Como o armazenamento de dados e sua análise auxilia a medicina?

Por Dr. José Aldair Morsch, 3 de novembro de 2016
IA na saúde

Você conhece o big data na saúde?

Na era da informação,  processar dados de forma rápida é uma característica importante para diversos segmentos.

Pensando nisso, os sistemas Big Data foram aproveitados também nesse segmento.

O que é big data na saúde?

Como grandes bancos de informação, as plataformas baseadas no conceito de Big Data  conseguem armazenar milhões de dados de forma segura e confiável. Na mesma agilidade, podem encontrar uma informação em meio a milhares em poucos segundos.

A utilização do Big Data na saúde é muito importante para qualquer atividade que necessite de um armazenamento de dados.

Desde pesquisas tecnológicas até sistemas financeiros, a ferramenta é importante para que esses dados sejam guardados de forma segura e sistematizada.

A organização é o ponto principal do Big Data: é o primeiro sistema a oferecer um armazenamento totalmente automatizado, em que as informações podem ser encontradas por meio de uma pequena busca.

Na medicina, a utilização do Big Data não poderia ser diferente. Assim como outras áreas, o desenvolvimento da medicina está atrelado à tecnologia.

O Big Data, portanto, pode contribuir para a otimização do trabalho médico, em nível de pesquisas e também dentro do seu consultório. Conheça um pouco mais sobre como o Big Data está revolucionando a medicina.

Armazenamento de informações na Medicina

Estudos preveem que em aproximadamente duas décadas toda a atividade médica terá o apoio de um sistema de computadores.

Isso ocorre porque, a cada dia, a tecnologia tem se desenvolvido no sentido de encontrar novas soluções na medicina.

O caso do Big Data na saúde é um deles.

Apesar de seu conceito não se enquadrar apenas a área médica, o grande armazenamento de dados pode ser de grande valor na hora de efetuar diagnósticos.

A revolução na medicina tem base na Big Data na saúde, na computação cognitiva, e na nanotecnologia. Através dos três pilares, é possível juntar a coleta, armazenamento e interpretação de informações de forma automatizada.

Como usamos o big data?

O processo começa coletando os dados com aparelhos nanotecnológicos, que são responsáveis por diversos tipos de exames e recolhimento de material.

O Big Data, então, armazena esses inúmeros dados de forma organizada e sistemática.

Esse armazenamento pode se expandir a um grande número de dados, de modo que estes possam ser avaliados em conjunto ou comparados.

Por fim, o sistema de computação cognitiva é responsável pela interpretação dos dados de acordo com o pensamento humano. Ou seja, a ferramenta é elaborada para que o computador responda de forma relacionada ao comportamento humano.

Os três pilares da revolução na medicina podem influenciar em uma maior precisão na formulação de diagnósticos.

Outra característica importante sobre a utilização desse tipo de tecnologia é a possibilidade de constatar associações e relações entre dados de pacientes, de forma a identificar antecipadamente epidemias ou novos padrões sintomáticos para doenças, por exemplo.

Big Data na saúde e no seu consultório

Engana-se quem pensa que o Big Data só fará parte da medicina nos grandes laboratórios de pesquisa.

O sistema, cada vez mais, tem a possibilidade de ser implantado em locais de fácil acesso com o objetivo de melhorar o atendimento e os diagnósticos de pacientes.

O sistema de Big Data pode auxiliar um médico desde o armazenamento até a filtragem das informações necessárias.

Alguns exames, por exemplo, oferecem uma grande carga de dados, que se avaliados manualmente podem levar muito tempo para que sejam interpretados.

Um exame que resulta em milhares de imagens, por exemplo, necessita de um aparato tecnológico para a sua seleção.

Nesse sentido é que o Big Data na saúde trabalha. Como o médico não tem a capacidade de avaliar o número alto de imagens, um sistema inteligente que possa analisar todo o resultado pode propor um diagnóstico com base científica e segura.

Um exemplo muito prático na Cardiologia é a análise do Holter de eletrocardiograma digital de 24 horas de monitorização. Este exame registra aproximadamente 100 mil batimentos em 24 horas e analisa todos em menos de 1 minuto.

O exame analisa e informa para o Cardiologista se o paciente apresentou algum distúrbio do ritmo cardíaco durante o período em que ficou com o aparelho e casa para ser monitorado.

Antes do advento do Big data, o Cardiologista analisava manualmente os batimentos e levava pelo menos 3 dias para concluir algum diagnóstico baseado na análise dos 100 mil batimentos feito de forma manual.

Nem é preciso dizer que muita doença passava sem que o especialista conseguisse seguramente ver e documentar.

No entanto, não é sempre que o Big Data na saúde terá a função de oferecer diagnósticos.

Em determinados exames avaliados em laboratórios, a carga de material coletada do paciente e o resultado apresentado não têm uma correspondência adequada.

Isto é, embora o material carregue uma quantidade inumerável de informações, o laboratório normalmente só apresenta os dados básicos mais urgentes em seu laudo.

Com a utilização de um sistema computadorizado, o médico poderá ter acesso a mais informações com uma coleta muito menor. Esse processo diminui tempo e custos de uma clínica.

Através do sistema de Big Data na saúde, o tempo de diagnóstico também será reduzido. Com os aparelhos computacionais, a avaliação de informações se torna mais rápida, pois o sistema tem a capacidade de ler dados em uma velocidade alta.

Com mais detalhes, constatar indícios do desenvolvimento de doenças também faz parte do trabalho da ferramenta, pois assim se descartam as possibilidades falsas em apenas uma tentativa.

Por hora, o maior desafio da implantação desse tipo de tecnologia na medicina é o compartilhamento de informações.

Como muitos dados coletados por médicos são confidenciais, a utilização desses sistemas está, aos poucos, se adequando aos padrões médicos e, ao mesmo tempo, buscando mudanças por meio da integração de plataformas de hospitais, entre outras alternativas.

Como a Telemedicina Morsch pode auxiliar?

Ainda que a revolução na medicina esteja em andamento, já existem plataformas que trabalham com o armazenamento de dados e a análise inteligente de exames.

A telemedicina é um método que utiliza a interpretação de exames a distância, de modo que o médico possa ter acesso a laudos sem ter que encaminhar os dados a outras clínicas físicas.

Com a instituição da telemedicina em clínicas e consultórios, vários médicos já estão tornando o trabalho de diagnóstico mais rápido e diminuindo custos na hora de interpretar um exame.

Na plataforma da Telemedicina Morsch, o médico possui um sistema virtual para enviar os dados de cada paciente.

Utilizando a ferramenta, o profissional pode inserir informações sobre exames realizados no seu consultório. Do outro lado da tela, uma equipe de especialistas interpreta os dados em tempo real.

Através dessa facilidade, o médico recebe seu laudo em tempo reduzido. Em caso de dúvidas, a equipe também está a disposição do profissional para esclarecimento.

Onde a big data entra no sistema de Telemedicina?

Na verdade é um processo muito simples. O software é capaz de fazer a primeira interpretação dos exames enviados e colocar na frente dos demais aqueles considerados urgentes e com risco de vida.

É o caso de infartos, arritmias, isquemias presentes no Eletrocardiograma e que necessitam de intervenção imediata, já que cada minuto conta.

A Telemedicina Morsch trabalha com quatro áreas da saúde: cardiologia, neurologia, pneumologia e radiologia geral. Alguns tipos de exames são contemplados pelos equipamentos da empresa, que oferece aluguel por comodato para os profissionais que não possuírem os aparelhos.

Caso o médico já tenha o equipamento para a realização do exame, basta submeter os dados ao sistema para obter o laudo.

Ao receber o laudo, os dados do paciente continuam armazenados na plataforma. Assim, o médico tem acesso a todos os exames submetidos no sistema de forma rápida e de fácil acesso, já que o sistema está disponível para consulta sempre que necessário.

A plataforma da Telemedicina Morsch oferece também serviços secundários, como avaliações anuais dos dados que constam na base, impressões de segunda via de laudos, entre outras estatísticas que podem auxiliar na hora de estabelecer diagnósticos para os pacientes.

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Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin