precoce
  • Mulheres com deficiência estrogênica antes dos 45 anos
  • Pessoas que tenham sofrido fratura espontânea
  • Indivíduos que parecem ter osteopenia ou osteoporose no raio X simples
  • Indivíduos que demonstram redução da altura > 2,5 cm ou cifose torácica
  • Pacientes que fazem uso crônico de corticoides
  • Mulheres em uso prolongado de reposição hormonal.

O que exatamente é avaliado em um exame de densitometria óssea?

Abaixo, descrevo as oito principais as finalidades para o exame:

  1. Medir a densidade mineral óssea, que mostra a perda de cálcio
  2. Avaliar fraturas de colo de fêmur
  3. Detectar perda de massa óssea
  4. Estabelecer diagnóstico de osteoporose
  5. Avaliar o tratamento de osteopenia
  6. Avaliar o tratamento de osteoporose
  7. Avaliar o risco de fraturas
  8. Avaliar fraturas vertebrais.

Quais resultados podemos esperar do exame de densitometria óssea?

O resultado descrito no laudo médico pode conter três possibilidades:

  • Exame normal – indica que a densidade mineral óssea está normal, sem risco de fraturas.
  • Osteopenia – usado quando há perda da densidade mineral óssea numa fase inicial, em que o paciente já está exposto ao risco aumentado de fraturas.
  • Osteoporose – neste caso, a perda da densidade mineral óssea vista na densitometria é significativa e com alto risco de fraturas.

Quem interpreta os exames de densitometria óssea?

Imagem de um exame de densitometria óssea

Quem interpreta os exames de densitometria óssea?

Além do radiologista, qualquer médico que faça um curso direcionado à interpretação de densitometria óssea está apto a interpretar o exame e assinar o laudo.

Esse curso é voltado para o diagnóstico da perda de cálcio no esqueleto, que se traduz em osteopenia e osteoporose.

A telemedicina auxiliando no diagnóstico de osteoporose

Conforme determina o Conselho Federal de Medicina através de normas como a Resolução CFM Nº 2.107/2014 (sobre telerradiologia), um técnico de radiologia habilitado está apto a realizar a densitometria óssea.

No entanto, a composição do laudo é responsabilidade exclusiva de um especialista qualificado.

O problema é que nem sempre há um radiologista ou médico formado em cursos específicos para interpretar a densitometria disponível.

Mas esse quadro pode mudar com a telemedicina, que entrega laudos a distância emitidos por especialistas.

Isso significa que, depois que o paciente faz a densitometria, os registros podem ser enviados pela internet a uma plataforma de telemedicina, como a da Morsch, a partir da qual um especialista acessa o exame de qualquer lugar com internet.

Como funciona o exame de densitometria óssea pela telemedicina

O exame de densitometria óssea na telemedicina funciona a partir de algumas etapas.

São elas:

  1. O médico ou técnico em radiologia realiza o exame normalmente, com o auxílio de um aparelho digital
  2. O equipamento converte os sinais captados em pixels, formando arquivos digitais que podem ser compartilhados facilmente
  3. O mesmo profissional que conduziu o teste pode acessar a plataforma de telemedicina através de login e senha, e transmitir os registros da densitometria
  4. Assim que as imagens ficam disponíveis, especialistas logados no sistema iniciam sua avaliação e interpretação, usando os dados para elaborar o laudo médico a distância
  5. O laudo online é assinado digitalmente e liberado na plataforma após alguns minutos
  6. Ele fica disponível para ser salvo, impresso ou enviado ao médico do paciente.

Vantagens da telemedicina na interpretação da densitometria óssea

Apostar na telemedicina é um bom negócio na hora de otimizar a oferta de densitometria óssea no seu consultório, clínica ou hospital.

Isso porque, como mencionei há alguns tópicos, o laudo emitido a distância é liberado em minutos, possibilitando sua entrega no mesmo dia do exame e o fim das filas de espera pelos resultados.

Conheça, abaixo, outras vantagens da telemedicina para a interpretação da densitometria.

1. Possibilidade em oferecer o exame de densitometria óssea na sua cidade

A telemedicina é uma escolha inteligente para democratizar o acesso à densitometria, mesmo em cidades pequenas e afastadas dos grandes centros urbanos.

Basta investir no treinamento de um técnico de radiologia e em um aparelho digital para levar o exame a qualquer lugar do país, delegando os laudos aos especialistas da empresa de telemedicina.

2. Redução de custos em clínicas e hospitais

Quando comparado ao laudo emitido localmente, o documento online tem menor custo.

Essa economia é possível porque, enquanto o radiologista local tem uma série de responsabilidades diárias, os especialistas da telemedicina ficam dedicados apenas à interpretação de exames.

Assim, se tornam mais ágeis e capazes de emitir diversos laudos rapidamente, diminuindo o tempo e os gastos necessários para a elaboração de cada documento.

3. Laudo realizado por especialista à distância

Empresas que atuam no mercado de telemedicina com seriedade, a exemplo da Morsch, mantêm somente especialistas qualificados em sua equipe.

Ou seja, o cliente tem a garantia de que seus laudos online serão produzidos e assinados por médicos com CRM ativo e capacitados para a avaliação de registros de densitometria óssea.

4. Armazenamento da densitometria óssea na nuvem

A nuvem é um espaço de armazenamento na internet que hospeda diferentes sistemas, incluindo a plataforma de telemedicina.

Portanto, os laudos remotos são salvos automaticamente nesse local, onde podem ser encontrados a partir de alguns cliques em pesquisas futuras.

Na nuvem, os resultados de exames também ficam protegidos contra alterações, perda, degradação pelo tempo e permanecem em sigilo, graças a mecanismos de segurança como senhas e criptografia.

5. Atendimento 24 horas, 7 dias da semana

O portal de telemedicina funciona sem interrupções, possibilitando o atendimento a qualquer hora do dia ou da noite.

Assim, o cliente pode ficar tranquilo, pois terá cobertura inclusive aos feriados e finais de semana.

6. Opção de segunda opinião médica de especialistas quando solicitado

Quando houver divergências ou dúvidas quanto aos laudos de densitometria, a equipe local conta com uma segunda opinião qualificada.

Assim, os profissionais de saúde ficam mais seguros quanto ao diagnóstico e tratamento mais adequado em casos complexos.

Telemedicina Morsch como solução na emissão de laudos de densitometria à distância

Agora que já conhece as principais vantagens de contar com um serviço de laudos a distância, a dica é escolher uma parceira de telemedicina com cautela.

Antes de fechar negócio, busque referências sobre a reputação e benefícios de cada empresa, verificando se atendem às suas necessidades atuais.

Outra questão importante é pensar no futuro, quando pode ser necessário ampliar seu portfólio ou abrir novas unidades.

Nesse cenário, faz a diferença contar com uma empresa bem estruturada e com uma plataforma que una diversas especialidades, concorda?

Contratando a Morsch, você e sua equipe terão disponíveis todas as vantagens que citei no tópico anterior, além de suporte e simplicidade para expandir o negócio.

Completa, nossa plataforma permite a contratação de mais laudos, exames ou especialidades de um jeito fácil, bastando definir e escolher os novos serviços no sistema.

O portal cobre testes de diagnóstico em radiologia, cardiologia, neurologia e pneumologia.

Sobre a Telemedicina Morsch

Com amplo atendimento para exames de imagem, a Morsch já ajudou centenas de clínicas, consultórios e hospitais a otimizar a entrega de resultados, ampliando as receitas sem deixar de lado a qualidade.

Para isso, investimos em uma equipe composta por 20 médicos competentes, formados em várias especialidades, que focam na interpretação de exames e segunda opinião sempre que necessário.

Como diferencial, também oferecemos auxílio no treinamento de técnicos em radiologia e enfermagem, com conteúdos acessíveis no portal de telemedicina.

Assim, as chances de erros e repetição de testes caem, os laudos ficam prontos rapidamente e os pacientes ficam mais satisfeitos.

Conclusão

Neste artigo, expliquei como é feito densitometria óssea e sua importância no rastreio da osteoporose junto a pacientes que apresentam fatores de risco.

Apesar de desempenhar um papel essencial nesse cenário, a densitometria óssea nem sempre está disponível em todas as regiões brasileiras, devido principalmente à carência de especialistas qualificados para interpretar o teste.

Mas a telemedicina está mudando essa realidade, reduzindo a barreira geográfica por meio da tecnologia.

E sua unidade de saúde pode fazer parte dessa revolução.

Deixe que a Morsch ofereça o suporte para otimizar seu serviço radiológico, emitindo laudos de densitometria a distância com confiabilidade e agilidade.

Entre em contato para saber mais ou, se preferir, teste grátis nossa plataforma.

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Referências Bibliográficas

Resolução CFM Nº 2.107/2014 – Define e normatiza a Telerradiologia.

Em qual idade devemos solicitar densitometria óssea para homem e mulher? – Biblioteca Virtual em Saúde.

Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin